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Irã denuncia ações agressivas dos EUA contra a América Latina

Líder supremo iraniano defende resistência soberana dos povos e afirma que Washington busca expandir influência territorial e controlar petróleo

Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, discursa em evento para estudantes em Teerã, Irã - 03/11/2025 (Foto: Escritório do Líder Supremo do Irã)

247 - O Líder Supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que os Estados Unidos exercem pressão sistemática sobre países da América Latina com o objetivo de ampliar sua influência territorial e se apropriar de recursos estratégicos, especialmente o petróleo. Em discurso público, ele alertou que essa ofensiva faz parte de uma corrida imperialista para preservar a hegemonia global de Washington e compromete a soberania política e econômica das nações da região.

Segundo a Telesur, Khamenei considera que a estratégia norte-americana combina coerção política, pressão econômica e interesses ligados às riquezas naturais latino-americanas.

Durante sua fala, o líder iraniano foi direto ao apontar os objetivos da atuação de Washington. “O objetivo dessa pressão pode ser a expansão territorial”, afirmou, acrescentando que há interesses claros em “recursos subterrâneos”, numa referência explícita à tentativa de controle sobre a riqueza petrolífera da região.

Khamenei destacou que a resposta a esse tipo de ofensiva deve ser a mobilização interna das sociedades. Para ele, a “resistência nacional” é o principal instrumento para neutralizar influências externas que buscam forçar países a abrir mão de sua soberania. Nesse contexto, o conceito de resistência envolve enfrentar qualquer pressão que imponha rendição política ou econômica.

Ao se dirigir especificamente aos países latino-americanos, o aiatolá exortou governos e povos a se manterem firmes diante de exigências externas que, segundo ele, têm como objetivo enfraquecer a independência regional. Sua avaliação é de que o imperialismo norte-americano procura impor, pela força, a visão do ocupante da Casa Branca, desconsiderando a autodeterminação dos povos.

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