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Reino Unido eleva tom militar e fala em mobilizar civis contra a Rússia

Discurso do chefe das Forças Armadas britânicas reacende temores de escalada bélica e amplia o clima de tensão internacional

Richard Knighton passa tropas em revista (Foto: Andrew Wheeler/Ministério da Defesa)

247 - O Reino Unido elevou o tom de confronto ao admitir publicamente a possibilidade de envolver a população civil em um eventual conflito armado contra a Rùssia. Em meio ao aumento das tensões geopolíticas, declarações do comando militar britânico passaram a tratar a guerra como uma hipótese concreta, alimentando preocupações sobre os riscos de uma escalada de grandes proporções no cenário internacional.

A advertência foi feita pelo chefe das Forças Armadas do Reino Unido, Richard Knighton, durante um discurso no Royal United Services Institute, tradicional centro de estudos de defesa, informa o UOL. 

Segundo Knighton, o país enfrenta um ambiente de ameaças crescentes, com destaque para a Rússia, e precisaria ampliar sua capacidade de resposta. Para o comandante, não basta confiar apenas no efetivo profissional. “Se as forças armadas são a primeira linha de defesa”, afirmou, responder a esse cenário exigiria ter “mais pessoas preparadas para lutar por seu país”.

A fala explicita uma mudança relevante no discurso oficial britânico, ao sugerir que civis devem estar dispostos a pegar em armas. O posicionamento é visto por analistas como um sinal de endurecimento estratégico e reforça o clima de militarização que vem sendo adotado por potências ocidentais diante do atual quadro internacional.

Ao afirmar que “mais pessoas” devem estar “preparadas para lutar”, Knighton insere a sociedade civil no centro do debate militar, rompendo com a ideia de que conflitos armados estariam restritos a forças profissionais. A declaração amplia os temores de que discursos dessa natureza contribuam para normalizar a lógica da guerra e aprofundar tensões já existentes.

Ao tratar a mobilização da população como uma necessidade, o Reino Unido sinaliza disposição para um enfrentamento de maior escala, reacendendo o temor de que ameaças imperialistas como a do atual governo britânico possam empurrar o mundo para um novo e perigoso ciclo de confrontos armados.

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