HOME > Sudeste

'A única proposta de Tarcísio é anistiar criminoso', dispara Boulos

Ministro reage às articulações do governador para anistiar Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe

Guilherme Boulos (mais destaque) e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro - Agência Câmara I Governo de SP)

247 - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol), criticou nesta segunda-feira (1) as movimentações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em defesa de uma anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A postagem foi publicada nas redes sociais do ministro, que afirmou: “A única proposta que Tarcísio tem a oferecer ao Brasil é anistiar criminoso que tenta arrancar tornozeleira eletrônica”. As declarações repercutiram em meio ao avanço das articulações políticas sobre o tema.

Tarcísio, ventilado como provável representante da direita e do bolsonarismo nas eleições presidenciais de 2026, tem ampliado, nos bastidores, sua atuação para viabilizar uma anistia ampla, incluindo Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe. O governador tem dedicado esforços discretos para equilibrar sua lealdade ao bolsonarismo e as exigências de diálogo institucional em Brasília.

Nos últimos dias, Tarcísio intensificou conversas com parlamentares de seu partido, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Também buscou interlocução com o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A avaliação entre congressistas é que o governador tenta impulsionar a pauta, mas sem se colocar como líder explícito do movimento.

Nos últimos dias, o governador também conversou com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), manteve diálogo com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e chegou a pedir autorização para visitar Jair Bolsonaro na sede da Polícia Federal. 

As articulações envolveram ainda conversas com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), buscando alternativas jurídicas que pudessem aliviar a situação de Bolsonaro, incluindo a possibilidade de retorno à prisão domiciliar. 

Artigos Relacionados