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PGR analisa representação contra Hugo Motta

Documento cita violência política, abuso de autoridade e cerceamento à imprensa durante tumulto na Câmara

Hugo Motta (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

247 - Parlamentares da base governista protocolaram uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, após o tumulto registrado na sessão da última terça-feira (9). As informações são da CNN Brasil.

No documento entregue à PGR, os autores apontam possíveis crimes de lesão corporal, violência política de gênero e abuso de autoridade. As acusações estão relacionadas à retirada forçada do deputado Glauber Braga da cadeira da presidência da Casa, ação conduzida pela polícia legislativa e atribuída, segundo a representação, a uma ordem direta de Hugo Motta — algo que o presidente da Câmara nega.

Durante a confusão, profissionais de imprensa relataram agressões e expulsão do plenário. Além disso, a transmissão da TV Câmara foi interrompida, privando o público do acompanhamento integral do que ocorria no plenário. As únicas imagens disponíveis foram registradas por parlamentares presentes no momento, já que jornalistas foram impedidos de seguir trabalhando.

A reação imediata incluiu a marcação de uma reunião entre Hugo Motta e representantes do comitê de imprensa da Câmara para tratar das agressões e da interrupção da cobertura jornalística. O encontro, no entanto, foi cancelado sem explicações, aumentando o desgaste político do presidente da Casa em meio às críticas de entidades e parlamentares.

Assinada por deputados do PSOL, PT e PDT, a representação também ressalta o que considera cerceamento à liberdade de imprensa, destacando que a expulsão de jornalistas e a suspensão da transmissão oficial ocorreram em um momento decisivo da sessão legislativa.

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