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Venezuela denuncia na Opep tentativa dos EUA de controlar suas reservas de petróleo

Nicolás Maduro afirma que operação militar ordenada pelo presidente Donald Trump busca se apropriar das maiores reservas petrolíferas do mundo

Nicolás Maduro (Foto: Miraflores Palace/Handout via Reuters)

247 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que os Estados Unidos realizam um “desdobramento militar letal” no Caribe com o objetivo de se apoderar das vastas reservas de petróleo venezuelanas, consideradas as maiores do mundo. A acusação foi apresentada por meio de uma carta enviada ao secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al Ghais, durante a 192ª reunião do Comitê Ministerial de Monitoramento da Opep e Opep+. A informação foi publicada pelo teleSUR, com base em conteúdo da Prensa Latina.

A vice-presidenta executiva e ministra de Hidrocarbonetos, Delcy Rodríguez, leu a mensagem no encontro, destacando as advertências do mandatário sobre as “crescentes e ilegais ameaças do governo estadounidense contra a República Bolivariana”. Segundo a carta, a campanha de hostilidade iniciada pelo presidente Donald Trump, em meados de agosto, representa um risco direto para “a paz, a segurança e a estabilidade regional e internacional”, especialmente no campo energético.

Maduro detalhou que o desdobramento militar inclui “mais de 14 navios de guerra e 15 mil efetivos”, além de “mais de 20 bombardeios contra pequenas embarcações que derivaram no assassinato extrajudicial de mais de 80 pessoas”. Ele afirmou ainda que as ameaças reiteradas de “uso da força” violam frontalmente a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional.

O presidente venezuelano apelou aos países membros da Opep e da Opep+ para que considerem as consequências de intervenções militares similares em outras nações produtoras de petróleo, citando os casos de Iraque e Líbia. Segundo ele, a atual escalada coloca em “grave perigo a estabilidade da produção petrolífera venezuelana e do mercado mundial”.

Maduro reafirmou a disposição do governo bolivariano de defender seus recursos energéticos e rejeitar “qualquer tipo de chantagem ou ameaça”, encerrando a carta com a declaração: “Nada nos deterá! Seguiremos sendo livres e soberanos!”. Ele também solicitou que o documento seja distribuído entre os países membros e defendeu a construção de uma “união produtiva soberana, sem perturbações externas”.

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