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      Marcelo Gruman

      Doutor em Antropologia Social (MN/UFRJ); especialista em Gestão de Políticas Públicas de Cultura (UnB); atualmente é administrador cultural da Funarte/MinC

      55 artigos

      Mulheres

      Mulheres

      Devemos celebrar a relevância feminina no ambiente acadêmico como resultado da luta pela igualdade de direitos, prova de que a inteligência não é qualidade herdada geneticamente

      Os judeus e a degustação de orelhas

      Os judeus e a degustação de orelhas

      Costuma-se comer um doce típico conhecido popularmente como “orelha de Haman”, triangular, recheado de uva preta, geleia, doce de frutas ou sementes de papoula entre judeus. A mitologia dá conta de que o nome do doce vem do antigo costume de cortar a orelha de quem seria enforcado, daí, as tradicionais, deliciosas e canibalescas “orelhas de Haman”

      Gatos

      A morte do estilista alemão Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel, aos 85 anos, deixou órfãos não só os amantes da alta costura, mas também e principalmente sua companheira de alcova com quem dividia o travesseiro de seda

      Guerras culinárias

      Guerras culinárias

      A companhia aérea Virgin Atlantic resolveu incluir no seu cardápio uma deliciosa e suculenta “salada de cuscuz palestina”. Não tardaram em surgir críticas de passageiros descontentes com a “homenagem”. A guerra pelo poder de nomear a salada, se “palestina” ou “judaica”, não é uma quimera, uma disputa infantil. Comer, definitivamente, é ato político

      Cidadania à la carte?

      Em 2015, a inglesa Shamima Begum, 15 anos, fugiu de casa. Após chegar a Raqqa, autoproclamada capital do Estado Islâmico, casou-se com um holandês convertido ao islamismo. Com 19 anos e descoberta por jornalistas num campo de refugiados na Síria, Shamima quis voltar ao Reino Unido. Mas isto não a transforma numa criminosa, como numa relação inevitável entre causa e efeito, apenas lhe confere, provisoriamente, o status de boba da corte

      Meninas superpoderosas

      Meninas superpoderosas

      No episódio “The Sponge” (“A esponja”), a protagonista Elaine sabe que um anticoncepcional conhecido como “esponja” não seria mais vendido. Diz a um rapaz que não pode “desperdiçar duas esponjas” com o mesmo cara. A desinformação está a serviço de um poder ancorado numa visão de mundo religiosa, patriarcal e machista. Fragilidade e virilidade, azul e rosa, submissão e empoderamento. Elaine ou Damares?

      Falando a mesma língua

      Eis que, dias atrás, brasileiros “da gema” sofreram na pele o medo e o ódio xenófobos. Um grupo deles caminhava despreocupadamente pelas ruas de Londres, falando português, quando, de repente, uma “nativa” que passeava com seu cachorrinho os interpelou agressivamente, gritando que parassem de falar numa língua estrangeira enquanto estivessem no “país dela”. Ela se sentia “ameaçada” pela invasão bárbara, segundo o relato de um de nossos conterrâneos.

      Racismo

      Conviver com o diferente é necessário numa sociedade que se quer democrática e culturalmente complexa, onde a própria noção de “nós” é fragmentada porque exercemos múltiplos papéis sociais. Descentralizar a ideia de “certo” e “errado”, exercitar o conceito de relativismo cultural tendo por base fundamental os princípios dos direitos humanos, é saudável. É a ideologia da inclusão

      Exílios

      Exílios

      O “vermelho” representa não só os petistas, mas qualquer brasileiro que não não apoia regimes autoritários, que não seja racista, ou machista, ou deprecie as mulheres, ou cristão, ou homofóbico, ou neoliberal, que seja a favor do Estatuto da Criança e do Adolescente, contra a diminuição da maioridade penal, a favor do Estatuto do Desarmamento, que defenda o Estado laico

      Educando filhos em tempos de cólera

      Educando filhos em tempos de cólera

      É preocupante e angustiante imaginar que uma geração inteira está sendo formada intelectualmente a partir de preconceitos e estigmas, de uma visão de mundo excludente, intolerante e violenta. Resiliência

      Medo

      Medo

      Pela primeira vez, neste processo eleitoral, senti medo. Medo por ver, tão de perto, aquilo em que se transformou parte significativa da sociedade brasileira. Vingativa, sedenta de sangue, ignorante, embrutecida, sádica, intolerante, odienta