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Embaixador chinês: Japão deve fazer profunda reflexão sobre seus crimes históricos

Ele instou a comunidade internacional a se opor firmemente a quaisquer palavras ou ações que busquem subverter a ordem internacional do pós-guerra

CGTN – O Japão, como país derrotado na Segunda Guerra Mundial, deve fazer uma profunda reflexão sobre seus crimes históricos, cumprir os compromissos políticos assumidos sobre a questão de Taiwan, cessar imediatamente ações provocativas que ultrapassam limites e retratar suas declarações equivocadas, disse o representante permanente da China nas Nações Unidas, Fu Cong, na quinta-feira (18).

Durante a reunião plenária de alto nível da Assembleia Geral da ONU, em alusão ao primeiro Dia Internacional contra o Colonialismo em Todas as Formas e Manifestações, Fu Cong afirmou que o mundo ainda não saiu da sombra do colonialismo, apesar do fim da ocupação colonial e do colapso do sistema colonial.

Ele instou a comunidade internacional a se opor firmemente a quaisquer palavras ou ações que desafiem ou busquem subverter a ordem internacional do pós-guerra.

"A história da Guerra Mundial Antifascista nos ensina que a paz precisa ser buscada e salvaguardada", ressaltou Fu.

Segundo ele, após a vitória na Segunda Guerra Mundial, os julgamentos de criminosos de guerra no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg e no Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente garantiram que os principais responsáveis pela guerra de agressão, com as mãos manchadas pelo sangue de povos de muitas nações, recebessem a punição que mereciam.

"A justiça e a integridade desses julgamentos são inabaláveis e estão além de qualquer questionamento”, frisou.

Fu observou que, historicamente, o Japão invadiu a China, a Península Coreana e o Sudeste Asiático, impondo regimes coloniais de extrema brutalidade.

Segundo o diplomata, agressores japoneses cometeram inúmeros crimes e atrocidades em Taiwan, incluindo o assassinato de mais de 650 mil compatriotas taiwaneses, o recrutamento forçado de cerca de 200 mil jovens para servir no exército, a coerção de mais de 2 mil mulheres taiwanesas a se tornarem "mulheres de conforto", a ocupação de 70% das terras da ilha e a exploração predatória de recursos naturais, como minas de carvão e ouro.

“Esse foi o capítulo mais sombrio da história de Taiwan", enfatizou Fu, ao pedir que a comunidade internacional defenda firmemente os resultados vitoriosos da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Mundial Antifascista, bem como a ordem internacional do pós-guerra.

"Nunca devemos permitir a negação ou a distorção da história de agressão, o ressurgimento do militarismo ou a repetição de tragédias históricas”, salientou o diplomata chinês.

Fu advertiu ainda que quaisquer palavras ou ações que desafiem ou busquem subverter a ordem internacional do pós-guerra podem gerar instabilidade global e impor imenso sofrimento à humanidade, como uma comunidade com futuro compartilhado.

Fonte: CMG