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Deputado pode ter levado escândalo da Covaxin a Bolsonaro, mas não revela: "se eu responder para você, cai a República"

Deputado federal Luís Miranda afirmou que “tocou a denúncia para a frente” e insinuou que pode ter levado o caso ao conhecimento de Jair Bolsonaro. "Se eu responder para você, cai a República”, disse

(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Reuters | Reprodução)
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247 - O deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) disse que o escândalo envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin “é bem mais grave” do que as pressões relatadas pelo irmão, o servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda, chefe do departamento de importação do Ministério da Saúde. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o parlamentar afirmou que “tocou a denúncia para a frente” e insinuou que a denúncia pode ter sido levada ao conhecimento de Jair Bolsonaro."Se eu responder para você, cai a República”, disse ao ser indagado sobre o fato. O deputado e o irmão prestarão depoimento à CPI da Pandemia nesta sexta-feira (25). 

O deputado federal afirmou seu irmão foi demitido após denunciar o esquema de corrupção no processo de compra da Covaxin. "Situação esdrúxula. Absurdo o que estavam tentando fazer. Era gravíssima a situação ali dentro", disse Luís Miranda ao jornal O Estado de S.Paulo.

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Ao saber da demissão do irmão, Miranda procurou o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para reverter a decisão. "Fui despachar com o Pazuello e falei que ele (Luís Ricardo) estava sendo exonerado porque estava denunciando um esquema de corrupção. Vou explodir na mídia se fizerem isso com o garoto", afirmou o deputado, contando sua conversa com o general.

O escândalo envolvendo a compra da Covaxin veio à tona na semana passada, após Ricardo denunciar estar sofrendo uma “pressão atípica” para liberar a importação do imunizante produzido pela Bharat Biotech e que está sendo negociada com o governo federal por intermédio da Precisa Medicamentos. Ele prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) no dia 31 de março, no âmbito de um inquérito que apura a suspeita de favorecimento e quebra de cláusulas contratuais para o fornecimento do imunizante. 

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De acordo com o parlamentar, "tem coisa mais grave, bem mais grave [do que a pressão]. Inclusive erros no contrato. Formas irregulares na apresentação do contrato. Datas de vencimento das vacinas incompatíveis com a importação, sem tempo de ser vacinada a população”. Ainda segundo ele, o contrato continha  "falhas inaceitáveis”. "Por isso ele não quis assinar. Aí ele começa a receber a pressão por conta disso", assegurou.

"Havia indícios de irregularidades na forma [do contrato]. E valores muito acima daquilo que era tratado com outras marcas", ressaltou Luís Miranda. "Tenho muitas informações, mas só vou falar quando confirmar que vou ser convocado [para a CPI]", completou. 

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O valor do contrato, que envolve a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxim, é de R$ 1,61 bilhão. O custo unitário é de US$ 15, o mais alto dentre todas as vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde. O sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano deveria prestar depoimento à CPI nesta quarta-feira (23), mas a oitiva foi adiada para a semana que vem. 

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