Motta reage a Lira e rejeita uso da Câmara como "ferramenta de revanchismo"
Presidente da Câmara responde críticas de Lira e diz que a Casa deve atuar com equilíbrio e sem disputas pessoais
247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), respondeu às críticas feitas por Arthur Lira (PP-AL) após a aplicação de uma pena alternativa ao deputado Glauber Braga (Psol-RJ), que manteve seu mandato. Em mensagens em um grupo interno de seu partido, Lira afirmou que o clima interno na Casa se deteriorou e que é preciso retomar a organização dos trabalhos legislativos. Segundo o G1, em entrevista à GloboNews, Motta repudiou a possibilidade de que o comando da Câmara seja utilizado como “ferramenta de revanchismo”.
Críticas de Lira elevam tensão na Câmara
Arthur Lira escreveu em um grupo de mensagens de seu partido que a situação atual da Câmara era uma "esculhambação". O comentário ocorreu após o desfecho do processo disciplinar envolvendo Glauber Braga, que teve apenas uma suspensão aprovada, contrariando a articulação de Lira pela cassação.
O ex-presidente da Câmara também criticou, de forma indireta, a atuação de Hugo Motta na condução dos trabalhos. A tensão interna cresceu especialmente porque Lira defendia um desfecho mais duro para Glauber, com quem teve embates frequentes quando estava no comando da Casa.
Motta responde e defende neutralidade institucional
Diante da repercussão das mensagens, Hugo Motta afirmou que “a Presidência da Câmara não se move por conveniências individuais, nem deve servir como ferramenta de revanchismo”. Ele acrescentou que a gestão da Casa ocorre “com total imparcialidade, exercendo nossas responsabilidades com seriedade, equilíbrio e abertura ao diálogo”.
O presidente da Câmara reforçou que seu papel é garantir que todas as vozes parlamentares sejam ouvidas, preservando o respeito entre os Poderes e assegurando o funcionamento regular das instituições.
Caso Glauber reacende disputas internas
Na terça-fira (9) Glauber Braga, foi retirado à força da Mesa Diretora em um episódio que marcou a fricção com Lira. Nos bastidores, parlamentares afirmam que, embora o processo de cassação tenha sido motivado pelo empurrão contra um militante do MBL, o histórico de confrontos com Lira pesou para que o caso avançasse. O deputado do Psol havia chamado Lira de “bandido” e o acusado de “sequestrar o orçamento”, em referência às emendas parlamentares, o que elevou a animosidade entre ambos.



