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Sudeste

"Haddad vai ganhar o governo de São Paulo", garante Lula

"Nunca foi tão possível o Haddad ganhar o governo do estado como é agora", disse o ex-presidente em meio a negociações do PT e PSB pelo governo paulista

Fernando Haddad e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 - O ex-presidente Lula (PT) afirmou nesta quarta-feira (9) em entrevista à Rádio Brasil, de Campinas (SP), que o ex-ministro Fernando Haddad (PT) está muito perto de vencer as eleições para o governo de São Paulo em 2022.

Na visão do ex-presidente, a vitória de Haddad é quase certa se ele fizer as "alianças que tem que fazer". O PT está em negociações com o PSB para definir quem será o candidato que unirá as duas siglas na disputa pelo governo estadual. Os petistas querem lançar Haddad - líder nas pesquisas após a saída do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), cotado para vice de Lula - e o PSB quer lançar o ex-governador Márcio França, que admitiu que pode sair da campanha se, em "maio ou julho", Haddad ainda estiver com melhor desempenho nas pesquisas

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"Todo dia fico imaginando que nunca foi tão possível o Haddad ganhar o governo do estado como é agora. O Haddad vai ganhar o governo de São Paulo se ele fizer as alianças que tem que fazer, se ele conversar com as pessoas certas. Será a primeira vez na história que São Paulo terá um jovem progressista governando esse estado, o mais importante do Brasil (...) O Haddad é esperto, está conversando com todo mundo que quer conversar com ele", afirmou Lula.

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Eleição nacional e risco de golpe

Lula negou que Jair Bolsonaro (PL) tentará dar um golpe para permanecer no poder em caso de derrota na eleição. "Não estou preocupado se o Bolsonaro vai passar a faixa [presidencial] ou não. Ele que deixe a faixa guardada e a gente via pegar, eu vou pegar, o povo brasileiro vai pegar para colocar em mim se eu ganhar as eleições".

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Segundo o ex-presidente, Bolsonaro sofrerá um "golpe democrático" aplicado pelo povo nas urnas. "Bolsonaro vai ter uma grande lição, que vai ser o golpe que o povo vai dar nele. No dia 2 de outubro o povo vai dar um golpe democrático nesse país. O povo, de forma soberana, vai dizer para o Bolsonaro: 'chega. A gente não quer mais genocida governando esse país, a gente não quer mais fascista governando esse país, a gente não quer mais negacionista governando esse país, a gente não quer mais ninguém contando oito mentiras por dia para governar esse país, a gente não quer alguém que não tem sentimento, não tem amor, não tem fraternidade, não tem solidariedade, que não chora por uma morte por Covid, alguém que nunca visitou um hospital, uma criança que perdeu o pai e a mãe'. Esse cidadão não tem sentimento, e quem não tem sentimento não pode governar um país de um povo tão pacífico e ordeiro como o povo brasileiro. Queremos livros, e não armas. Queremos escolas, e não centros de treinamento paras as pessoas aprenderem a atirar. É isso que vai derrotar o Bolsonaro, a democracia contra a tirania, a fraternidade contra a maldade, o amor contra o ódio. É isto que vai derrubar o Bolsonaro. Por isso ele vai passar a faixa direitinho, pode ficar certo disso".

Petrobrás

Novamente questionado sobre a política de preços da Petrobrás, que vincula o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar, o ex-presidente afirmou que reverterá a dolarização do petróleo caso volte à Presidência. "A Petrobrás sempre regulou seus preços. A gente não é, necessariamente, dependente do preço internacional. A gente tem petróleo, a gente não tem que importar petróleo, a gente produz. O Brasil tem que dar dividendos para o acionista? Tem, mas não pode ser tudo. O Brasil não precisa dar US$ 70 bilhões em dividendos para os acionistas e deixar o povo brasileiro sem nada. É importante que uma parte do dinheiro do lucro da Petrobrás seja reinvestido na Petrobrás. Eles estão vendendo a Petrobrás. Nós vamos cuidar do preço do petróleo aqui no Brasil, do preço da gasolina, do gás, do óleo diesel porque o Brasil é autossuficiente e o Brasil não precisa importar esses derivados a preço do dólar".

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Meio ambiente

O petista disse que manterá uma política de preservação da Amazônia, por interesses ambientais e econômicos, e falou ser preciso pesquisar maneiras de tirar proveito da biodiversidade que a região oferece. "O que a gente precisa entender é que se a gente não respeitar o meio ambiente, os produtos do Brasil irão valer menos no exterior, irão valer menos na Europa, na China. Nós teremos mais dificuldades para colocar nossos produtos. O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e o maior produtor de proteína animal do planeta. Então cuidar da floresta é nossa obrigação, não apenas ambiental, mas comercial. Se a gente quiser ganhar dinheiro, a gente vai ter que cuidar da nossa floresta, tentar investir em pesquisa para que a possa tirar proveito da biodiversidade brasileira, para que a gente possa ajudar a desenvolver a região amazônica. Hoje, a mata em pé oferece mais oportunidades ao Brasil do que ela derrubada".

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