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Boulos critica truculência da Polícia Legislativa da Câmara e diz que Hugo Motta teve 'postura ditatorial'

Ministro criticou a remoção à força de deputados e jornalistas e responsabiliza Hugo Motta pelos excessos

Guilherme Boulos (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

247 - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, afirmou nesta quarta-feira (10) que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), adotou postura incompatível com a democracia ao permitir a retirada forçada de parlamentares e profissionais de imprensa do plenário. As informações são da coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles. 

As críticas de Boulos foram feitas após os episódios ocorridos na terça-feira (9), quando policiais legislativos recorreram à truculência para desocupar o plenário da Câmara. Boulos esteve no Congresso para participar de reunião da Comissão de Finanças e Tributação, que discutia a proposta de redução da jornada de trabalho.

Tensão aumenta após ação da segurança da Câmara

Segundo o ministro, a intervenção dos policiais legislativos extrapolou o limite aceitável de atuação institucional. De acordo com ele, a cena de parlamentares e jornalistas sendo empurrados e retirados à força demonstra um grave desvio de conduta da segurança da Casa sob a atual direção política.

Além das agressões físicas, Boulos apontou que o corte do sinal de transmissão oficial da sessão agravou o quadro, afetando a transparência e impedindo que a sociedade acompanhasse o que ocorria no plenário.

Boulos critica corte de transmissão e agressões

O ministro também classificou o episódio como uma afronta direta às liberdades institucionais. “Tivemos o sinal da Câmara cortado, jornalistas e parlamentares agredidos. Tudo isso por conta do comando da Casa. Postura que é comum em regimes ditatoriais. Não podemos naturalizar isso em uma democracia. Isso é um escárnio”, declarou.

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