HOME > Brasília

Aumenta a chance de acareação após versões contraditórias de Vorcaro e ex-presidente do BRB

Os depoimentos foram colhidos de forma separada, na sede do STF, em Brasília

Daniel Vorcaro (Foto: Reprodução)

247 - O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa apresentaram depoimentos contraditórios nesta terça-feira (30) à Polícia Federal, em Brasília (DF). Por consequência, aumentou a hipótese de uma acareação entre os dois executivos, de acordo com informações publicadas pela coluna de Luísa Martins, na CNN. Também deve ser ouvido o diretor do Banco Central Ailton de Aquino. Um representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) e um juiz auxiliar do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli acompanham a PF durante os depoimentos, que foram colhidos de forma separada. O magistrado é relator do caso no STF.

A Operação Compliance Zero investiga um esquema de concessão de créditos inexistentes. As irregularidades investigadas podem alcançar o montante de R$ 17 bilhões em títulos falsificados. Em março, o BRB comunicou ao mercado sua intenção de adquirir o Banco Master por R$ 2 bilhões. Segundo a instituição, esse valor correspondia a 75% do patrimônio consolidado do Master.

O Banco Central decretou a liquidação do Banco Master. A decisão ocorre quando, segundo a autoridade monetária, uma determinada instituição não consegue honrar seus compromissos financeiros. 

Em decisão anunciada no dia 18 de novembro, o BC apontou uma “grave crise de liquidez do Conglomerado Master” e o “comprometimento significativo da sua situação econômico-financeira, bem como por graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes do SFN (Sistema Financeiro Nacional)”.

A investigação do Banco Master começou em 2024, após requisição do Ministério Público Federal (MPF) para obter detalhes da fabricação de carteiras de crédito insubsistentes. As apurações indicaram que os títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por ativos sem avaliação técnica adequada.

Artigos Relacionados