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Alcolumbre ameaça engavetar indicação de Messias ao STF

Presidente do Senado cogita deixar o Supremo com apenas dez ministros por tempo indeterminado. Colegas veem bravata

Jorge Messias e Davi Alcolumbre (Foto: José Cruz/Agência Brasil | Waldemir Barreto/Agência Senado)

247 - A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de cancelar a sabatina de Jorge Messias, prevista para ocorrer no dia 10, reacendeu tensões na Casa e levantou dúvidas sobre o futuro da indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O gesto provocou imediata repercussão política ao sinalizar a possibilidade de que o processo fique paralisado por tempo indeterminado, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo

Nos bastidores, senadores interpretaram o movimento como uma ameaça calculada: Alcolumbre teria indicado que poderia simplesmente engavetar a indicação feita pelo presidente Lula (PT), mantendo o STF com apenas dez ministros. A leitura entre parlamentares experientes, porém, é de que a postura se aproxima mais de uma demonstração de força do que de um plano concreto.

A comparação com episódios anteriores foi inevitável. Em 2021, quando presidia a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Alcolumbre resistiu por mais de quatro meses a pautar a sabatina de André Mendonça. Repetia que só colocaria o nome em votação “por cima do meu cadáver”, numa tentativa de pressionar o então presidente Jair Bolsonaro (PL) a escolher Augusto Aras para o Supremo. Apesar do impasse prolongado, acabou cedendo.

Agora, senadores avaliam que o enredo se repete.

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