<p><b>247 - </b>O governo brasileiro viu suas expectativas crescerem após a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, realizada nesta quinta-feira (13), em Washington. A avaliação interna é de que o encontro abriu espaço para um possível avanço nas tratativas sobre o tarifaço imposto pela gestão do presidente estadunidense Donald Trump.</p>
<p>Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/11/14/integrantes-do-governo-lula-projetam-avanco-em-negociacoes-sobre-tarifaco-mas-veem-fim-de-sancoes-a-brasileiros-com-ceticismo.ghtml">O Globo</a>, as negociações ganharam fôlego a partir do recente diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) &nbsp;e Donald Trump, ocorrido há duas semanas na Malásia. Vieira afirmou, após a reunião, que o encontro serviu para alinhar um marco preliminar que guiará as discussões e indicou que um entendimento provisório pode ser firmado ainda em novembro.</p>
<h2>Reunião em Washington redefine o clima das negociações</h2>
<p>O encontro entre Vieira e Rubio &nbsp;ocorreu na sede do Departamento de Estado dos EUA e foi dividido em uma conversa reservada entre os dois representantes, seguida por uma reunião ampliada com diplomatas das duas delegações. De acordo com Mauro Vieira, o governo brasileiro já enviou a Washington uma proposta de encaminhamento no dia 4 de novembro, cujo conteúdo permanece sob sigilo. A expectativa é de que os Estados Unidos apresentem uma resposta nos próximos dias.</p>
<p>Interlocutores a par das negociações afirmam que o Brasil propõe duas possibilidades principais: a suspensão temporária das tarifas durante os meses de negociação — estimadas em cerca de 90 dias — ou a ampliação da lista de produtos isentos das sobretaxas.</p>
<h2>Impacto econômico pressiona por solução rápida</h2>
<p>O tarifaço imposto pelos Estados Unidos entrou em vigor em agosto, após Donald Trump anunciar em julho a aplicação de uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros. A justificativa dada pelo governo estadunidense &nbsp;relacionava-se à situação judicial de Jair Bolsonaro (PL). O ex-mandatário, condenado a uma pena de 27 anos e três meses de prisão por tramar um golpe de Estado, é considerado por Trump como um aliado.&nbsp;</p>
<p>Os efeitos foram imediatos. Produtos como carnes, pescados, frutas, café, suco de laranja e máquinas industriais passaram a ser fortemente onerados. Em 2024, o déficit comercial brasileiro com os EUA tinha sido de US$ 234 milhões. Só em outubro de 2025 — terceiro mês das tarifas — o saldo negativo saltou para US$ 1,7 bilhão. Nos dez primeiros meses do ano, o déficit já soma US$ 6,8 bilhões.</p>
<h2>Sanções pessoais seguem como principal impasse</h2>
<p>Ainda de acordo com a reportagem, apesar da perspectiva mais favorável para o tarifaço, o clima é diferente quando o assunto envolve as sanções aplicadas a autoridades brasileiras. Entre os alvos está o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, submetido a medidas previstas na Lei Global Magnitsky, que determinam bloqueio de bens, restrições financeiras e proibição de entrada nos Estados Unidos. As mesmas penalidades atingem sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e o Instituto Lex, ligado à família.</p>
<p>Washington também ampliou sua ofensiva ao revogar vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal — Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Edson Fachin — além do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.</p>
<h2>Diplomacia tenta conter avanço de contencioso</h2>
<p>O Itamaraty argumenta que as sanções e o tarifaço carecem de justificativa econômica, já que os Estados Unidos continuam registrando superávit na balança bilateral mesmo após as sobretaxas. Brasília também busca evitar que o caso avance no âmbito da Seção 301 da Lei de Comércio americana, que envolve temas sensíveis como propriedade intelectual, comércio digital, serviços financeiros e o uso do Pix como sistema de pagamentos instantâneos.</p>

Paulo Emilio

Mauro Vieira e Marco Rubio durante reunião no Canadá para discutir propostas sobre tarifas comerciais entre Brasil e Estados Unidos - 12/11/2025

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Brasil

Governo Lula vê avanço em negociação do tarifaço, mas tem dúvidas sobre fim de sanções contra autoridades

<p><b>247</b> - O Ministério das Relações Exteriores minimizou nesta quinta-feira (6) a importância dos recentes contatos entre o governo do Rio de Janeiro e representantes ligados à administração do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A repercussão teve início após a divulgação de uma carta enviada pela Agência de Combate às Drogas (DEA) lamentando a morte de quatro policiais em operação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na semana passada.</p>
<p>De acordo com informações publicadas pelo jornal <a href="https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2025/11/06/itamaraty-minimiza-contato-de-castro-com-governo-trump-apos-carta-de-apoio-a-operacao-no-rio.ghtml"><i>O Globo</i></a>, o Itamaraty avaliou que o documento da DEA não partiu de instâncias de alto nível do governo norte-americano, como o Departamento de Estado ou a Casa Branca, mas de um agente lotado no consulado-geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro. A pasta brasileira classificou o gesto como um ato protocolar, sem qualquer caráter político ou diplomático.</p>
<p>A carta, assinada por James Sparks, chefe da DEA no Rio, foi encaminhada ao secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos. No texto, Sparks elogia a “coragem” dos policiais mortos e oferece “qualquer apoio que se faça necessário”. Apesar do tom de solidariedade, diplomatas brasileiros afirmaram que o gesto não representa um posicionamento oficial de Washington, tampouco uma tentativa de aproximação política com o governo fluminense.</p>
<p>A embaixada dos Estados Unidos em Brasília manteve silêncio sobre o episódio, o que, segundo integrantes do governo brasileiro, reforça o entendimento de que a iniciativa não tem peso diplomático. Para o Itamaraty, a ausência de manifestações públicas de alto escalão norte-americano indica que as recentes tensões entre os dois países estão mais controladas.</p>
<p>A colunista Malu Gaspar revelou que o governador Cláudio Castro tem mantido articulações com o governo Trump há cerca de seis meses, com o objetivo de que os Estados Unidos classifiquem o Comando Vermelho como organização narcoterrorista. Essa designação permitiria a aplicação de sanções previstas para grupos dessa natureza.</p>
<p>O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, se opõe à proposta. A diplomacia brasileira teme que a medida possa abrir precedentes para sanções econômicas contra o Brasil ou autorizar ações mais incisivas dos Estados Unidos sob o argumento de combate ao narcoterrorismo.</p>

Otávio Rosso

Rio de Janeiro (RJ) - 24/10/2024 - O governador do Rio, Cláudio Castro, fala à imprensa após a morte de três pessoas baleadas na Avenida Brasil, próximo do Complexo de Israel, onde acontecia uma operação da Polícia Militar, na Zona Norte

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Sudeste

Itamaraty minimiza contato de Cláudio Castro com governo Trump

<p><b>247 </b>- Em nota oficial divulgada nesta semana, o Ministério das Relações Exteriores destacou o alinhamento do Brasil com a recente opinião consultiva emitida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), que trata das responsabilidades de Israel nos territórios palestinos ocupados.</p>
<p>Segundo o comunicado, o governo brasileiro “tomou conhecimento da opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça” sobre as obrigações de Israel perante a ONU, outras organizações internacionais e Estados terceiros em relação à Palestina.&nbsp;</p>
<p>A CIJ concluiu que Israel deve “suprir as necessidades básicas da população civil da Faixa de Gaza, respeitar e proteger seus direitos humanos”, além de garantir a atuação de programas humanitários coordenados pelas Nações Unidas, incluindo os da Agência de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).</p>
<p>A decisão da Corte reforça princípios já defendidos pelo Brasil em manifestações anteriores, tanto por meio de documentos escritos quanto em sustentações orais. O Itamaraty ressaltou que o entendimento da Corte está “em linha com as ponderações apresentadas pelo Brasil” e reafirmou a importância de assegurar “acesso pleno, imediato, seguro e desimpedido” à ajuda humanitária para a população palestina.</p>
<p>O texto também condena práticas que violam o direito internacional humanitário, como deslocamentos forçados e o uso da fome como método de guerra — condutas consideradas inaceitáveis pela Corte. Para o governo brasileiro, é essencial que Israel cumpra integralmente as determinações da CIJ e das demais decisões correlatas, de modo a proteger os civis e permitir a atuação segura das equipes das Nações Unidas no território.</p>

Palestinos buscam em desespero suprimentos de ajuda em caminhões humanitários, que entraram na Faixa de Gaza, furando o cerco genocida imposto pos Israel - 12/10/2025

Mundo

Itamaraty defende Palestina e cobra respeito aos direitos humanos na Faixa de Gaza

<p><b>247 </b>- O governo brasileiro acompanha com apreensão os desdobramentos da ofensiva militar anunciada pelos Estados Unidos contra a Venezuela. O alerta foi aceso após o atual presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar que pretende realizar novos ataques terrestres ao país vizinho. A escalada de tensões gerou forte reação no Palácio do Planalto e colocou o tema no centro da diplomacia brasileira.</p>
<p>De acordo com Paulo Cappelli, &nbsp;do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/brasil-ve-com-preocupacao-ofensiva-militar-dos-eua-na-venezuela">Metrópoles</a>, o Itamaraty avalia com “grande preocupação” a movimentação norte-americana na região. A preocupação é compartilhada pelo presidente <b>Luiz Inácio Lula da Silva</b>, que busca se firmar como mediador político e defensor da soberania latino-americana. Lula deve levar esse posicionamento diretamente a Trump em uma reunião que ocorrerá nos próximos dias.</p>
<h2><b>Clima de tensão e cautela diplomática</b></h2>
<p>Fontes diplomáticas ouvidas pelo Metrópoles descrevem um ambiente de <b>expectativa e cautela</b> no governo brasileiro. A avaliação interna é de que a ofensiva dos EUA pode abalar o diálogo cordial que Lula vinha mantendo com Trump desde o início do novo mandato de ambos.</p>
<p>Um assessor do presidente brasileiro, ouvido sob reserva, afirmou que o encontro entre os dois líderes “não será fácil”. Segundo ele, o momento é “delicado, mas estratégico” para o Brasil, que tenta equilibrar a defesa da soberania regional sem romper com Washington.</p>
<p>“A reunião será uma oportunidade para o Brasil marcar posição sem comprar briga”, disse o assessor, destacando a postura de equilíbrio adotada pelo Planalto diante da crescente tensão continental.</p>
<h2><b>Papel do Brasil na mediação latino-americana</b></h2>
<p>Lula pretende reforçar a mensagem de que o Brasil <b>não apoia qualquer tipo de intervenção externa em território venezuelano</b>. O governo brasileiro aposta no diálogo e em soluções diplomáticas para evitar que a crise se transforme em um conflito regional.</p>
<p>Com a ofensiva norte-americana, a política externa brasileira enfrenta um de seus maiores testes desde o início do terceiro mandato de Lula. O Itamaraty busca preservar o papel do país como voz moderada na América do Sul, capaz de dialogar tanto com Washington quanto com Caracas, mantendo a defesa dos princípios de autodeterminação e paz entre as nações.</p>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 26/09/2025

América Latina

Brasil manifesta preocupação com ofensiva militar dos EUA na Venezuela

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil está plenamente reinserido no cenário internacional e reforçou o compromisso com o multilateralismo, a justiça climática e a integração entre os povos. As declarações foram dadas durante a cerimônia de entrega de credenciais a novos embaixadores e embaixadoras em Brasília, na segunda-feira, 20 de outubro de 2025. O discurso foi divulgado pelo site oficial do Palácio do Planalto.</p>
<p>Logo no início, o presidente pediu desculpas pela brevidade do evento, atribuindo a limitação do tempo à sua agenda. “Quero iniciar essa cerimônia (…) apresentando minhas mais sinceras desculpas a todos e a todas embaixadores e embaixadoras. Gostaria de dedicar a cada um de vocês o tempo que merecem”, afirmou.</p>
<h2>Brasil de volta ao mundo</h2>
<p>Lula destacou que uma das prioridades de seu terceiro mandato foi restaurar a presença internacional do Brasil. Segundo ele, essa retomada já se reflete no protagonismo diplomático e no número de viagens realizadas: “Viajei para 37 países, nos cinco continentes, neste meu terceiro mandato”.</p>
<p>O presidente citou que esteve no Japão, Vietnã e China no primeiro semestre de 2025 e que embarca agora para Indonésia e Malásia, onde participará da Cúpula da ASEAN. “É motivo de orgulho para o Brasil acolher um dos corpos diplomáticos mais numerosos e diversos do mundo”, afirmou.</p>
<h2>África, cooperação e dívida histórica</h2>
<p>O presidente reforçou o compromisso com o continente africano. Ele lembrou que participou da 37ª Cúpula da União Africana como convidado especial, em 2024, e que o Brasil sediou o Segundo Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar. “Temos com a África uma dívida que só pode ser paga em solidariedade, cooperação e transferência de tecnologia”, disse.</p>
<h2>Clima, COP30 e responsabilidade global</h2>
<p>Lula afirmou que a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, será “a COP da verdade”. Ele alertou para a gravidade da crise climática: “O ano de 2024 foi o mais quente da história. As florestas tropicais estão sendo empurradas para seu ponto de não retorno”, disse.</p>
<p>O presidente cobrou responsabilidade das nações mais ricas no financiamento climático. “É preciso um compromisso real de financiamento por parte dos países que mais poluíram nos últimos duzentos anos”, declarou. Segundo ele, o valor necessário para viabilizar os meios de implementação chega a 1,3 trilhão de dólares. Lula também reafirmou a proposta brasileira de criar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que pretende remunerar países que preservam seus biomas.</p>
<h2>G20, BRICS e integração regional</h2>
<p>No discurso, Lula lembrou que o Brasil sediou as Cúpulas do G20 e do BRICS, no Rio de Janeiro, e ressaltou a inauguração do Mecanismo de Apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na sede da FAO, em Roma. “Entre 2023 e 2025, o Brasil abriu seus braços para o mundo”, afirmou.</p>
<p>Sobre a América Latina, reforçou a necessidade de manter a região como zona de paz, denunciando interferências externas. “Intervenções estrangeiras podem causar danos maiores do que o que se pretendia evitar”, disse.</p>
<h2>Acordo Mercosul-União Europeia e defesa do comércio livre</h2>
<p>Lula anunciou que pretende assinar, em dezembro, durante a Cúpula do Mercosul, o acordo entre o bloco e a União Europeia, que está em negociação há mais de 20 anos. Para o presidente, o tratado é um “símbolo contra o recrudescimento do protecionismo”.</p>
<h2>Mensagem final aos diplomatas</h2>
<p>Encerrando a cerimônia, Lula reforçou o espírito de acolhimento do Brasil. “Vocês serão tratados e terão atenção do Itamaraty como se fossem amigos nossos há muitos anos. Sejam bem-vindos ao Brasil”, concluiu.</p>

Redação Brasil 247

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília - 09/07/2025

Lula defende multilateralismo e alerta para urgência climática em cerimônia com novos embaixadores

<p><b>247 - </b>O governo brasileiro acompanha com crescente apreensão a escalada de tensões entre os Estados Unidos e países vizinhos da América Latina, como Colômbia e Venezuela. Para diplomatas em Brasília, a instabilidade regional não representa apenas um risco territorial, mas também ameaça desorganizar o ambiente político e econômico em que o Brasil busca negociar diretamente com Washington, aponta o portal G1.</p>
<p>A preocupação central é que a tensão entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e governos latino-americanos atrapalhe um momento crítico nas relações bilaterais. O Brasil tenta avançar nas conversas com a Casa Branca para discutir o pacote de tarifas imposto por Trump, que elevou em 50% os custos sobre produtos brasileiros exportados aos EUA desde agosto. O Planalto avalia que o clima de hostilidade dificulta a construção de pontes políticas necessárias para um entendimento.</p>
<h3><b>Negociações delicadas</b></h3>
<p>Na última quinta-feira (16), o chanceler Mauro Vieira se reuniu em Washington com o secretário de Estado, Marco Rubio. O encontro resultou na decisão de realizar, nos próximos dias, uma reunião técnica virtual entre negociadores brasileiros e autoridades norte-americanas. Diplomatas ressaltam que esse processo precisa ser blindado dos efeitos das tensões regionais, sob risco de comprometer o diálogo.</p>
<p>O contato mais direto entre Lula e Trump começou a se desenhar ainda em setembro, quando os dois se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU. Dias depois, mantiveram uma conversa telefônica de 30 minutos, em que discutiram o tarifaço e a possibilidade de uma reunião presencial ainda este ano.</p>
<h3><b>Ofensiva de Trump contra vizinhos do Brasil</b></h3>
<p>No domingo (19), Trump chamou o presidente colombiano, Gustavo Petro, de “traficante de drogas ilegal” e acusou seu governo de incentivar a “produção massiva” de entorpecentes. O presidente americano ameaçou cortar “pagamentos e subsídios em larga escala” à Colômbia e advertiu que, se Bogotá não encerrar as operações ligadas ao narcotráfico, “os Estados Unidos as encerrarão por ele, e não será feito de forma gentil”.</p>
<p>Horas antes, Petro havia acusado Washington de assassinato após um ataque americano no Caribe contra embarcações que os EUA ligam a grupos criminosos. A tensão se agravou ainda mais porque Trump confirmou ter autorizado operações secretas da CIA em território&nbsp;</p>
<p>Os Estados Unidos classificaram o chamado Cartel de los Soles — que, segundo Trump, seria liderado por Maduro — como organização terrorista internacional.</p>
<p>O governo venezuelano tem mantido uma posição ativa de resistência às ameaças bélicas dos Estados Unidos.</p>
<p><b>Brasil em posição estratégica</b></p>
<p>Auxiliares de Lula afirmam que o presidente brasileiro pretende levar um tom de alerta em sua conversa com Trump. O recado será claro: uma intervenção militar americana na Venezuela teria efeito desestabilizador em toda a região.&nbsp;</p>
<p>Para diplomatas do Itamaraty, o Brasil precisa equilibrar sua postura com cautela, evitando alinhar-se automaticamente a qualquer lado e preservando espaço para negociações comerciais diretas. “Há, no horizonte, muitas tentativas externas de pautar agendas paralelas e atrapalhar a relação bilateral. Tem muita espaçonave desgovernada no caminho, e a presença dos chefes de Estado, o quanto antes, é fundamental para impedir qualquer interferência”, disse uma fonte.</p>
<p><b>Encontro em 2025</b></p>
<p>O Planalto e o Itamaraty trabalham com a possibilidade de que Lula e Trump se encontrem ainda em 2025. A agenda é considerada prioridade porque um diálogo em alto nível poderia dar rumo às negociações comerciais. Nesta terça-feira (21), Lula embarca para a Malásia, onde participará da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), e a viagem pode abrir espaço para uma reunião bilateral.</p>
<p>Fontes do governo brasileiro afirmam que também há interesse da Casa Branca em viabilizar o encontro o mais rápido possível. A avaliação em Brasília é de que só uma reunião direta entre os dois presidentes pode reduzir a incerteza criada pelo ambiente de tensão e recolocar o diálogo no centro da relação bilateral.</p>

José Reinaldo

Diplomacia brasileira pede cautela em meio à crise entre EUA, Colômbia e Venezuela

<p>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma reunião, na tarde desta sexta-feira (17), com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para uma reunião de emergência. O objetivo, segundo a coluna de <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/caio-junqueira/politica/lula-convoca-vieira-apos-conversa-de-chanceler-com-secretario-de-trump/">Caio Junqueira</a>, da CNN Brasil, é tratar dos próximos passos nas relações diplomáticas com os Estados Unidos, após o encontro do chanceler com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ocorrido na quinta-feira (16), na Casa Branca. A reunião está marcada para às 16h, e a expectativa é que Vieira informe ao presidente os detalhes da conversa, com foco no que foi discutido durante os 15 minutos em que ambos estiveram a sós.</p>
<h2>Agenda diplomática com Trump</h2>
<p>O governo brasileiro também trabalha nos detalhes da futura reunião entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A expectativa é que o encontro ocorra no dia 26 de outubro, durante a Cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), que será realizada na Malásia. No entanto, ainda não há confirmação oficial sobre a presença de Trump no evento. O governo brasileiro já confirmou a participação de Lula, que aproveitou a cúpula para reforçar os laços comerciais e políticos com as nações da região.</p>
<h2>Importância da reunião de Lula e Vieira</h2>
<p>A rapidez com que Lula convocou Mauro Vieira para a reunião demonstra a prioridade que o governo brasileiro dá à construção de uma agenda diplomática mais estreita com os Estados Unidos, visando a redução das tarifas e sanções impostas ao Brasil e a autoridades brasileiras pelo governo de Donald Trump.&nbsp;</p>
<p>Relatos preliminares indicam que o governo brasileiro tem se concentrado em separar as questões econômicas das políticas, a fim de fortalecer a agenda comercial com os EUA, que é considerada uma prioridade pelo Palácio do Planalto.</p>

Mauro Vieira se reúne com Lula após encontro com Marco Rubio em Washington

<p><b>247 -</b> O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá nesta quinta-feira (16) uma reunião estratégica com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio.o Itamaraty vê o encontro como oportunidade para reforçar negociações sobre tarifas e sanções aplicadas aos produtos nacionais e a autoridades brasileiras. Segundo a coluna da jornalista <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2025/10/15/itamaraty-tarifas-negociacao-com-rubio-encontro-lula-trump.ghtml">Julia Duailibi</a>, do g1, apesar da intenção de manter o foco no campo comercial, há a percepção de que os estadunidenses devem insistir em discutir o futuro encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos.</p>
<p>Além do ministro, a delegação brasileira contará com três nomes-chave: a embaixadora em Washington, Márcia Loureiro, o negociador-geral Maurício Lira e o embaixador Philip Fox-Drummond Gough, responsável por assuntos econômicos no Itamaraty.</p>
<h2>Histórico de contatos&nbsp;</h2>
<p>Não é a primeira vez que os dois diplomatas se encontram. Em anos anteriores, Mauro Vieira, ainda como embaixador em Washington, manteve uma reunião com Marco Rubio, na época senador. O diálogo foi marcado pela discrição e só veio a público após sua realização.</p>
<p>Agora, com Rubio ocupando a chefia da diplomacia estadunidense, a expectativa é de uma postura mais contida. Fontes diplomáticas destacam que, como senador, Rubio tinha intensa atividade nas redes sociais, comentando com frequência sobre política, inclusive a brasileira.</p>
<h2>Pauta brasileira e divergências com os EUA</h2>
<p>O Itamaraty espera conduzir a conversa em torno de tarifas e sanções que afetam a economia nacional. No entanto, há previsão de que os Estados Unidos tragam à mesa questões de cunho político, especialmente relacionadas à América Latina.</p>
<p>Ainda de acordo com a reportagem, assuntos como a crise na Venezuela e a situação de Cuba devem surgir na agenda estadunidense, contrastando com o objetivo do Brasil de concentrar esforços na frente econômica.</p>
<h2>Preparação para encontro presidencial</h2>
<p>A diplomacia brasileira também avalia que a reunião de Mauro Vieira com Marco Rubio servirá como preparação para o futuro encontro entre Lula e Donald Trump. Nesse contexto, enquanto o Brasil busca aliviar pressões tarifárias, os Estados Unidos utilizam a reunião como parte de uma estratégia política mais ampla na região.</p>

Lula, à esq. (presidente da República), e Mauro Vieira (chanceler brasileiro)

Itamaraty quer foco econômico em reunião com Rubio, mas receia foco dos EUA

<p><b>247 - </b>O empresário João Camargo, presidente do conselho da Esfera Brasil, avaliou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é hoje o favorito para vencer as eleições presidenciais de 2026. Segundo Camargo, a centro direita permanece dividida, o que fortalece a posição de Lula.</p>
<p> “O cenário hoje Lula ganha. Agora, a direita está fragmentada, está dividida. A principal oposição hoje do Tarcísio (de Freitas) é o Eduardo Bolsonaro. Se o centro direita não se reorganizar, a eleição do Lula está premeditada”, disse o empresário em entrevista à coluna de <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/joao-camargo-ve-lula-reeleito-e-aponta-falha-do-itamaraty-com-trump">Igor Gadelha</a>, do Metrópoles.</p>
<h2>Centro direita dividida abre espaço para Lula</h2>
<p>Embora reconheça a existência de nomes fortes no campo oposicionista — como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) —, Camargo avalia que a falta de consenso é o maior obstáculo. “Não estou vendo hoje uma luz tão rápida assim no fim do túnel”, afirmou.</p>
<h2>Críticas à condução política no Congresso</h2>
<p>Na entrevista, o empresário também opinou sobre a relação do governo com o Centrão. Para ele, Lula demorou a retirar cargos de partidos que não vinham apoiando o Planalto. “Você não pode ter um governo de coalizão e dar cargo para quem não vota com você. Acho que ele demorou para tomar essa medida”, analisou.</p>
<h2>Diplomacia brasileira com Donald Trump</h2>
<p>Camargo apontou ainda o que considera uma falha diplomática do Itamaraty nas negociações com os Estados Unidos com o governo do presidente dos Estados Unidos,  Donald Trump. Segundo ele, Susie Wiles, chefe de gabinete da Casa Branca, revelou que nenhum representante brasileiro havia solicitado audiência antes dele. “Vejo uma falha também de comunicação do Itamaraty”, relatou.</p>
<p>Apesar disso, o empresário acredita que a recente aproximação entre Lula e Trump é consistente e estratégica. Para ele, Washington não deseja “entregar o Brasil na mão da China” e deve fortalecer os laços com Brasília.</p>
<h2>Tarifaço e sanções dos EUA em debate</h2>
<p>Sobre a política comercial, Camargo prevê que os Estados Unidos recuarão no tarifaço imposto ao Brasil, mas não necessariamente das sanções impostas a autoridades brasileiras. Ele, no entanto, confia na articulação de Lula junto ao presidente estadunidense. “Eu acredito que o Lula vai mostrar ao Trump que essas sanções que foram feitas ao STF são injustas. Eu acredito que ele vai conseguir fazer isso”, concluiu.</p>

Lula é favorito em 2026, diz João Camargo

<p><b>247 - </b>O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontrará com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na próxima sexta-feira, 17, em Washington, destaca a jornalista Mariana Janjácomo em sua coluna na <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/mariana-janjacomo/internacional/mauro-vieira-deve-se-reunir-com-rubio-na-proxima-sexta-17-dizem-fontes/">CNN Brasil</a>. Esse encontro tem como objetivo fortalecer as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, abordando questões pendentes e buscando novas oportunidades de colaboração.</p>
<h2>Contexto da reunião entre os líderes</h2>
<p>&nbsp;O encontro entre Vieira e Rubio ocorre após uma videoconferência entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, no início desta semana. Durante a conversa, Lula solicitou a remoção da sobretaxa de 40% aplicada aos produtos brasileiros e pediu o fim das sanções econômicas contra autoridades do Brasil. Para dar continuidade a essas discussões, Trump designou Marco Rubio para conduzir as negociações com o Brasil.</p>
<h2>Expectativas para o encontro entre Mauro Vieira e Marco Rubio</h2>
<p>De acordo com fontes do governo brasileiro, espera-se que a reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA em Washington aborde temas cruciais para as relações bilaterais, como tarifas comerciais e a reconsideração das sanções. O encontro é visto como uma oportunidade para estabelecer uma agenda de cooperação mais sólida entre os dois países.</p>
<h2>Repercussão da videoconferência entre Lula e Trump</h2>
<p>Após a videoconferência, Trump expressou satisfação com o andamento das discussões, afirmando que os dois países "vão se dar bem juntos". O presidente brasileiro também comentou a importância do contato, destacando que a conversa foi uma "oportunidade para a restauração das relações amigáveis". Lula ainda ressaltou que a troca de números de telefone com Trump representou um passo significativo para o fortalecimento das comunicações diretas entre os dois líderes.</p>

Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2025 – O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira

Mauro Vieira e Marco Rubio devem se reunir para discutir tarifas e sanções ao Brasil na próxima semana

<p><b>247 -</b> O governo brasileiro manifestou nesta quinta-feira (9) apoio ao <a href="https://www.brasil247.com/mundo/israel-e-hamas-assinam-acordo-de-cessar-fogo-em-gaza">acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas</a>, que marca a implementação da primeira fase do plano de paz para Gaza, dois anos após o início do conflito. Em <a href="https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/anuncio-de-acordo-sobre-primeira-fase-de-plano-para-por-fim-ao-conflito-na-faixa-de-gaza">nota à imprensa</a>, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) destacou a importância do entendimento e elogiou o papel de mediação exercido pelos Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia.</p>
<blockquote>&nbsp;“O governo brasileiro saúda o anúncio de acordo entre Israel e o Hamas para novo cessar-fogo na Faixa de Gaza, no Estado da Palestina, por meio da implementação da primeira fase de plano para pôr fim ao conflito”, afirma o comunicado.</blockquote>
<p>O Itamaraty destacou que, se implementado plenamente, o acordo deverá <b>interromper os ataques israelenses, garantir a libertação de reféns e permitir a entrada desimpedida de ajuda humanitária na Faixa de Gaza</b>.</p>
<p>O texto cita ainda que o conflito provocou mais de 67 mil mortes, com grande número de mulheres e crianças entre as vítimas, além do deslocamento forçado de quase dois milhões de pessoas e da destruição generalizada da infraestrutura civil do território.</p>
<h2>Enfoque humanitário e reconstrução</h2>
<p>A chancelaria brasileira ressaltou a dimensão humanitária do entendimento e afirmou que o cessar-fogo deve resultar em alívio efetivo para a população civil. O Brasil reiterou a necessidade de assegurar acesso pleno e seguro à assistência humanitária, incluindo as equipes da ONU que atuam no terreno.</p>
<blockquote>&nbsp;“O Brasil exorta as partes a cumprirem todos os termos do acordo e a engajarem-se de boa-fé em negociações para assegurar a efetivação da retirada completa das forças israelenses de Gaza, o início do urgente processo de reconstrução da Faixa sob coordenação e supervisão palestina, e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina sob seu legítimo governo”, diz o documento.</blockquote>
<h2>Defesa da solução de dois Estados</h2>
<p>O governo brasileiro reafirmou seu compromisso com uma paz duradoura e baseada na solução de dois Estados, princípio que orienta historicamente a diplomacia do país para o Oriente Médio.</p>
<blockquote>&nbsp;“O Brasil reafirma a convicção de que uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, conclui a nota.</blockquote>
<p>O acordo prevê a libertação imediata de reféns e prisioneiros, retirada gradual das tropas israelenses e apoio internacional à reconstrução de Gaza.</p>

Guilherme Paladino

Brasil saúda cessar-fogo e defende reconstrução de Gaza sob liderança palestina

<p><b>247 </b>- O governo brasileiro acredita que Marco Rubio, novo secretário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atuará de forma alinhada às diretrizes que receber diretamente da Casa Branca. Para diplomatas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rubio é considerado um profissional que cumprirá missões conforme as instruções determinadas pelo chefe da Casa Branca.</p>
<p>De acordo com informações publicadas pelo <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2025/10/08/rubio-vai-cumprir-missoes-que-trump-lhe-passar-avalia-diplomacia-brasileira.ghtml"><i>g1</i></a>, representantes da diplomacia brasileira afirmam que, nas tratativas bilaterais, “vão prevalecer as instruções do presidente dos Estados Unidos, e não os desejos de Rubio”. A percepção no Itamaraty é de que, embora o novo secretário seja marcado por uma trajetória ideológica, não deve permitir que essa característica influencie as negociações se isso não corresponder ao interesse direto de Trump.</p>
<p>A análise dos diplomatas brasileiros parte do entendimento de que Donald Trump reconhece a resiliência econômica do Brasil, mesmo diante do chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos. Essa percepção, segundo fontes do governo, não favorece Washington e pode servir de incentivo para ajustes na estratégia de negociações.</p>
<p>Trump deve se reunir em breve com Marco Rubio para definir instruções detalhadas sobre a retomada das conversas comerciais com Brasília. Nesse contexto, a boa relação pessoal entre Rubio e o chanceler Mauro Vieira é vista como um ponto positivo que pode facilitar os diálogos.</p>
<h2><b>Confiança no avanço das tratativas</b></h2>
<p>Dentro do governo brasileiro, há a expectativa de que a aproximação de Trump com Lula, acompanhada de elogios públicos, sinalize uma abertura para avanços diplomáticos. A única preocupação apontada por diplomatas seria uma eventual mudança de postura do presidente norte-americano, caso ele decida adotar uma linha mais dura e desfavorável às negociações.</p>

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