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STF forma maioria para condenar núcleo 2 da trama golpista

O julgamento na Primeira Turma condenou integrantes do núcleo responsável por articular a tentativa de golpe

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento da ação penal do núcleo 2 da trama golpista, em 16/12/2026 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta terça-feira (16) maioria para condenar o núcleo 2 da trama golpista, exceto um deles, Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal. 

O voto proferido pela ministra Cármen Lúcia confirmou a maioria, após o voto favorável do ministro Cristiano Zanin ao relatório do ministro Alexandre de Moraes. O ministro Luiz Fux não integra mais o colegiado. Com isso, a maioria foi alcançada com um placar de 3 a 0 pela condenação. 

A ministra ponderou, assim como Zanin e Moraes, que o réu Fernando deve ser absolvido integralmente. Em relação à Marília, Cármen afirmou que as provas são "cabais", exceto em relação aos crimes de golpe de estado, dano qualificado e organização criminosa. "Reitero, por ausência de prova cabal", disse, conforme transmissão da TV Justiça. 

Em relação aos demais réus, a ministra acompanhou os demais ministros. 

Resta o voto do ministro Flávio Dino, que preside a sessão da Ação Penal (AP) 2693. Ele passou a enunciar seu voto. 

Compõem o núcleo 2:  

  • Fernando de Sousa Oliveira (delegado da Polícia Federal)   
  • Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor internacional da Presidência da República)   
  • Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência)   
  • Marília Ferreira de Alencar (delegada da Polícia Federal e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça)   
  • Mário Fernandes (general da reserva do Exército)   
  • Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal)   

Mais cedo, a Procuradoria-Geral da República (PGR), reiterou a acusação dos réus de elaborar a chamada “minuta do golpe”, articular a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste nas eleições de 2022 e, ainda, de planejar a operação “Punhal Verde Amarelo”, que tinha como objetivo o assassinato de autoridades.

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