'Não temos muito mais a sancionar na Rússia', admite Rubio
Secretário de Estado dos Estados Unidos reconhece que Washington já atingiu o teto sanções econômicas a Moscou
247 - Os Estados Unidos chegaram ao limite de sua capacidade de impor novas sanções contra a Rússia, admitiu o secretário de Estado Marco Rubio durante declaração oficial na quarta-feira (12). Ao comentar o atual cenário de pressões econômicas, o chefe da diplomacia norte-americana afirmou que Washington já realizou praticamente todas as ações possíveis para restringir setores estratégicos da economia russa.
Segundo a RT Brasil, Rubio enfatizou que o governo norte-americano não dispõe mais de instrumentos significativos para ampliar o cerco econômico. “Não temos muito mais o que sancionar”, declarou, reconhecendo que as opções se tornaram escassas após sucessivas rodadas de medidas.
Segundo Rubio, os Estados Unidos já miraram as maiores companhias petrolíferas da Rússia, “que é o que todos vêm pedindo”. Ele ponderou, no entanto, que o impacto dessas decisões não será imediato. “Levará algum tempo para começarmos a sentir os efeitos”, afirmou. O secretário destacou ainda que cabe aos países europeus reforçar a fiscalização do cumprimento dessas sanções.
A União Europeia aprovou, em 23 de outubro, seu 19º pacote de medidas contra Moscou, incluindo restrições a bancos russos, plataformas de câmbio de criptomoedas e empresas sediadas na Índia e na China. A iniciativa europeia ocorreu um dia após os Estados Unidos sancionarem as gigantes Lukoil e Rosneft, numa tentativa de ampliar a pressão internacional para que Moscou avance em direção a uma saída negociada para o conflito na Ucrânia.
Do lado russo, o governo tem reiterado que tais medidas acabam prejudicando os próprios países que as impõem. Em junho, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou novas sanções como “uma faca de dois gumes”. “Quanto mais severo o pacote de sanções, que consideramos ilegal, mais severo o golpe no ombro, como um tiro”, declarou. Peskov acrescentou que qualquer possibilidade de diálogo dependeria de “lógica e argumentos”, e não de pressões ou ameaças.



