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“Se Alcolumbre quer nomear ministro do STF, precisa antes se eleger presidente da República”, diz Gustavo Conde

Comentarista afirma que decisão de Lula de indicar Jorge Messias ao STF frustrou Alcolumbre e expôs tentativa do senador de tutelar o Executivo

“Se Alcolumbre quer nomear ministro do STF, precisa antes se eleger presidente da República”, diz Gustavo Conde (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert)

247 – A decisão do presidente Lula de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) desencadeou uma disputa aberta no Senado e expôs a irritação do presidente da Casa, Davi Alcolumbre. A análise foi feita durante a Live do Conde, na TV 247, em que o comentarista destacou que o senador tentou impor sua própria preferência — o nome do senador Rodrigo Pacheco — e acabou confrontado pela prerrogativa constitucional do chefe do Executivo.

Gustavo Conde afirmou que Alcolumbre esperava influenciar diretamente a escolha do novo ministro do Supremo, mas encontrou em Lula uma postura firme e segura. Segundo o analista, o presidente tomou a decisão amparado em critérios técnicos e políticos, sem ceder a pressões internas nem a articulações do grupo do Senado que tenta ampliar seu poder institucional.

Durante a Live do Conde, ele resumiu o impasse de forma contundente: “Se Alcolumbre quer nomear ministro do STF, precisa antes se eleger presidente da República.” Para Gustavo Conde, a frase expõe a tentativa do senador de extrapolar suas funções e interferir em um ato exclusivo do presidente da República.

O comentarista lembrou que Lula não comunicou previamente sua decisão a Alcolumbre, o que teria intensificado a frustração do senador. Em reação, o presidente do Senado pautou um projeto com forte impacto fiscal — identificado por parlamentares como uma “pauta-bomba” — interpretado como uma retaliação política às escolhas do Executivo.

Segundo a análise apresentada na Live do Conde, a irritação de Alcolumbre reflete uma disputa mais ampla entre setores do Congresso que buscam influenciar nomeações estratégicas e um governo que, no terceiro ano de mandato, demonstra menor disposição para ceder a pressões corporativas e chantagens políticas.

Conde ressaltou ainda que Jorge Messias é um quadro técnico respeitado, de trajetória sólida na Advocacia-Geral da União, e que sua indicação reforça o compromisso do governo com uma composição equilibrada e constitucional no Supremo Tribunal Federal.

A análise conclui que Lula, ao reafirmar sua autoridade e a independência do Executivo, envia um recado claro ao Senado: a prerrogativa de indicar ministros do STF continuará sendo exercida exclusivamente pelo presidente da República, conforme determina a Constituição.

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