247 - Um tribnunal de Buenos Aires pediu na terça-feira (18) o confisco dos bens da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, juntamente com os de outros condenados no âmbito do "Caso Vialidad", informou o jonrla <a href="https://www.pagina12.com.ar/2025/11/19/causa-vialidad-ordenan-decomisar-los-bienes-de-cristina-kirchner/">Página 12</a>.&nbsp;
Entre os bens confiscados estão um imóvel em nome da ex-presidente e um conjunto de bens transferidos a seus filhos, Máximo e Florencia Kirchner.
O procurador do caso Diego Luciani disse no final de outubro que estava travando uma “luta” para assegurar o confisco dos bens da ex-presidente. “O confisco está confirmado. A única coisa que falta é executar. Temos um confisco equivalente a mais de 500 milhões de dólares. É algo muito claro: é preciso ir atrás dos bens”, declarou o representante do Ministério Público, de acordo com a reportagem.&nbsp;
O caso acusa Kirchner e 86 outras ex-autoridades de participarem de uma suposta rede que recebia subornos de empresários em troca de contratos de obras públicas durante seu governo. Ela nega as acusações.
O julgamento deverá se estender até o final do ano, de acordo com a Reuters.&nbsp;

Leonardo Sobreira

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner na Cidade do México - 3/8/2024

original

1250x600

1280x490

3000x1800

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

América Latina

Lawfare: judiciário argentino ordena confisco de bens de Cristina Kirchner

Reuters - A ex-presidente da Argentina Cristina Fernández de Kirchner foi a julgamento na quinta-feira sob acusação de suborno relacionado a contratos de obras públicas concedidos durante seu governo.
O caso de corrupção -- conhecido como o escândalo dos "Cadernos" -- acusa Cristina e 86 outras ex-autoridades de participarem de uma rede ilícita que supostamente recebia subornos de empresários em troca de contratos governamentais lucrativos. Ela nega as acusações.
"Hoje começa outro show judicial", disse a ex-presidente no X. "Parece que não bastou para eles me prenderem e me banirem para sempre do caso Vialidad: precisam manter a farsa judicial viva para continuar pressionando e, sobretudo, para desviar a atenção."
Cristina, uma política de esquerda que cumpriu dois mandatos presidenciais de 2007 a 2015, além de passagens como vice-presidente, senadora e primeira-dama, está em prisão domiciliar desde junho após uma condenação por fraude separada.
Os promotores começaram a ler a acusação na quinta-feira, marcando a primeira fase de um julgamento que deverá se estender até o final do ano. Uma resolução final pode levar anos devido aos recursos esperados.
O caso surgiu em 2018 depois que os cadernos mantidos pelo motorista de uma ex-autoridade vieram à tona, detalhando supostas entregas de dinheiro e reuniões. Testemunhas implicaram tanto Cristina quanto seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, que esteve no cargo de 2003 a 2007, como figuras centrais no esquema.
Entre os acusados estão ex-ministros e executivos de grandes empresas de construção, energia e transporte. Vários líderes empresariais testemunharam como "arrependidos" em troca de clemência judicial, revelando um sistema de propinas supostamente usado para financiar o movimento peronista.
O julgamento está sendo conduzido virtualmente via Zoom.
Os procedimentos seguem um revés político para a esquerda na Argentina. Na semana passada, o partido libertário do presidente Javier Milei obteve uma vitória nas eleições legislativas, fortalecendo seu mandato para dar continuidade às amplas reformas econômicas.

Paulo Emilio

A ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner em uma sacada, no dia em que o Tribunal Federal de Apelações Criminais confirmou uma sentença de prisão por suposta corrupção na concessão de obras públicas durante sua presidência, em Buenos Aires, Argentina, em 13 de novembro de 2024

Ex-presidente argentina Cristina Kirchner vai a julgamento sob acusação de suborno em obras públicas

247 - A três dias das eleições legislativas na Argentina, que renovarão metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, a ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner voltou à cena política com duras críticas ao governo de Javier Milei. Em vídeo publicado nas redes sociais, a líder peronista pediu aos eleitores que votem “para pôr fim à má governança e à austeridade permanente” que, segundo ela, atingem os setores mais vulneráveis do país.
A informação foi publicada pela agência Prensa Latina, que destacou a ampla repercussão do discurso da ex-presidente, também ex-vice de Alberto Fernández. Cristina afirmou que o pleito de 26 de outubro é uma “grande oportunidade democrática” para mudar o rumo da Argentina.“O voto de cada um de vocês pode pôr fim à má governança de Milei e acabar com a austeridade permanente dos setores mais vulneráveis da nossa sociedade, a entrega da soberania nacional e a punição de pessoas que vivem do seu trabalho ou daquelas que trabalharam a vida inteira”, declarou Cristina.&nbsp;
Ela criticou duramente o impacto econômico das políticas do atual presidente, afirmando que “as pessoas não conseguem sobreviver; elas precisam se endividar para pagar eletricidade, comida e remédios”.A ex-presidente também mencionou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontado por ela como um dos principais apoiadores de Milei. “Se alguém ainda tem dúvidas sobre o fracasso, basta ouvir as palavras do principal apoiador de Milei e, na prática, seu gerente de campanha, o presidente dos EUA, Donald Trump. Há alguns dias ele disse isso muito claramente: ‘Os argentinos não têm dinheiro. Eles estão lutando para sobreviver’”, afirmou.
Cristina ironizou a insistência de Milei em se autoproclamar líder de um governo exemplar. “Milei se cansou de repetir que era o melhor governo da história, com o plano econômico mais bem-sucedido, mas acabou implorando por um resgate financeiro nos Estados Unidos. Um resgate que não é nada uma solução e tudo uma humilhação”, disse.Segundo ela, “a Argentina é um país grande e digno demais para depender do humor de um presidente estrangeiro. A soberania argentina não é negociável; pertence ao seu povo”.&nbsp;
A ex-presidente convocou os eleitores a reagirem nas urnas: “Neste 26 de outubro, precisamos pôr fim a esse padrão de rendição, destruição e, acima de tudo, profunda humilhação nacional”.
Cristina, atual presidente do Partido Justicialista, afirmou que apenas o peronismo é capaz de promover uma virada política no país. “Peço que votem neste domingo, porque não há maneira mais democrática de mudar as coisas do que votando”, conclamou. Ela também alertou sobre possíveis riscos à transparência do pleito, citando mudanças recentes na Cédula Única de Papel, que, segundo ela, foram implementadas sem o devido preparo técnico.“Cada presidente de seção eleitoral, cada fiscal e cada eleitor tem a responsabilidade de salvaguardar o voto popular”, ressaltou Cristina.&nbsp;
Encerrando sua mensagem, ela resumiu o desafio eleitoral: “Os freios em Milei começam neste domingo, mas o trabalho continua no dia seguinte para tirar a Argentina do desastre que este governo deixará para trás. Este 26 de outubro é ou Milei e o ajuste permanente ou a Argentina, nossa casa comum”.
Com esse apelo, a ex-presidente colocou-se novamente no centro do debate político argentino, apostando em uma mobilização popular para conter o avanço do projeto ultraliberal do atual governo.

José Reinaldo

Cristina Fernández diz que governo Milei fracassou e pede voto na oposição

BUENOS AIRES (Reuters) - Um tribunal argentino condenou nesta quarta-feira duas pessoas à prisão por tentarem assassinar Cristina Kirchner em 2022, quando ela era vice-presidente.
Fernando Sabag Montiel, um brasileiro que vive na Argentina, foi considerado culpado de tentativa de homicídio agravado com arma de fogo e condenado a 10 anos de prisão.
Brenda Uliarte, ex-namorada de Montiel, foi condenada a oito anos como cúmplice necessária do crime.
Montiel apertou o gatilho de uma pistola carregada, que não disparou, a centímetros da cabeça da vice-presidente, e mais tarde confessou que pretendia matá-la.
O ataque a Cristina, uma das figuras políticas mais proeminentes da Argentina nas últimas duas décadas, chocou o país e atraiu ampla condenação internacional.
Atualmente, ela está em prisão domiciliar em um caso de corrupção.
(Reportagem de Lucila Sigal e Natalia Siniawski)

Fernando Andrés Sabag Montiel e Cristina Kirchner

Justiça argentina condena brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner

247 - O presidente ultradireitista da Argentina, Javier Milei, transformou o Movistar Arena, em Buenos Aires, em um palco de excentricidades nesta segunda-feira (6), durante o lançamento de seu novo livro. O evento, que combinou discurso político, show de rock e culto à personalidade, contou com uma plateia lotada de militantes e ministros de seu governo — entre eles Patricia Bullrich, Sandra Pettovello, Federico Sturzenegger, Luis Petri, Diego Santilli e Daniel Scioli.
Segundo o jornal <a href="https://www.lanacion.com.ar/politica/javier-milei-parodio-una-pelicula-de-star-wars-el-como-el-heroe-que-se-enfrenta-a-cristina-kirchner-nid07102025">La Nación</a>, Milei cantou nove músicas — incluindo versões próprias de canções de La Renga, Gilda, Sandro e Charly García — e chegou a entonar o Hino Nacional argentino a capella. Ele também atravessou o público em caminhada pseudotriunfal até o palco.
O momento mais comentado, no entanto, foi a projeção de um vídeo que parodiava uma cena de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, em que o presidente se apresentava como Luke Skywalker, enfrentando seus inimigos políticos — Cristina Kirchner e Axel Kicillof, retratados respectivamente como Kylo Ren e General Hux, além de veículos de imprensa argentinos como Clarín, Perfil, LN+ e C5N.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">&quot;Luke Skywalker&quot; Porque durante la presentación del libro de Javier Milei, proyectaron una escena de Star Wars con Cristina Kirchner en reemplazo de Kylo Ren y el presidente en lugar de Luke Skywalker.<a href="https://t.co/ScWToFYljk">pic.twitter.com/ScWToFYljk</a>&mdash; Tendencias en Argentina (@porqueTTarg) <a href="https://twitter.com/porqueTTarg/status/1975363807896871257?ref_src=twsrc%5Etfw">October 7, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<h2>Star Wars de extrema direita</h2>
O vídeo, de 1 minuto e 36 segundos, mostra Milei como o suposto herói que, sozinho, enfrenta a “Nova Ordem” representada por seus adversários políticos. Os trechos do diálogo foram alterados com legendas que atacavam a oposição e a imprensa, enquanto o público no estádio reagia com aplausos e insultos à ex-presidente Cristina Kirchner.
A montagem terminava com Milei “ileso” após um bombardeio de tiros laser, levantando-se para limpar o ombro coberto de cinzas.
Durante o discurso, ao lado do porta-voz Manuel Adorni, Milei voltou a atacar as “malditas operetas” do kirchnerismo, defendeu suas políticas econômicas e afirmou que o país “está no caminho correto”. Ele também chamou seus apoiadores à mobilização para as eleições legislativas de outubro, nas quais buscará consolidar sua base parlamentar.

Guilherme Paladino

Javier Milei e Cristina Kirchner em paródia de Star Wars

Milei encena "show de rock", ataca Cristina e vira Luke Skywalker em paródia de Star Wars

<a href="https://www.c5n.com/politica/denunciaron-javier-milei-admitir-que-fue-el-quien-tomo-la-decision-meter-presa-cristina-kirchner-n216699">Por Vanesa Petrillo, do C5N</a> - O presidente Javier Milei foi denunciado criminalmente por abuso de autoridade e intromissão na Justiça após admitir publicamente que foi ele quem "tomou a decisão" de prender a ex-mandatária Cristina Kirchner.
As denúncias são pelo crime de "abuso de autoridade", figura prevista no artigo 248 do Código Penal: "Será reprimido com prisão de um mês a dois anos e inabilitação especial por tempo duplo, o funcionário público que ilegalmente arrogar atribuições que não lhe competem, ou exercer as próprias de forma abusiva".
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Denuncian a Milei por abuso de autoridad tras admitir que fue él quien tomó la decisión decisión de poner presa a Cristina Kirchner. Una de las denuncias la presentó el abogado Dalbon y la otra la abogada Carreras <a href="https://t.co/Sl83elXB4T">pic.twitter.com/Sl83elXB4T</a>&mdash; Vanesa Petrillo (@Vanepetrillo) <a href="https://twitter.com/Vanepetrillo/status/1975185965779210692?ref_src=twsrc%5Etfw">October 6, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
Em uma entrevista ao canal La Nación+, Milei declarou: "Posso assegurar que isto é a vingança por eu ser o primeiro Presidente que tomou a decisão de que ela vá presa".
Uma das denúncias foi apresentada pelo advogado Gregorio Dalbón, por direito próprio, que pediu diretamente a "inquirição" de Milei por invadir a esfera de outro poder do Estado. A outra foi realizada pela advogada Valeria Carreras. Ambas as representações tramitarão nos tribunais de Comodoro Py.
Para os denunciantes, as declarações de Milei implicam "um claro exercício abusivo do poder e uma violação direta à independência do Poder Judiciário". Segundo Dalbón, advogado que representa CFK em alguns processos civis, o que disse o presidente reforça a posição do "lawfare" e tudo o que ocorreu no caso Vialidad, no qual a ex-presidente terminou condenada com sentença definitiva da Corte.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">📻 <a href="https://twitter.com/hashtag/AUDIO?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AUDIO</a> | &quot;Milei confiesa que el lawfare existió, que la persecución fue política y que él la avala&quot;, afirmó Gregorio Dalbon, abogado, en diálogo con <a href="https://twitter.com/Gatosylvestre?ref_src=twsrc%5Etfw">@Gatosylvestre</a> por los dichos de Milei sobre Cristina. 🎧 <a href="https://t.co/sCT48elTRD">https://t.co/sCT48elTRD</a><a href="https://twitter.com/hashtag/Ma%C3%B1anaSylvestre?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#MañanaSylvestre</a> <a href="https://t.co/g7VuG1K8SS">pic.twitter.com/g7VuG1K8SS</a>&mdash; Radio 10 - AM 710 (@Radio10) <a href="https://twitter.com/Radio10/status/1975163179824185695?ref_src=twsrc%5Etfw">October 6, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
"As declarações de Milei não fazem mais do que reforçar esse quadro de parcialidade exposto nos referidos autos. Esta declaração institucional compõe um relato de justiça subordinada ao poder político, legitimando a ideia de que os juízes atuaram já condicionados por decisões prévias do Executivo", manifestou o advogado na petição judicial.
Por sua vez, a advogada Carreras afirmou na denúncia que a confissão de Milei "expoe explicitamente a intromissão do Poder Executivo sobre o Poder Judiciário". "É uma barbaridade que na Argentina não só se perpetre a perseguição política, mas que o Presidente decida a quem prender, proscrição, acima da divisão de poderes, e as garantias de devido processo, entre outras, dos cidadãos", acrescentou.

Milei é denunciado por admitir decisão de prender Kirchner

247 - A ex-presidente da Argentina Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015) deu alguns alertas ao atual presidente ultradireitista Javier Milei, após a derrota do governo nas eleições legislativas da província de Buenos Aires. A ex-chefe da Casa Rosada fez o comentário após a aliança peronista Fuerza Patria, da qual ela é uma das principais líderes, ganhou a disputa com uma diferença de 13,5 pontos percentuais sobre o partido governista La Libertad Avanza (LLA).
“Você viu Milei? Banalizar e vandalizar ‘Nunca Mais’, que representa o período mais sombrio e trágico da história argentina, não é algo sem mérito. Rir da morte e da dor dos seus oponentes também não. Mas apontar o dedo e estigmatizar os deficientes, enquanto sua irmã recebe 3% de desconto nos medicamentos deles, é letal”, escreveu a ex-presidenta nas redes. 
“É melhor nem contar como estão os outros (aqueles que ainda têm emprego). Com dívidas de comida, aluguel, contas ou remédios e, além disso, com cartões de crédito estourados. Saí da bolha, mano... está ficando pesado. Se amanhã um raio dividisse todos nós, kirchneristas, ao meio e só restassem cinzas, você ainda estaria com pouco dinheiro e superendividado... ‘economista, especialista em crescimento, com ou sem dinheiro’”, acrescentou a peronista.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">¿Viste Milei?... Banalizar y vandalizar el “Nunca Más”, que representa el período más negro y trágico de la historia argentina, no es gratis. Reírte de la muerte y el dolor de tus oponentes, tampoco. Pero señalar con el dedo y estigmatizar a los discapacitados, mientras tu…— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) <a href="https://twitter.com/CFKArgentina/status/1964841149740261515?ref_src=twsrc%5Etfw">September 8, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
 
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🇦🇷Cristina Fernández de Kirchner sale al balcón de su residencia para saludar a los cientos de simpatizantes que se reunieron frente a su casa tras el triunfo peronista en las elecciones provinciales de Buenos Aires <a href="https://t.co/YmGD2Iq1Yz">https://t.co/YmGD2Iq1Yz</a> <a href="https://t.co/NwbzXOn1UW">pic.twitter.com/NwbzXOn1UW</a>— RT en Español (@ActualidadRT) <a href="https://twitter.com/ActualidadRT/status/1964923970760966223?ref_src=twsrc%5Etfw">September 8, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

Cristina Kirchner manda recado a Milei após eleição legislativa

247 – A ex-presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, reapareceu nesta quarta-feira (27) com fortes críticas ao governo de Javier Milei, em mensagem gravada para um encontro com trabalhadores da saúde realizado em Pilar, liderado pelo governador Axel Kicillof. As declarações foram publicadas pelo portal C5N e tiveram como alvo central o escândalo de corrupção que atingiu a Agência Nacional de Deficiência (Andis), envolvendo amigos e aliados próximos do presidente.
Cristina denunciou os áudios que revelaram práticas de cobrança de propina por Diego Spagnuolo, ex-diretor da Andis e advogado próximo de Milei. Segundo ela, o caso escancarou como a corrupção alcançou diretamente o entorno presidencial.
<blockquote>&nbsp;“Ouvimos todos os argentinos da boca do advogado e amigo pessoal de Milei, a quem ele nomeou diretor da Agência Nacional de Deficiência e depois demitiu quando estourou o escândalo. Ouvimos até o percentual que cobrava a irmã do Presidente”, afirmou.</blockquote>
Cristina ironizou o fato de que, em novembro, havia questionado por que o governo não desregulava a importação de medicamentos genéricos para baratear preços. “Se serei idiota... Olha se eles vão querer baixar o preço dos medicamentos se cobravam propinas pelos percentuais dos medicamentos faturados para pessoas com deficiência”, disparou.
A ex-presidenta também fez uma comparação com a Justiça argentina, lembrando a prisão de militantes por acusações frágeis em governos anteriores. “Eva Mieri esteve 13 dias presa em Ezeiza por ser acusada de jogar sujeira em uma calçada. O que aconteceu com a doutrina Irurzun? Agora os acusados são o Presidente, a irmã, seu advogado e os primos Menem. Todos em exercício do poder. Que Argentina, que justiça”.
<h2>Críticas à crise sanitária e à desregulação</h2>
Além do escândalo de corrupção, Cristina Kirchner voltou a denunciar os efeitos da política de ajuste e desregulação de Milei na saúde pública. Segundo ela, o desmonte dos programas sociais e a falta de medicamentos têm impacto direto na vida da população mais vulnerável.
“Foi tal a velocidade e a profundidade do deterioro que parece uma eternidade. Ajuste aos que menos têm, com impacto de cheio na saúde das grandes maiorias”, destacou. Ela apontou como principais retrocessos a retirada de medicamentos gratuitos do PAMI, a suspensão da entrega de psicofármacos e vacinas, além do desfinanciamento de hospitais de referência.
Cristina também relacionou a desregulação ao aumento das mortes por consumo de fentanil: “Ajustam e desregulam todo o setor de saúde e, em especial, a Anmat, provocando por falta de controle a morte de 96 pessoas até agora. Não tenham dúvidas: a desregulação também pode matar”.
<h2>“Não se fazem responsáveis de nada”</h2>
Em tom firme, a ex-presidenta acusou Milei e sua equipe de transferirem sempre a culpa a terceiros: “São muito caras de pau. Não se fazem responsáveis de nada. A culpa é sempre de outros, e claro, dos ‘kukas’”.
Com suas declarações, Cristina Kirchner colocou no centro do debate não apenas o impacto social do ajuste, mas sobretudo o escândalo de corrupção que atinge diretamente a estrutura do governo Milei, evidenciando uma crise política que envolve familiares e aliados próximos do presidente argentino.

Redação Brasil 247

Cristina Kirchner denuncia corrupção no governo Milei e alerta para risco da desregulação na saúde

247 - &nbsp;A campanha "Libertem Cristina" segue ganhando força na Argentina, com um grande ato público realizado na última sexta-feira na praça central do município de Lanús, na Província de Buenos Aires, em pleno aquecimento para as eleições provinciais marcadas para 7 de setembro. A informação é da Prensa Latina, que acompanhou de perto o evento e destaca a forte mobilização das forças políticas ligadas ao peronismo.
O ato foi liderado por Mayra Mendoza, prefeita de Quilmes e candidata a deputada pela Assembleia Legislativa de La Plata, que esteve ao lado do prefeito de Lanús, Julián Álvarez, e de outros candidatos a deputados provinciais pela coalizão Fuerza Patria, como Leandro Decuzzi, Emmanuel González Santalla, Facundo Tignanelli e Edgardo Depetri. Também marcaram presença Máximo Kirchner, líder do grupo La Cámpora e secretário do Partido Justicialista (PJ) na província.
Durante o encontro, Mayra Mendoza fez um apelo direto à ex-presidente Cristina Kirchner, que permanece em prisão domiciliar: "Deem a vida por estas pessoas, com muito coração e alegria", convocou a prefeita, cuja fala foi repetida com entusiasmo por todos os presentes que lotaram a praça de Lanús. Um evento semelhante ocorreu simultaneamente em Almirante Brown, também na PBA.
Máximo Kirchner ressaltou a importância da unidade do peronismo em tempos difíceis e complexos. Ele declarou: "Sim, discutimos e debatemos entre nós, mas caminhamos de mãos dadas". Kirchner também falou sobre o futuro político da Argentina e a necessidade de um presidente comprometido com o povo: "Sei que encontraremos as respostas necessárias nesta transição para 2027, para que na Casa Rosada haja novamente um homem ou uma mulher argentina que não ataque seu povo, seus médicos, seus trabalhadores, mas que, em vez disso, busque protegê-los e amá-los".
O líder político fez ainda uma crítica contundente à figura do atual presidente dos EUA, Donald Trump, ao afirmar indiretamente a importância de um governo que esteja ao lado da maioria da população: "Muitas vezes pode acontecer de nem tudo correr bem para você quando está no governo. O que não pode acontecer é ter um presidente que ataca constantemente a grande maioria do seu povo."
Por fim, Máximo Kirchner enfatizou o papel histórico da nova geração peronista: "E o que um líder peronista não pode fazer é se esconder; ele tem que estar presente, enfrentar a situação, se organizar e liderar. Seremos a geração que governará a Argentina mais cedo ou mais tarde."
A campanha "Libertem Cristina" segue como um dos temas centrais da política argentina na atual fase eleitoral, com ampla repercussão entre os setores populares e a militância peronista.

Campanha “Libertem Cristina” cresce na Argentina

247 - A campanha internacional “Libertem Cristina”, que exige o fim da pena imposta à ex-presidente da Argentina Cristina Fernández de Kirchner, avança em diversos países da América Latina. A mobilização denuncia a perseguição política e jurídica, culminando na prisão domiciliar da líder peronista e sua inabilitação política, decisão ratificada pelo Supremo Tribunal argentino, informa a Prensa Latina..
Segundo o Partido Justicialista (PJ), responsável por coordenar as ações internacionais, a iniciativa tem como objetivo não apenas denunciar a “guerra jurídica” contra Cristina, mas também articular uma agenda comum entre as forças progressistas do continente. Delegações parlamentares foram enviadas ao México, Brasil e Bolívia, onde estão sendo formados comitês e realizadas atividades públicas e institucionais em solidariedade à ex-presidenta.
A senadora argentina Lucía Corpacci lidera a delegação que chegou ao México para participar do Congresso Pan-Americano Anual de Legisladores, promovido pela Internacional Progressista, entre os dias 1 e 4 de agosto. Durante o evento, será formalizada a instalação do comitê “Cristina Libre” na Universidade Autônoma do México.
Ao lado de Corpacci estarão os deputados Leila Chaer, Tomás Ledesma, Carolina Gaillard e Itai Hagman, além do senador Oscar Parrilli e da secretária de Integração Regional da Juventude Justicialista, Soledad Magno. Também participam líderes do partido governista mexicano Morena, demonstrando o apoio institucional e político da esquerda mexicana à causa.
No Brasil, os parlamentares Franco Metaza, representante argentino no Parlamento do Mercosul, e Jorge Taiana, líder justicialista e ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, marcarão presença no Fórum de Partidos Políticos Progressistas, promovido pela Fundação Friedrich-Ebert, em Brasília. Na ocasião, será lançado o comitê “Cristina Livre” em território brasileiro.
A campanha também terá desdobramentos na Bolívia. Em Cochabamba, será realizada uma reunião no âmbito das celebrações do Bicentenário do Estado Plurinacional. A deputada argentina Magdalena Tiesso foi convidada a participar por Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, e pelo dirigente sindical Hugo Godoy. O encontro será palco do lançamento do comitê boliviano “Cristina Livre”.
Além das ações presenciais, os organizadores da campanha estão impulsionando uma frente digital. Vídeos e documentos circulam nas redes sociais explicando as conexões entre os juízes que abriram o processo contra Cristina e o ex-presidente Mauricio Macri.&nbsp;
O partido peronista sustenta que a condenação de Cristina representa uma ruptura institucional: “A proscrição política provoca a quebra do pacto democrático de 1983, negando ao povo argentino o direito de escolher livremente seus representantes”.
A mobilização internacional pretende escalar ainda mais nas próximas semanas, com novos comitês sendo organizados em outros países da América do Sul, além de iniciativas no Parlamento do Mercosul e denúncias formais em organismos internacionais.
A campanha “Libertem Cristina” insere-se em um contexto mais amplo de articulação progressista continental, que busca responder ao avanço da direita e às estratégias de judicialização contra lideranças populares na América Latina.

Campanha “Libertem Cristina” ganha força na América Latina e denuncia perseguição judicial

247 - Um tribunal argentino condenou a ex-presidenta Cristina Kirchner e outras oito pessoas condenadas por corrupção a pagarem, de forma conjunta, um valor que representa mais de R$ 3 bilhões. Foi o que apontou uma decisão judicial, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (15) pelo<a href="https://www.lanacion.com.ar/politica/la-justicia-intimo-a-cristina-kirchner-y-al-resto-de-los-condenados-del-caso-vialidad-a-que-nid15072025/"> jornal La Nacion</a>. 
Em um processo controverso e polêmico, a peronista foi condenada a seis anos de prisão e impedida de ocupar cargos públicos após acusações de administração fraudulenta em obras viárias durante seu mandato. Ela cumpre a pena em prisão domiciliar desde o mês de junho.
De acordo com uma análise feita por peritos judiciais sobre o “dano causado ao erário público”, o tribunal determinou que Kirchner e os outros condenados paguem 684,9 bilhões de pesos argentinos - cerca de R$ 3 bilhões, conforme a cotação do dia 15 de julho.
A decisão não especifica quanto cada um dos citados terá que pagar. Além da ex-presidenta, foram condenados no caso o empresário Lázaro Báez e os ex-funcionários Nelson Periotti, Juan Carlos Villafañe, Raúl Pavesi, Mauricio Collareda, José López, Raúl Daruich e José Santibáñez, todos com penas entre três anos e meio e seis anos de prisão.

Cristina Kirchner e mais oito pessoas são condenadas ao pagamento de R$ 3 bilhões na Argentina

247 - A ex -presidente argentina Cristina Fernández , por ocasião do Dia da Independência da Argentina, disse que o que o país vive hoje não é um simples ajuste, mas um verdadeiro problema estrutural. Ela fez duras críticas ao modelo econômico implementado por Javier Milei e alertou para o risco real de o país perder sua soberania. A fala da ex-presidenta foi repercutida amplamente pela rede Telesur, que transmitiu o ato político e social em defesa da independência argentina.
“Não vivemos uma simples crise, nem um mero ajuste. O que está ocorrendo na Argentina é um problema estrutural profundo”, declarou Cristina. A líder peronista afirmou que desde 1956, quando o presidente Juan Domingo Perón foi deposto e o país foi atrelado ao Fundo Monetário Internacional, os argentinos não enfrentavam tamanho nível de submissão. “Desde então, nunca mais havíamos atingido esse grau de dependência”, pontuou.
Com forte apelo popular e político, Cristina advertiu que, sob Milei, o país caminha para se transformar em uma colônia financeira. “A pergunta inevitável que temos que nos fazer, como argentinos, é: somos verdadeiramente livres ou independentes? Ou estamos mais uma vez implementando políticas ditadas de fora, aceitando acriticamente condições do FMI ou de outros países tão prejudiciais ao nosso povo?”
A ex-presidenta destacou ainda que a conta da submissão virá mais pesada nos próximos anos: “Nem um único peso de capital foi pago ao Fundo até agora. A partir de 2027, a Argentina tem um muro intransponível de vencimentos, que exigirá pagamentos em dinheiro vivo. Se nós, sinceramente, não pensarmos como resolver essa questão, estamos em apuros, estamos em apuros”, alertou, conclamando todas as correntes políticas a enfrentarem o drama da dívida pública.
Segundo Cristina, Milei opera um projeto para destruir a classe média argentina e consolidar um país para apenas 30% da população: “Enquanto isso, o resto está condenado a viver sem mobilidade social, sem dignidade, sem futuro”. Ela denunciou que 90% da população está endividada, e que 12% das famílias possuem mais de três dívidas acumuladas. O dado mais alarmante, segundo ela, é que “de cada quatro dívidas, três surgiram em 2024, o primeiro ano do governo de um economista especialista em crescimento, com ou sem dinheiro”.
As dívidas familiares abrangem desde cartões de crédito até alimentos, remédios e serviços essenciais, como luz e gás. “Este é o modelo de Milei: dívida pública, dívida das famílias e dívida privada. As empresas também já começam a fechar ou a suspender atividades. Voltamos a sentir o medo dos anos 1990: medo de perder o emprego, de não poder mais alimentar os filhos, de aceitar qualquer condição imposta pelo empregador, mesmo sem uma reforma legal”, denunciou.
Cristina Fernández não poupou críticas à desumanização promovida pelo atual governo e fez um apelo à reflexão coletiva: “Em sociedades fragmentadas, desiguais, empobrecidas e resignadas, não há independência. Isso é liberdade? Este nunca foi o projeto da Argentina”, afirmou.
Em mensagem clara aos movimentos populares, sindicalistas, jovens e famílias que foram às ruas celebrar a data histórica, a ex-presidenta afirmou: “Pensemos na Argentina que queremos em 2027, 2031 e 2035. Como chegaremos lá sem deixar ninguém para trás?”
<h3>Defesa e resistência</h3>
As palavras de Cristina surgem em um momento em que o governo de Javier Milei enfrenta forte desgaste político, com queda de popularidade, crescimento da pobreza, retração econômica e denúncias de desmonte do Estado. Ainda assim, setores da elite midiática e do mercado financeiro atacam a ex-presidenta, acusando-a de "populismo", "clientelismo" e "herança maldita".
No entanto, esses ataques ignoram o histórico de conquistas sociais de seus governos (2007–2015), quando a Argentina cresceu, reduziu a pobreza, ampliou direitos e se libertou do FMI por mais de uma década.
Seus algozes preferem esquecer que, sob sua liderança, o país promoveu a reindustrialização, elevou salários, fortaleceu a educação e impulsionou o consumo interno como motor de crescimento. Tentam agora apagar essa trajetória para justificar a brutalidade das políticas de Milei, que trata a economia como uma planilha e ignora as necessidades humanas mais básicas.
Criticar Cristina tornou-se um recurso da oligarquia e da mídia concentrada para blindar um governo que opera a destruição nacional. Mas as ruas falam mais alto. Neste 9 de julho, a voz de Cristina ecoou a de milhares de argentinos que não se resignam à fome, à exclusão e à servidão financeira.
Porque, como lembrou a própria ex-presidenta, “é tempo de reconstruir a independência. E para isso, precisamos de um projeto de país para todos, e não apenas para os 30% mais ricos”.

Tudo sobre cristina-kirchner