Crise com Congresso é momentânea, afirma Haddad
Ministro afirma que ausência de líderes do Congresso em evento de isenção do IR não representa ruptura e prevê retomada do diálogo político
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que o recente desgaste entre o governo federal e a cúpula do Congresso não configura uma ruptura institucional. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, nesta quarta-feira (26), quando o ministro comentou as ausências de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) no evento sobre isenção do Imposto de Renda realizado no Palácio do Planalto.
Ministro minimiza ruído político
Durante a entrevista, segundo o g1, Haddad classificou o atual cenário como um episódio pontual. “Essas coisas acontecem. Se você recuperar o passado recente, desde o começo do governo, às vezes dá um estremecimento momentâneo em virtude de alguma disputa, alguma expectativa frustrada. O que é natural. Mas eu tenho confiança de que isso passa”.
A ausência simultânea dos presidentes da Câmara e do Senado em uma cerimônia relevante para o governo chamou a atenção do Planalto, que já vinha monitorando sinais de desgaste na relação política.
Tensões se intensificaram no início da semana
A segunda-feira (24) marcou um dos pontos altos da crise. Lideranças das duas Casas fizeram declarações públicas apontando divergências tanto com o governo quanto entre si. Na Câmara, o rompimento político entre Hugo Motta e o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), ampliou a temperatura interna e acendeu alertas sobre a estabilidade da articulação governista num momento sensível do calendário legislativo.
No Senado, o foco do impasse foi a indicação de Jorge Messias para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A nomeação gerou reações diversas, contribuindo para o ambiente de tensão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga e a indicação não foi bem recebida por ele.
Haddad reforça confiança em agenda econômica
Apesar dos sinais de desgaste, o ministro reafirmou que não vê risco de paralisação da pauta econômica. Para ele, o cenário deve se normalizar e permitir que o Congresso avance nas propostas consideradas prioritárias pelo governo.
Haddad também reiterou que a indicação de Jorge Messias ao STF está “completamente em conformidade com a legislação atual” e segue todos os critérios legais exigidos para a composição da Corte.



