“Bolsonaro colocou o pé na porta para seguir comandando a direita”, diz Altman
Estratégia com Flávio Bolsonaro busca manter liderança sobre a direita em 2026 e garantir anistia ao ex-presidente.. Assista à entrevista na TV 247
247 - A movimentação em torno da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026 é, para o jornalista Breno Altman, uma ação calculada do ex-presidente preso Jair Bolsonaro para manter o comando sobre a extrema direita brasileira e proteger seus próprios interesses. Altman analisa que o ex-presidente “colocou o pé na porta” para impedir que outros setores reorganizassem o campo da extrema direita sem sua tutela direta.
Em participação no programa Bom Dia 247, da TV 247, Altman avaliou que a iniciativa em torno de Flávio Bolsonaro responde a um dilema central do ex-presidente: como garantir que o campo extremista, na eleição de 2026, permaneça sob sua influência e, ao mesmo tempo, defenda sua anistia.
Segundo o jornalista, a decisão rompeu uma articulação em curso, que vinha consolidando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato presidencial preferencial da extrema direita.
Altman lembrou que, antes dessa guinada, “a maior parte das forças à direita vinha caminhando para uma chapa que deixava o Bolsonaro como avalista, mas sem segurança”.
Diante desse cenário, afirma Altman, o ex-presidente decidiu atuar de forma mais direta. “Bolsonaro resolveu, na minha opinião, colocar o pé na porta. Colocou o pé na porta, lançando a candidatura do filho Flávio Bolsonaro. Essa candidatura desarrumou a direita. Não é à toa que o mercado reagiu com dólar subindo, bolsa caindo, desarrumou a direita. E o Tarcísio imediatamente recuou”, analisou. Para o jornalista, o movimento expôs a dependência de Tarcísio em relação ao apoio do ex-presidente: “Tarcísio de Freitas jamais será candidato sem o aval de Bolsonaro, como é claro, como é óbvio”. Assista:



