Brasil acumula avanços ambientais entre 2023 e 2025
Redução do desmatamento, demarcação de territórios e investimentos climáticos reforçam agenda ambiental apresentada em reunião ministerial
247 - O balanço das ações do Governo do Brasil nas áreas ambiental e climática, referente ao período de 2023 a 2025, destacou uma série de resultados considerados estratégicos para o país. Os dados foram apresentados durante a última reunião ministerial de 2025, realizada nesta quarta-feira (17), em Brasília.
Os avanços incluem a queda expressiva do desmatamento, a ampliação de políticas de proteção ambiental e o fortalecimento da governança climática. A apresentação foi conduzida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que ressaltou o papel da agenda ambiental na consolidação de políticas públicas sustentáveis.
Entre os principais indicadores apresentados, está a redução de 50% do desmatamento na Amazônia e de 32,3% no Cerrado em 2025, na comparação com 2022, segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Para Rui Costa, os números refletem o compromisso do governo Lula com a preservação ambiental e com os biomas brasileiros. “Os resultados comprovam o comprometimento do governo Lula com o meio ambiente, a Amazônia e os biomas do nosso país”, afirmou o ministro.
Segundo Costa, os avanços foram alcançados a partir da atuação coordenada do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Ibama e do ICMBio, em parceria com os Ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa, além de órgãos como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as Forças Armadas e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
O ministro também destacou a abertura de 500 novos mercados internacionais para a agropecuária brasileira no período, o que gerou US$ 3,4 bilhões adicionais em exportações. De acordo com ele, a política ambiental e o controle do desmatamento contribuíram para ampliar a confiança internacional nos produtos do agronegócio nacional.
Outro ponto enfatizado foi a retomada da política de reconhecimento de Terras Indígenas. Entre 2023 e 2025, 20 territórios tiveram o processo de demarcação concluído, 21 receberam portarias declaratórias e 10 reservas indígenas foram constituídas, somando 51 territórios. No mesmo período, ocorreram operações de desintrusão em nove Terras Indígenas. Também foram emitidos 60 decretos de desapropriação em áreas quilombolas, garantindo o direito dessas populações sobre os territórios tradicionalmente ocupados.
Durante a apresentação, ganhou destaque o Novo Acordo Rio Doce, considerado uma medida histórica de reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. O acordo prevê a destinação de R$ 170 bilhões ao longo de 20 anos para as populações atingidas.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima também divulgou uma síntese das principais entregas no período. Entre elas estão a prevenção da emissão de 733,9 milhões de toneladas de CO₂ equivalente com a queda do desmatamento, a redução de 40% da área queimada por incêndios florestais em 2025, o financiamento climático de R$ 138,1 bilhões para projetos de desenvolvimento sustentável e a restauração de 3,4 milhões de hectares de vegetação nativa.
A agenda inclui ainda a criação ou ampliação de 15 Unidades de Conservação Federais, totalizando mais de 540 mil hectares; o lançamento do Plano Clima, que orienta o país para cumprir a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) no âmbito do Acordo de Paris; e o fortalecimento de políticas de reciclagem, adaptação climática urbana e sociobioeconomia, com destaque para o Programa Bolsa Verde, que beneficiou 84 mil famílias desde 2023.
Em seu discurso, o presidente Lula afirmou que o Brasil vive um momento singular. “Eu acho que nós estamos vivendo, do ponto de vista econômico, do financiamento dos nossos bancos, do crescimento da nossa indústria, do ponto de vista do crescimento da agricultura, um momento quase que ímpar na história desse país”, declarou.
O presidente explicou que a reunião ministerial teve como objetivo apresentar um panorama consolidado das realizações do governo. “Essa reunião de hoje é para que todos vocês tenham um quadro real do que aconteceu nesses três anos, possivelmente nem cada um de nós individualmente saiba a grandeza do que foi feito”, disse.
Lula também ressaltou o fortalecimento das políticas públicas de inclusão social. “A verdade nua e crua é que nós acabamos com a invisibilidade do povo pobre deste país, nós acabamos com a invisibilidade de um povo que só era reconhecido em época de eleição”, afirmou.



