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Itamaraty prepara resgate de mulheres e crianças palestinas de Gaza

Operação envolve embaixadas do Brasil no Oriente Médio e prevê chegada ao país em dezembro, dentro da última janela de saída da região em 2025

Palestinos caminham em meio aos escombros e ao genocídio na Cidade de Gaza - 31/10/2025 (Foto: REUTERS/ Ebrahim Hajjaj)

247 - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil organiza uma nova ação humanitária para retirar mulheres e crianças palestinas da Faixa de Gaza, em meio ao prolongado conflito na região. A iniciativa prevê o deslocamento de um grupo formado por nove pessoas — seis mulheres e três meninas, todas com cerca de 10 anos — que serão trazidas ao Brasil em voos comerciais com destino ao aeroporto de Guarulhos. As informações são do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

A operação está sendo coordenada de forma conjunta pelas embaixadas brasileiras em Ramala, na Cisjordânia, e em Amã, na Jordânia. A autorização para a saída das palestinas segue critérios definidos pela Autoridade Palestina, entre eles a existência de vínculos familiares com o Brasil, condição atendida por todas as integrantes do grupo.

Segundo os detalhes da operação, equipes diplomáticas brasileiras acompanharão o grupo durante a travessia pela ponte Hussein/Allenby, que liga a Cisjordânia à Jordânia. Embora o percurso tenha apenas cerca de 500 metros, o deslocamento deve levar aproximadamente quatro horas, devido aos rigorosos procedimentos de segurança exigidos no local.

O resgate é resultado de uma negociação conduzida de forma discreta ao longo de três meses, envolvendo articulações em Ramala, Amã e Tel Aviv. Diplomatas envolvidos no processo avaliam que as tratativas avançaram dentro do esperado, permitindo a concretização da saída do grupo ainda neste ano.

Após cruzarem a fronteira, as mulheres e crianças permanecerão sob a responsabilidade da embaixada brasileira em Amã, de onde seguirão para o Brasil em voos distintos, programados para os dias 16 e 17 de dezembro. De acordo com fontes diplomáticas, esta será a última oportunidade de retirada humanitária da região em 2025.

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