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Juca Simonard

Jornalista, tradutor e professor de francês. Trabalhou como redator e editor do Diário Causa Operária entre 2018 e 2019. Auxiliar na edição de revistas, panfletos e jornais impressos do PCO, e também do jornal A Luta Contra o Golpe (tabloide unificado dos comitês pela liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro).

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Ciro ataca Lula mais uma vez e mostra que frente ampla é uma fraude

Ciro está a serviço dos golpistas para destruir a luta política contra o golpe e, para isso, é essencial atacar a maior liderança sindical e popular do País: Lula

Ciro Gomes e Lula (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert)
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Por Juca Simonard

O defensor da frente ampla Ciro Gomes atacou Lula novamente em entrevista a Guilherme Amado, da Época, nesta quinta-feira (16). "Lula queria que o povo o tirasse da cadeia e o levasse como imperador. Lula se corrompeu. Tudo o que ele quer hoje é fazer um partido com 50 deputados para meter a mão em milhões do fundo eleitoral", afirmou o dirigente do PDT.

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A entrevista mostra um aceno de Ciro para a direita e mostra a fraude que é a frente ampla. "Não sou mais amigo de Lula. Perdi o respeito por ele”, afirmou o pedetista. Em seguida argumentou que “o PT quer mostrar cara feia, com gabinete do ódio de dinheiro roubado”.

O ataque a Lula é uma manobra calculada da burguesia golpista, e Ciro - como já ficou claro há muito tempo - é um representante da oposição consentida deste setor. 

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Recentemente, em coluna de Ascânio Seleme, o jornal O Globo procurou escrever um artigo em defesa da frente ampla com setores do PT, mas isolando o grupo lulista do partido - isto é, o grupo mais ligado aos trabalhadores, nos movimento sociais e no sindicato. Na matéria, Lula e Dilma são vistos como corruptos, enquanto se defende “novas lideranças” para o partido.

Da mesma forma, os ataques de Ciro Gomes devem ser entendidos como uma ofensiva política conjunta para isolar Lula dentro do PT e dar voz para setores da esquerda mais dispostos a alianças com a direita do regime político.

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Ciro ao afirmar que o PT está montando um “gabinete do ódio, com dinheiro roubado” faz coro com a política do monopólio de imprensa de que o lulismo é corrupto e, ao mesmo, comparável ao bolsonarismo. O lulismo e o bolsonarismo são colocados como equivalentes no “extremismo”. Ou seja, (olhem o golpe:) os defensores da luta contra Bolsonaro e o bolsonarismo são considerados iguais, e contra isso deveria-se formar uma frente do centro “democrático”, com Ciro, Marina Silva, PSDB, FHC e outros.

Fica muito claro, então, a fraude que é a frente ampla: o dirigente mais popular da esquerda deveria se curvar à política de grupos moderados para fazer uma frente “democrática” contra Bolsonaro com os grupos que deram o golpe e colocaram o fascismo no poder. Lula deveria abandonar o discurso contra o golpe e o bolsonarismo (o suposto radicalismo) para se tornar um agitador moderado que defende aliança com as pessoas que o colocaram na prisão por mais de 1 ano.

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É um golpe! O que Ciro defende, na realidade, é uma frente puramente institucional para enquadrar Bolsonaro na política da direita mais tradicional. Ir desgastando o governo para, em 2022, se eleger ou - através de uma aliança e da política do “voto útil” - colocar um outro inimigo dos trabalhadores no poder.

Qual seria o sentido do PT, maior partido do País, buscar uma aliança com o PDT? Além do partido não possuir militantes, tendo apenas uma relativa força (mesmo que mínima) no Congresso, ele se aliou com a direita em questões fundamentais da destruição do Brasil, promovendo a política de terra arrasada ao votar o impeachment de Dilma, a privatização da água, a “reforma” da previdência, entre outras coisas

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No Rio de Janeiro, por exemplo, o PDT defendeu a intervenção militar, que assassinou e reprimiu ainda mais o povo pobre das favelas, dando força aos militares que hoje sustentam Bolsonaro. Sem falar que, enquanto Lula estava preso, Ciro e seu irmão-porta-voz, Cid Gomes, popularizaram o termo “Lula está preso babaca” - frase que foi dita em comício do próprio PT no Ceará e em reunião da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Salvador.

Ciro Gomes defendeu a Lava Jato (antes do desgaste da operação) afirmando ser positivo a celeridade para julgar casos como o de Antonio Palocci, por exemplo. Ele é um claro oportunista. É um político burguês que busca se apresentar como candidato da esquerda ao mesmo tempo em que sabota diretamente atos de rua contra o fascismo e a luta pelo “Fora Bolsonaro”, que tomou conta do país; ao mesmo tempo que seu partido vota em conjunto com a direita para retirar os direitos da população.

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Vale lembrar também que Ciro Gomes ataca a imprensa progressista da esquerda, como o Diário do Centro do Mundo e o próprio Brasil 247, que ele qualificou como “gabinete do ódio da esquerda”.

O coronel cearense da família Ferreira Gomes (dona do Ceará) aparece, novamente, como principal instrumento da direita dentro da esquerda - uma quinta coluna, como diriam. Ciro está a serviço da direita para destruir a luta contra o golpe e o bolsonarismo e, para isso, é essencial atacar a maior liderança sindical e popular do País: Lula, que é contra a frente ampla

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