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Direita vive indefinição para 2026 e candidatura está 'confusa', avalia Haddad

Ministro da Fazenda diz ver movimentos erráticos no campo conservador e afirma que lançamento de Flávio Bolsonaro surpreendeu o cenário político

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o campo da direita ainda não conseguiu apresentar um projeto consistente para a disputa presidencial de 2026. Segundo ele, há sinais claros de desorganização e falta de definição entre os possíveis candidatos, o que torna o cenário imprevisível. A informação é da CNN Brasil.

Avaliação sobre o cenário da direita

Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (18), Haddad afirmou que observa atitudes pouco coordenadas entre os principais atores da direita e classificou o momento como confuso. Para ele, a ausência de uma estratégia clara dificulta a consolidação de uma candidatura competitiva para o próximo pleito presidencial.

“O lado de lá está um pouco confuso, para dizer o mínimo. Vejo movimentos erráticos. Eu entendo que o grande eleitor é o Bolsonaro. Não acredito que uma pessoa sem o apoio consiga atingir patamares importantes de intenção de voto. Mas como ele também tem uma rejeição elevada”, declarou.

Surpresa com lançamento de Flávio Bolsonaro

O ministro destacou que o anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL) como possível candidato ao Palácio do Planalto causou surpresa no meio político. Segundo Haddad, nem mesmo analistas mais atentos esperavam o movimento naquele momento.

“É difícil [apostar], depende da pessoa e do seu instinto. Não depende da racionalidade. Depende do calor do momento. Foi uma surpresa o lançamento do Flávio para todo mundo”, afirmou.

Flávio Bolsonaro já declarou publicamente que existe um “preço” para que uma eventual candidatura à Presidência da República não seja levada até o fim, o que, na avaliação do ministro, reforça o clima de indefinição.

Influência e rejeição de Bolsonaro

Haddad também analisou o peso político do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral. Para ele, embora Bolsonaro ainda exerça forte influência sobre o eleitorado, o elevado índice de rejeição representa um obstáculo significativo para a construção de um nome viável dentro do campo conservador.

Haddad descarta candidatura em 2026

Durante a entrevista, o ministro afastou qualquer possibilidade de disputar cargos públicos nas eleições de 2026. Haddad afirmou que pretende deixar o comando do Ministério da Fazenda até fevereiro para se dedicar à campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mantendo seu foco na continuidade do atual projeto político.

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