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Gleisi se reúne com Motta para recompor diálogo e reduzir tensão entre poderes

Encontro buscou reduzir tensão entre governo e Câmara após ausências de líderes em evento oficial

Hugo Motta e Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

247 - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, participou na tarde desta quarta-feira (26) de uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). O encontro ocorreu em meio ao aumento do distanciamento entre o governo federal e a cúpula do Congresso.

As tensões se intensificaram após Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não comparecerem à cerimônia de sanção do projeto que ampliou a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais. A ausência foi interpretada como um sinal público do desgaste na relação entre o Executivo e o Legislativo. 

Ausência em evento acentua tensão entre governo e Congresso

Segundo o g1, Gleisi foi à residência oficial da Câmara para tentar restabelecer os canais de diálogo após Motta não comparecer ao evento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a ampliação da isenção do IR. Interlocutores afirmaram que a conversa foi positiva, ainda que não suficiente para afastar completamente a tensão. A avaliação é de que a reunião abriu uma nova ponte de comunicação entre o governo e o presidente da Câmara.

Reunião tenta reabrir diálogo após dias de desgaste

Em entrevista à Folha de S.Paulo no início da semana, Motta afirmou ter rompido politicamente com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), após críticas do deputado. Além disso, o presidente da Câmara também havia se distanciado de outras lideranças e mencionou divergências com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).Nesta quarta-feira, Sóstenes declarou que o clima entre ambos já foi amenizado. “Desentendimentos na relação de trabalho é normal”, afirmou ao comentar a situação.

Divergências entre líderes ampliam clima de tensão

As desavenças públicas entre lideranças vinham aumentando a percepção de instabilidade política em Brasília. Lindbergh, como líder da bancada do PT, tornou-se alvo central do incômodo de Motta, o que elevou a pressão sobre a articulação política do governo.

Guimarães minimiza conflito e reforça papel institucional

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), adotou um tom de pacificação ao comentar o episódio. Em sua declaração, ele afirmou: “O Lindbergh é líder da bancada do PT. A bancada do PT e ele precisam se entender sobre a relação com o presidente da Casa. A liderança do governo é a liderança do governo. Mesmo com todas as divergências eu tenho que dialogar com todos os partidos. Não vamos confundir as coisas”.

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