247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser questionado por correspondentes internacionais sobre a possibilidade de buscar a reeleição e um quarto mandato em 2026, declarou que "o futuro a Deus pertence". Durante a coletiva, Lula ressaltou que está focado em cumprir suas promessas e que se sente realizado com as conquistas até agora.
Lula refletiu sobre as expectativas geradas desde o início de seu mandato e o tempo necessário para que os resultados das políticas públicas comecem a aparecer. "Lá para o meio de janeiro, fevereiro, quando eu fazia a pesquisa, e: 'o Lula está caindo, o Lula está caindo'. Eu falava: 'Pimenta, pelo amor de Deus, o povo está certo, Pimenta. O povo está correto, eu não entreguei nada ainda'. Eu fui eleito gerando uma expectativa muito grande. Eu já estou há um ano e dois meses e não entreguei nada. Eu já fiz quase 89 lançamentos de políticas públicas dentro do Palácio, mas até você lançar a política pública e ela chegar, é como a água do chuveiro, que você liga e ela vem gelada primeiro, você fica esperando para ela esquentar", afirmou o presidente.
Ele comparou o processo econômico a uma plantação que precisa de tempo para germinar e ser colhida. "A economia é a mesma coisa. Na hora que você planta, leva um tempo para germinar e você começar a colher. Então, agora nós estamos em uma fase de uma colheita. O que eu prometi? Eu prometi entregar 3 milhões e 600 mil crianças em escola de tempo integral. Eu prometi fazer 100 novos institutos técnicos. Nós criamos um programa Pé-de-Meia para assegurar que os meninos do ensino médio não desistam da educação por conta do orçamento familiar", destacou Lula.
O presidente também enfatizou o programa de poupança que assegura R$ 9 mil em três anos para estudantes do ensino médio, parcelas de R$ 200 durante dez meses, além de um pacto com governos estaduais e municipais para alfabetizar crianças na idade certa. "Até o segundo ano do ensino fundamental, as crianças estarão alfabetizadas nesse país. Porque se você não conseguir alfabetizar até essa idade, depois vai ser um retrocesso muito grande ao longo da vida toda", explicou.
Lula compartilhou sua visão otimista para o futuro do Brasil. "Então eu estou ciente que nós vamos entregar um Brasil mais produtivo, um Brasil mais feliz, um Brasil com mais gente consumindo, com mais gente tendo carro, com mais gente viajando, com mais gente sorrindo, com mais gente falando de amor e com menos gente falando de ódio, e com menos fake news", afirmou, acrescentando que o país será entregue ao povo brasileiro.
Sobre seu futuro político, Lula demonstrou serenidade e confiança. "Aí o futuro a Deus pertence. Quando chegar a hora do futuro, você fala: 'Deus, o que faço agora?'. Mas eu estou... Eu só queria que vocês compreendessem o seguinte, eu vivo... Eu tenho dito, inclusive, em alguns discursos que eu tenho feito, é que eu vivo o momento mais importante da minha vida."
Finalizando suas declarações, Lula falou sobre sua tranquilidade e consciência sobre o trabalho realizado. "Eu estou bem comigo mesmo, mas muito bem. Eu estou com muita consciência do que vai acontecer nesse país. Estou com muita consciência do que nós plantamos e, portanto, eu tenho certeza do que nós vamos colher. E eu passo para o povo todo santo dia nos comícios que eu faço. Eu hoje me sinto um cidadão pleno. Estou com a cabeça no lugar. Não há notícia que me tire do sério, não há fofoca que me deixe ficar raivoso. Não é nada, não é nada mesmo. Deu na coluna tal, deu... Para mim não importa."
Lula concluiu destacando sua causa e tranquilidade na missão de cuidar do povo brasileiro. "O que importa é você estar consciente da trajetória que você está traçando. E como eu tenho uma causa... Quando o ser humano constrói uma causa para ele viver, ele vive tranquilo. E eu estou tranquilo que a minha causa é cuidar do povo brasileiro."

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Poder

"O futuro a Deus pertence", diz Lula, ao ser questionado sobre sua reeleição

<a href="https://operamundi.uol.com.br/eleicoes-2024-nos-eua/democratas-batem-recorde-de-arrecadacao-apos-biden-desistir-da-reeleicao/">Opera Mundi</a> - Após a desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, da corrida eleitoral, o Partido Democrata bateu recorde de arrecadação no último domingo (21/07). De acordo com a ActBlue, plataforma de arrecadação de fundos da legenda, as doações dispararam e a campanha recebeu US$ 46,7 milhões (cerca de R$ 259 milhões) até às 20h (horário de Brasília), com transferências de pequenos valores.
Até o momento, a campanha de Biden havia somado cerca de US$ 96 milhões (próximo de R$ 534 milhões) em caixa.
Em uma publicação nas redes sociais, a ActBlue anunciou que “este foi o maior dia de captação de recursos do ciclo de 2024”.
Por fim, a plataforma destacou que os doadores, que contribuíram com os valores após Biden desistir da corrida à Casa Branca e endossar a candidatura de sua vice, Kamala Harris, “estão entusiasmados e prontos para enfrentar esta eleição”.
Biden desiste de reeleição
Biden anunciou no domingo que estava retirando sua candidatura à reeleição para um segundo mandato nos Estados Unidos. Em carta divulgada pela plataforma X, o democrata afirmou que tomou a decisão em nome do “interesse do partido e do país”.
A desistência do mandatário na disputa eleitoral ocorre menos de quatro meses antes dos norte-americanos irem às urnas nas eleições previstas para novembro.
A candidatura de Biden foi alvo de questionamentos principalmente após seu mau desempenho no debate presidencial realizado no fim de junho contra seu adversário republicano Donald Trump. O mandatário, de 81 anos, demonstrou estar confuso e até com dificuldades para falar – performance que ele atribuiu ao excesso de viagens.
Com a desistência, Biden indicou a vice Harris “para derrotar Trump”. O anúncio também foi feito em rede social.
“Meus colegas democratas, decidi não aceitar a indicação e concentrar todas as minhas energias nas minhas funções como presidente durante o resto do meu mandato. Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso”, afirmou Biden.
Harris pede união ‘para derrotar Trump’
Com o apoio de Biden, Harris disse que estava “honrada” com a possibilidade de representar os Democratas na eleição de novembro e garantiu que fará o possível para derrotar o republicano.
“Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir a nossa nação – para derrotar Donald Trump e a sua agenda extremista do Projeto 2025”, declarou a vice-presidente em comunicado, pedindo também doações de recursos à campanha.
Ex-senadora pela Califórnia, Harris chegou a anunciar sua pré-candidatura à Casa Branca em 2019, mas, em dezembro daquele ano, desistiu da disputa antes mesmo do início das primárias e declarou apoio a Biden, que a escolheria como vice.
(*) Com Ansa 
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