247 – A China entregou nesta quinta-feira (23) seu primeiro navio RoPax de grande porte movido a combustível duplo e totalmente desenvolvido no país, construído pela Guangzhou Shipyard International, em Nansha, na província de Guangzhou, no sul do país. A informação foi divulgada pelo China Media Group (CMG) e reproduzida pelo jornal Global Times.
De acordo com a estatal China State Shipbuilding Corporation (CSSC), responsável pelo projeto, a embarcação é a primeira do tipo desenvolvida integralmente na China e voltada à exportação. O navio pode operar tanto com óleo combustível quanto com gás natural liquefeito (GNL), considerado uma alternativa mais limpa. O estaleiro detém todos os direitos de propriedade intelectual sobre a tecnologia empregada.
O navio, com 12 conveses, conta com restaurante tipo bufê, café e um salão de observação. São 485 cabines e capacidade para 1.800 passageiros e mais de 550 automóveis. Projetado para o transporte marítimo de curta distância entre ilhas ou cidades costeiras, é classificado como uma embarcação de alta tecnologia e alto valor agregado.
<h2>Interior nacionalizado e eficiência energética</h2>
Um representante da Guangzhou Shipyard, subsidiária da CSSC, afirmou que o sistema de propulsão a GNL do navio pode armazenar cerca de 1.000 metros cúbicos do combustível, o que garante autonomia para cerca de cinco dias de navegação. Todo o interior do navio foi produzido com materiais de origem doméstica, evidenciando a capacidade de nacionalização completa do projeto.
Após a entrega, a embarcação entrará em operação na rota entre Gênova e Palermo, na Itália.
<h2>“Transição verde é tendência inevitável”, afirma especialista</h2>
Para Bian Yongzu, vice-editor executivo da revista Modernization of Management, o setor marítimo vive um momento crucial de transformação energética. “Como um dos principais modos de transporte de cargas do mundo, a navegação está avançando em direção a energias mais limpas — uma tendência essencial para o futuro, que ajudará a reduzir emissões, cortar custos de longo prazo e impulsionar a inovação tecnológica”, afirmou Bian ao Global Times.
Ele destacou ainda o papel central da China nesse processo: “Como maior nação construtora de navios do mundo, a China tem papel decisivo na transição verde global. O país responde hoje por quase 60% da construção naval mundial. Seu avanço em embarcações movidas a energia limpa terá impacto profundo na indústria e acelerará a mudança rumo à sustentabilidade.”
Bian explicou que os avanços chineses nesse campo decorrem de uma base industrial sólida e de forte capacidade tecnológica. “Progresso como o da completa nacionalização e integração de energia limpa em um navio RoPax de combustível duplo só é possível graças ao sistema industrial maduro e ao acúmulo tecnológico da China”, ressaltou.
<h2>China mantém liderança global na indústria naval</h2>
Segundo dados do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT), a China manteve a liderança global na construção naval nos três principais indicadores — produção, novos pedidos e carteira de encomendas — durante os três primeiros trimestres de 2025.
Entre janeiro e setembro, a produção atingiu 38,53 milhões de toneladas de porte bruto (DWT), um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os novos pedidos somaram 66,6 milhões de DWT, uma queda de 23,5%, enquanto a carteira de encomendas alcançou 242,24 milhões de DWT, um aumento de 25,3% em comparação a 2024.
Com a entrega do navio RoPax de combustível duplo, a China reforça sua posição de liderança na construção naval e demonstra seu compromisso com a inovação tecnológica e a sustentabilidade no setor marítimo.

Redação Brasil 247

Navio chinês de grande porte movido a energia limpa

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Global Times

China entrega seu primeiro navio de grande porte movido a energia limpa e com interior totalmente nacionalizado

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Maragogipe, na Bahia, nesta quinta-feira (9), para anunciar uma série de investimentos estratégicos voltados para a revitalização da indústria naval brasileira. O evento marcou o retorno das atividades do Estaleiro Enseada e apresentou projetos bilionários, com destaque para a contratação de novas embarcações pela Petrobras para o controle de vazamentos em alto-mar. Além disso, foi celebrado o investimento de R$ 611,7 milhões do governo federal para a construção de balsas, que promete impulsionar a geração de empregos no estado.
O anúncio faz parte de um esforço para resgatar o setor naval brasileiro, que tem enfrentado desafios nos últimos anos. Durante a cerimônia, Lula destacou a importância da Petrobras não apenas como uma gigante do petróleo, mas também como uma empresa de energia estratégica para o desenvolvimento do país. “É a segunda vez que eu volto à Presidência para dizer que é preciso retomar a indústria naval brasileira”, afirmou o presidente. "Esse país é muito poderoso. Esse país tem um povo extraordinário e o que a gente tem que fazer é tentar extrair do povo aquilo que ele tem de bom", completou Lula, ressaltando os impactos positivos das iniciativas anunciadas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), enfatizou o papel da Lei da Depreciação Acelerada, que reduziu o tempo para que as empresas possam abater os custos de construção de navios de 20 para apenas dois anos. “O incentivo destravou o potencial de emprego de 44 mil vagas e R$ 23 bilhões em investimentos na renovação da frota naval”, explicou o ministro. A medida também inclui exigências de contratações de serviços e produtos de empresas nacionais, o que fortalece a economia local.
Outro ponto importante do evento foi o anúncio da Petrobras sobre o afretamento de seis novas embarcações ORSV (Oil Spill Response Vessel), projetadas para atividades de controle de vazamentos em alto-mar. A previsão é que as embarcações sejam construídas em um prazo de quatro anos e operem por 12 anos, reforçando a segurança e sustentabilidade no setor marítimo.
A cerimônia também marcou a retomada das atividades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) na Bahia, com previsão de reabertura até o final de 2025. Este retorno é considerado essencial para a estratégia do agronegócio brasileiro, já que permitirá a produção de fertilizantes nitrogenados que, atualmente, são importados. “Com a ANSA e as duas Fafens produzindo a plena carga, nós vamos ser capazes de fornecer 20% de todo o fertilizante nitrogenado que o Brasil consome e que hoje é importado", detalhou Magda Chambriard, presidente da Petrobras.
O Ministério de Portos e Aeroportos também anunciou o investimento de R$ 611,7 milhões na construção de balsas, com recursos provenientes do Fundo da Marinha Mercante (FMM). Este investimento tem o potencial de criar mais de 2 mil empregos diretos e impulsionar a infraestrutura naval do país. “O presidente Lula colocou o Brasil para voltar a gerar emprego e renda. E hoje estamos vendo investimentos em mais de R$ 4 bilhões na Bahia”, comentou o ministro Silvio Costa Filho.
Além disso, foram assinados protocolos de intenções para avaliar a viabilidade do uso do Canteiro de São Roque do Paraguaçu para o desmantelamento sustentável de plataformas de petróleo e gás, bem como a construção da ponte Salvador-Itaparica. A cerimônia também incluiu anúncios de investimentos da Caixa Econômica Federal em projetos de infraestrutura e educação no estado, com destaque para o sistema metroviário de Salvador e obras em escolas e creches.
Em sua fala, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), agradeceu ao governo federal pelos investimentos e destacou a importância da retomada das atividades no estaleiro para a economia local. "O senhor, presidente, está trazendo a retomada do estaleiro, mas não está abrindo mão de fortalecer nossas universidades e institutos federais", afirmou Rodrigues.

Guilherme Levorato

Lula durante cerimônia de anúncios para o Estado da Bahia. Estaleiro Enseada, Maragogipe - BA

Indústria

Lula anuncia investimentos bilionários para revitalização da indústria naval na Bahia

Pedro Rafael Vilela – Agência Brasil - A retomada de investimentos da Petrobras na indústria naval na Bahia prevê a construção de seis embarcações de apoio marítimo offshore nos próximos anos, que serão fabricadas no estaleiro Enseada, em Maragogipe, município do Recôncavo Baiano, a cerca de 130 quilômetros de Salvador.
Os detalhes foram anunciados nesta quinta-feira (9), em evento na região que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador Jerônimo Rodrigues, da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, além de ministros e centenas de trabalhadores do estaleiro.
"Estou aqui para recuperar a indústria naval brasileira, mas os caras que deixaram um estaleiro dessa magnitude parado deveriam ser presos por causarem prejuízos à população brasileira", afirmou Lula durante o anúncio do investimento bilionária para retomar o projeto.
Pela manhã, em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, Lula participou da inauguração da nova fábrica de veículos elétricos e híbridos da chinesa BYD, na antiga fábrica da Ford, fechada em 2021.
As seis embarcações são do tipo ORSV (Oil Spill Response Vessel, em inglês), especializadas em atividades de controle de vazamentos em alto-mar, e serão construídas pela empresa navegação CMM Offshore Brasil, para depois serem repassadas para uso da Petrobras.
O investimento total é estimado em R$ 2,58 bilhões, com previsão de quatro anos para construção e 12 anos de operação para cada contrato. Apenas nessa construção, mais de 5,4 mil empregos, entre diretos e indiretos, serão gerados. Os contratos também exigem 40% de conteúdo local nos componentes usados na fabricação dos barcos.
"Só para lembrar vocês, nós ficamos 8 anos sem que a Petrobras fizesse uma única demanda à indústria naval brasileira. O que nós estamos retomando, portanto, não tem preço", destacou Magda Chambriard.
Segundo a presidente da Petrobras, a companhia já avançou na contratação de 44 de 48 embarcações planejadas para fabricação no Brasil, em diferentes estaleiros do país. Os barcos, segundo ela, têm porte médio a grande, acima de 1 mil metros quadrados de área livre. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), a renovação da frota naval no Brasil deve gerar 44 mil empregos e R$ 23 bilhões em investimentos.
De acordo com a estatal, as embarcações que serão construídas na Bahia serão equipadas com um sistema de propulsão híbrida, que combina motores elétricos e baterias com geradores movidos a diesel e biodiesel, além da possibilidade de conversão futura para etanol, capazes de reduzir em até 25% de emissões de dióxido de carbônico (CO2), o principal gás causador do efeito estufa.
Durante o evento, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou investimento de R$ 611,7 milhões para a construção de 80 embarcações destinadas à expansão das atividades no setor naval e aquaviário. Desse total, R$ 550,5 milhões serão recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
O financiamento, de acordo com a pasta, tem potencial de gerar mais de 2 mil empregos diretos. Até o momento, foram construídas quatro embarcações e outras três estão em fabricação.
O Fundo da Marinha Mercante, mantido pelo governo federal, financia a renovação da frota e a reparação de embarcações.
"Aqui, no Estaleiro Enseada, renascem quase 7 mil empregos diretos de qualidade. Salários dignos para melhorar a vida das famílias. Mais de 90% dos postos de trabalho estão sendo ocupados por gente daqui, do Recôncavo Baiano. Mão de obra local, benefício local", celebrou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Fábrica de fertilizantes
A Petrobras também anunciou a retomada e operação das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia e de Sergipe (Fafen-BA e Fafen-SE), cujas atividades devem começar em janeiro. As plantas vão produzir amônia, ureia perolada e ARLA-32, utilizando contrato que ainda inclui a operação dos Terminais Marítimos de Amônia e Ureia no Porto de Aratu, em Candeias, na Bahia.
Na Fafen Bahia, o investimento previsto para a retomada da unidade é R$ 38 milhões e a estimativa é de que sejam gerados 750 empregos diretos. Os mesmos valores de investimento e empregos estão previstos para a planta sergipana.
As duas fábricas, juntamente com a Araucária Nitrogenados S.A (ANSA), outra fábrica nacional de fertilizantes da Petrobras, instalada no Paraná, responderão por 20% de toda a produção de fertilizantes consumida pelo setor agrícola brasileiro. Uma nova fábrica em construção no Mato Grosso deve elevar a produção nacional para 35% de toda a demanda nos próximos anos, assegurou a presidente da Petrobras.&nbsp;
Ainda na Bahia, o governo estadual e a Petrobras assinaram um protocolo de intenções para que a estatal possa utilizar o canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu (BA) para o acostamento de plataformas de petróleo. No local, essas plataformas serão descomissionadas parcialmente e, no futuro, poderão ser reconstruídas no mesmo local, gerando novos empregos.
O protocolo também prevê a disponibilização de parte do canteiro para que estado da Bahia utilize a área como apoio à construção da Ponte Salvador-Itaparica.

Luis Mauro Filho

Negócios

Petrobras anuncia R$ 2,6 bilhões para indústria naval na Bahia

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (9) do evento que marcou a retomada das atividades do Estaleiro Enseada, em Maragogipe (BA), e o anúncio de investimento de R$ 2,97 bilhões da Petrobras para a construção de seis navios de segurança ambiental. O empreendimento simboliza o renascimento da indústria naval brasileira, após anos de paralisação e sucateamento.
<blockquote> “É preciso retomar a indústria naval. A Petrobras é uma empresa de energia — tentaram acabar com ela, mas estou convencido de que ela ainda não deu tudo que pode dar ao povo brasileiro”, afirmou Lula em discurso.</blockquote>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Esperança. Reparação. Trabalho. Palavras que simbolizam este encontro com os trabalhadores e trabalhadoras do Estaleiro Enseada, em Maragogipe, que tinha sido desativado, e agora está sendo retomado. Homens e mulheres que estão voltando a sonhar, trabalhar, e contribuir para o… <a href="https://t.co/CuloiOQPkB">pic.twitter.com/CuloiOQPkB</a>— Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1976417048042615115?ref_src=twsrc%5Etfw">October 9, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<h2>Nova fase da Petrobras e geração de empregos</h2>
O investimento será aplicado na construção de seis embarcações do tipo OSRV (Oil Spill Response Vessel), usadas em operações de controle de vazamentos em alto-mar. Os navios terão tecnologia híbrida e reduzirão em até 25% as emissões de CO₂.
Segundo a Petrobras, o projeto deverá gerar 6.795 empregos diretos e milhares de indiretos, com prioridade para trabalhadores do Recôncavo Baiano — mais de 90% das vagas estão sendo preenchidas por profissionais locais, em parceria com o SineBahia.
O estaleiro, instalado às margens do Rio Paraguaçu, é o único de quinta geração do país, reunindo estruturas industriais de alta automação e tecnologia avançada para construção e integração de embarcações de grande porte.
Durante o evento, Lula fez referência ao período em que o setor naval foi desmobilizado e destacou a necessidade de valorizar os trabalhadores e reconstruir o parque industrial nacional.
<blockquote> “Se descobre em alguma empresa quem fez um malfeito, se pune a pessoa, não a empresa. Mas queriam destruir vocês também, trabalhadores”, afirmou o presidente.</blockquote>
"Os caras que deixaram esse estaleiro parado deveriam ser presos, estão quase que nem o Netanyahu em Gaza, só querem matar gente, isso é matar gente", complementou. 
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-conversation="none">Passo a passo, estamos reconstruindo a indústria nacional. O Estaleiro Enseada volta à ativa, com a construção de seis embarcações, e a Petrobras retoma a produção nacional de fertilizantes com a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), paralisada desde 2019.… <a href="https://t.co/pkDUW3r6bC">pic.twitter.com/pkDUW3r6bC</a>— Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1976417052287287802?ref_src=twsrc%5Etfw">October 9, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<h2>Silveira: “Investir neste estaleiro é investir em orgulho nacional”</h2>
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que o renascimento da indústria naval é fruto da política de conteúdo local e de instrumentos como a Lei da Depreciação Acelerada, que reduziu de 20 para 2 anos o prazo de abatimento fiscal para embarcações construídas no país.
<blockquote> “O presidente Lula retomou a indústria naval brasileira e recuperou a infraestrutura que o entreguismo irresponsável havia sucateado no passado recente. Investir neste estaleiro é investir em sustentabilidade, em empregos de qualidade e em orgulho nacional. Daqui sairão navios modernos, preparados para proteger nosso mar e gerar oportunidades para o povo baiano”, disse Silveira.</blockquote>
O ministro também destacou o programa Gás do Povo, que garante subsídio ao botijão para famílias de baixa renda. Lula acrescentou que o governo planeja expandir a política social energética:
<blockquote> “As pessoas mais pobres vão receber gás gratuitamente em casa. O gás sai da Petrobras a R$ 37 e chega na casa das pessoas a R$ 150. A gente não pode dar para todo mundo, mas vai dar para quem mais precisa. E quem consome até 80 kW por mês não vai pagar mais energia”, afirmou o presidente.</blockquote>
<h2>Críticas a privilégios e menção a Trump</h2>
Em outro trecho do discurso, Lula voltou a defender uma economia mais justa e criticou a concentração de privilégios no país.
<blockquote> “É preciso acabar com os privilégios nesse país para garantir que todos tenham direitos”, afirmou, ao comentar as distorções tributárias e a resistência de setores financeiros e fintechs às medidas de redistribuição.</blockquote>
O presidente também fez uma menção bem-humorada à sua recente reunião com Donald Trump, afirmando que não se intimidou com o ex-presidente dos Estados Unidos:
<blockquote> “Quando Trump resolveu gritar contra o Brasil, os vira-latas pediram para eu baixar a cabeça, mas não baixei. Ele disse que pintou uma química entre nós — e pintou mesmo”, brincou Lula.</blockquote>
<h2>Nova era para o setor naval</h2>
A presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou que o investimento faz parte de uma estratégia nacional de reindustrialização e transição energética, em sintonia com o programa Nova Indústria Brasil.
Além de Lula e Silveira, participaram do evento os ministros Rui Costa (Casa Civil), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Margareth Menezes (Cultura) e Sidônio Palmeira (Secom), além de parlamentares, prefeitos e centenas de trabalhadores do estaleiro, que celebraram a volta das operações e o retorno dos empregos à região.

Guilherme Paladino

Brasil Soberano

Lula celebra retomada da indústria naval: "Petrobras ainda não deu tudo que pode ao povo brasileiro"

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, segundo informações divulgadas pela instituição, a liberação de R$ 239,3 milhões em dois financiamentos para o Grupo Edison Chouest Offshore, que atua no setor naval com estaleiros e terminais portuários no Brasil. Os recursos, segundoa coluna <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/capital/post/2025/08/bndes-libera-r-240-milhoes-para-industria-naval-e-conclusao-de-obra-no-porto-do-acu.ghtml">Capital</a>, do jornal O Globo, serão repassados por meio do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
O maior aporte, no valor de R$ 186,1 milhões, foi destinado à Bram Offshore, subsidiária do conglomerado americano, para custear 90% das despesas com reparos e conversões de 15 embarcações. Entre elas, está um navio afretado pela Petrobras que passará a contar com propulsão híbrida, a partir da instalação de baterias a bordo, visando à redução do consumo de combustíveis fósseis. Os serviços serão realizados no estaleiro da Navship, em Navegantes (SC), também pertencente ao grupo, e devem envolver 413 profissionais.
Outro financiamento, de R$ 53,2 milhões, será usado para finalizar um empreendimento no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), cuja construção foi aprovada em 2017, mas teve interrupções durante a pandemia. O BNDES já havia repassado R$ 183,3 milhões ao projeto, orçado em R$ 322,3 milhões, que, de acordo com o banco, gerou 322 novos postos de trabalho.
A expectativa da instituição é que a unidade de São João da Barra atenda à demanda de manutenção de contratos recentemente firmados pela Petrobras com o conglomerado, incluindo a construção de dez novas embarcações em Navegantes. Neste ano, o BNDES já aprovou R$ 6 bilhões em crédito via FMM.
“O BNDES atende à determinação do governo do presidente Lula de retomar o apoio à indústria naval no Brasil, um país em que mais de 95% do comércio exterior se dá por via marítima. Os investimentos contribuem para impulsionar um setor fundamental para a economia nacional e que gera muitos empregos”, afirmou, em nota, o presidente do banco, Aloizio Mercadante.

Paulo Emilio

Economia

BNDES aprova R$ 240 milhões para setor de construção naval e realização de obras no Porto do Açu

247 - A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU) assinaram nesta quarta-feira (30) um acordo de leniência no valor de R$ 728,3 milhões com as empresas Seatrium Limited, Jurong Shipyard e Jurong Aracruz.
A Operação Lava Jato havia acusado o estaleiro Jurong de corrupção no Brasil. A empresa foi uma das contratadas para construir as sondas de perfuração de petróleo da Sete Brasil. A Seatrium é uma empresa baseada em Singapura, resultado da fusão de duas gigantes do setor naval, a Sembcorp Marine e a Keppel Offshore. Controla a Jurong Shipyard e três estaleiros no país: o Jurong Aracruz (ES), o Brasfels (RJ) e o Seatrium Singmarine (SC).
Desde 2017, CGU e AGU assinaram 34 acordos com empresas investigadas por atos lesivos previstos na Lei Anticorrupção, na Lei de Licitações e na Lei de Improbidade Administrativa. Os valores ultrapassam R$ 20 bilhões, disse a CGU. Até o momento, foram pagos R$ 10 bilhões. A leniência é uma espécie de acordo de colaboração para empresas.

Brasília

Assinado acordo de leniência com empresas de energia e indústria naval

247 – A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou neste sábado (5) que a retomada da indústria naval brasileira passa por um novo ciclo de parcerias internacionais, com destaque para a aproximação com a China. Em sua fala de abertura no Fórum Estratégico Brasileiro para a Indústria Naval Brasil-China, realizado no Rio de Janeiro e promovido pela Transpetro, Chambriard usou uma metáfora bem-humorada para ilustrar o momento: “Estamos promovendo quase um Tinder entre estaleiros chineses e brasileiros, em busca de bons negócios”.
A informação foi <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/07/05/temos-quase-um-tinder-entre-estaleiros-chineses-e-brasileiros-por-bons-negcios-diz-presidente-da-petrobras.ghtml">divulgada pelo jornal Valor Econômico</a>, que acompanhou o evento. De acordo com a presidente da estatal, a expectativa é que esse “match” entre os dois países viabilize aportes financeiros, transferência de tecnologia e novos pedidos para estaleiros nacionais, que ficaram praticamente inativos nos últimos anos. “Estamos resgatando encomendas à indústria naval brasileira e esperamos ajuda de parceiros chineses”, afirmou Chambriard.
A Petrobras, segundo ela, prevê encomendar 52 navios até o fim de 2025, além de estruturas superiores (top sides) para plataformas. “A produção brasileira de petróleo ainda vai crescer mais. Vamos precisar de mais plataformas e mais barcos de apoio”, disse. Também está prevista a contratação de cinco novas plataformas até 2030, dentro do plano estratégico 2025–2029 da companhia.
O encontro marca um novo momento na relação entre os dois países na área de energia e logística. Estaleiros chineses como COOEC, CSSC, Cosco e CIMC participaram do fórum ao lado de empresas brasileiras como EBR, Rio Grande, Mauá, Atlântico Sul, Enseada e Mac Laren. Durante o evento, as partes assinaram memorandos de entendimento para parcerias tecnológicas e comerciais, selando o início de uma cooperação estratégica impulsionada pela visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, em maio.
Após a abertura à imprensa, o encontro seguiu com reuniões reservadas para negociações e apresentação de demandas. O presidente da Transpetro, Sergio Bacci, destacou a importância do momento: “Só conseguimos isso porque temos um governo que privilegia o desenvolvimento econômico e social. Estamos abrindo um capítulo histórico de cooperação”.
A retomada da indústria naval brasileira tem sido uma prioridade do presidente Lula desde o início do atual mandato. Na sexta-feira (4), ao participar de um evento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), Lula elogiou a atuação de Chambriard na presidência da Petrobras e declarou estar “fascinado” com sua gestão e com os esforços para reindustrializar o país.
Pietro Mendes, secretário-executivo de óleo e gás do Ministério de Minas e Energia, reforçou a visão estratégica da retomada da indústria naval e afirmou que o desafio exige ação conjunta: “Precisamos de medidas de políticas públicas para tornar a construção de navios competitiva no Brasil”. Já Ricardo Buratini, da Casa Civil, sintetizou a urgência da reativação da cadeia naval: “O Brasil tem uma demanda gigante por embarcações. Precisamos colocar o país na cadeia produtiva. Não faz sentido termos tanta demanda e baixa produção”.
O Fórum Brasil-China evidencia o esforço do governo federal para transformar o setor naval em vetor de geração de empregos, inovação tecnológica e soberania energética. Ao integrar capacidades produtivas do Brasil com investimentos e expertise chinesa, a iniciativa sinaliza um novo ciclo para a indústria nacional — com protagonismo do Estado e foco no desenvolvimento sustentável.

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; a Presidenta da Petrobras, Magda Chambriard; o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e a Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participaram da cerimônia de anúncio dos investimentos da Petrobras em refino e petroquímica, realizada na Refinaria Duque de Caxias (REDUC), em Duque de Caxias

Mundo

Magda Chambriard vê ‘match perfeito no Tinder’ entre estaleiros brasileiros e chineses

Reuters - A Transpetro, empresa de logística e transporte da Petrobras, acordou com a petroleira a previsão para a aquisição de mais quatro embarcações para atender a companhia, disse o presidente da subsidiária, Sérgio Bacci.
A contratação desses navios será incluída no próximo plano de negócios da Petrobras, para o período de 2026 a 2030, que está em discussão e deve ser publicado até o fim do ano.
Com isso, as contratações de navios pela Petrobras junto à Transpetro devem totalizar 25, entre licitações em andamento e previstas, dentro do Programa de Renovação e Ampliação da Frota, lançado pela Transpetro no ano passado.
"Acertei com a (presidente) Magda (Chambriard) a inclusão de mais quatro embarcações no plano do tipo PMAX", disse Bacci, a jornalistas, em evento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na noite de terça-feira. "O perfil dessas embarcações vai depender da demanda do que a Petrobras vai querer, e isso está sendo analisado."
As aquisições de navios junto à Transpetro devem atender prioritariamente às demandas de transporte de produtos da Petrobras.
A petroleira também contrata navios junto a outras empresas. Ao final de maio, a presidente da companhia, Magda Chambriard, previu a contratação de 52 embarcações até 2026, com investimentos de R$ 29 bilhões, durante evento em Santa Catarina.
No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras está intensificando contratações de embarcações para fortalecer a indústria naval brasileira, importante geradora de empregos.
A perspectiva é que a licitação das quatro novas embarcações, disse Bacci, possa ocorrer já no começo do ano que vem.
A Transpetro está com uma licitação em curso para contratação de oito navios gaseiros, visando triplicar a capacidade de transporte de GLP e derivados e permitir o transporte de amônia.
Em fevereiro, a empresa concluiu a licitação para aquisição de quatro navios da classe Handy. Ainda em 2025, a Transpetro vai lançar uma nova licitação para aquisição de navios de médio porte (MR1).
"Temos que ter uma demanda perene e isso é que estamos tentado fazer para atrair investimentos... é importante para a Petrobras ter navios porque isso ajuda a Petrobras a balancear o afretamento...", completou. Da frota da Petrobras, 26 são da Transpetro.

Fachada de prédio da Petrobras no Rio de Janeiro 04/2025

Transpetro acerta com Petrobras mais 4 embarcações para o próximo plano de negócios

247 – Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, o engenheiro Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, defendeu com veemência o papel estratégico da engenharia nacional no processo de reindustrialização do país.&nbsp;
Logo no início de sua fala, Bogossian foi direto ao ponto: “Não há industrialização sem engenharia nacional forte. A engenharia é inteligência aplicada da indústria.” E explicou: “É ela que transforma ciência em produto, inovação em processo produtivo, projeto em política pública.”
O engenheiro lembrou que a história do Brasil oferece exemplos concretos da centralidade da engenharia no avanço industrial, como a construção da ponte Rio-Niterói, em que atuou diretamente, além de projetos como Itaipu, as plataformas da Petrobras e o programa Proálcool. “Esses marcos não foram espontâneos, resultaram de política de Estado, formação de engenheiros e investimentos coordenados em P&amp;D”, frisou.
<h3>Desmonte da engenharia e consequências</h3>
Ao tratar do desmonte do setor, Bogossian fez críticas contundentes: “A engenharia consultiva perdeu espaço para firmas estrangeiras. A descontinuidade de obras públicas eliminou milhares de empregos qualificados. Os grandes projetos estruturantes foram desmobilizados. A Lava Jato foi um agente importante do desmonte do parque industrial e de toda a engenharia.”
Segundo ele, o resultado desse processo foi a desindustrialização, a perda de complexidade produtiva e a fuga de cérebros. “As grandes, médias e pequenas empresas sofreram. E os trabalhadores também.”
<h3>Sinais positivos de retomada</h3>
Apesar do cenário adverso, Bogossian reconheceu mudanças recentes que apontam para um novo ciclo. “O novo PAC reincorpora obras estruturantes com exigência de engenharia nacional. A Petrobras retomou encomendas com conteúdo local e engenharia integrada. O BNDES e a Finep voltaram a apoiar projetos industriais com inovação embutida.”
Ele destacou, ainda, que o programa Nova Indústria Brasil “reconhece a centrabilidade da engenharia como ativo estratégico” e apontou: “Estamos assistindo a um movimento de revalorização da engenharia como vetor da neoindustrialização. O desafio agora é transformar esses sinais em política de Estado com continuidade e ambição estratégica.”
<h3>Reconstruir a capacidade de sonhar grande</h3>
Para Bogossian, retomar a engenharia significa mais do que reativar um setor: “É reconstruir a capacidade do Brasil de sonhar grande, executar com competência e competir com soberania.” Ele defendeu que a reindustrialização do país exige recolocar a engenharia no centro do projeto nacional.
O presidente do Clube de Engenharia lembrou o papel histórico da entidade, fundada em 1880, e sua missão agregadora: “Temos por princípio uma política unificadora, sediando entidades de todo o Brasil unidas pela luta pelo fortalecimento da engenharia.”
<h3>Prevenção de desastres e foco social</h3>
Francis Bogossian também ressaltou o papel da engenharia em áreas essenciais como habitação, saúde, saneamento e, especialmente, prevenção de desastres naturais. “É melhor prevenir do que remediar. Você gasta muito menos fazendo a prevenção do que mitigando depois do acidente, sem falar nas vidas perdidas.”
Ele defendeu projetos públicos que aproximem moradia e local de trabalho, e criticou entraves parlamentares motivados por interesses pessoais ou partidários. “Nós engenheiros estamos apostos, com forte disposição e movidos por muita esperança. Queremos ser soldados nessa luta desenvolvimentista brasileira.”
<h3>Lula e a valorização da engenharia</h3>
Ao final, Bogossian citou o presidente Lula, em discurso recente no Fórum Empresarial Brasil-China, como inspiração: “Quantos milhões de engenheiros os chineses formaram nos últimos anos? [...] Quando você exporta engenharia, você está exportando serviço e está ganhando dinheiro.”
E concluiu com um agradecimento direto: “Encerramos com os agradecimentos da Engenharia Nacional ao Brasil 247, um grande aliado nesse nosso propósito de alavancar a engenharia à estatura que ela sempre teve, tem e merece em prol do desenvolvimento da nação brasileira.” Asssita:
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Nova Indústria Brasil

Francis Bogossian: retomada da indústria é também da engenharia

247 - A ambição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconstruir a indústria naval do país esbarra em obstáculos gigantescos, entre eles o custo astronômico de produção. Enquanto um navio feito na Coreia do Sul custa cerca de US$ 70 milhões, embarcações equivalentes fabricadas em território americano chegam a US$ 330 milhões — quase cinco vezes mais.&nbsp;
A disparidade foi revelada por especialistas e empresários do setor ao jornal The New York Times, que analisou os impactos das políticas de Trump e do Congresso sobre a retomada da construção naval nos EUA.
A estratégia de Trump ganhou corpo com uma ordem executiva recente para revitalizar os estaleiros norte-americanos. “Vamos gastar muito dinheiro em construção naval. Estamos muito, muito, muito atrás”, declarou o presidente ao anunciar a medida. A iniciativa é acompanhada de ações legislativas bipartidárias que preveem subsídios bilionários para navios construídos nos EUA, exigências para que embarcações comerciais sejam fabricadas em território nacional e punições àqueles que operam com navios chineses.
Apesar do entusiasmo oficial, analistas como Colin Grabow, do Instituto Cato, alertam que a tentativa pode repetir fracassos anteriores. “Já estivemos nesse caminho antes”, disse ele, referindo-se a iniciativas frustradas, como a tentativa de impulsionar a produção de navios comerciais em Filadélfia após o fechamento da base naval local em 1995.
<h3>Coreana Hanwha assume papel central nos planos dos EUA</h3>
Um dos centros dessa nova empreitada é o estaleiro da Hanwha Philly Shipyard, adquirido no ano passado por US$ 100 milhões pela gigante sul-coreana Hanwha. O CEO da empresa, David Kim, afirma que a indústria naval americana está pronta para avançar, mas faz uma ressalva: “O estaleiro precisa de um fluxo constante de pedidos. E o governo federal terá que adotar políticas que subsidiem navios fabricados nos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA+">EUA </a>e penalizem o uso de embarcações estrangeiras por empresas que operam em portos americanos.”
Hoje, o estaleiro na Filadélfia entrega cerca de um navio e meio por ano. Na Coreia do Sul, unidades da mesma empresa conseguem produzir uma embarcação por semana. Kim destaca que pretende acelerar a produção americana com tecnologias como soldagem automatizada, mas não revelou quanto a Hanwha investirá no estaleiro dos EUA.
<h3>Produção cara, pouca escala e dependência da legislação</h3>
O cenário atual expõe o abismo entre o ritmo asiático e o norte-americano. Dados da BRS Shipbrokers mostram que, nos últimos dez anos, a China entregou 6.765 navios comerciais, o Japão 3.130, a Coreia do Sul 2.405 e os EUA apenas 37. O alto custo nos Estados Unidos torna os navios acessíveis apenas a empresas que operam rotas domésticas, protegidas pelo centenário Jones Act, que exige embarcações fabricadas no país para o transporte entre portos nacionais.
O ex-proprietário do estaleiro da Filadélfia vendeu três navios compatíveis com o Jones Act por cerca de US$ 330 milhões cada. O mesmo modelo, construído na Ásia, custaria US$ 70 milhões, conforme estimativa de James Lightbourn, fundador da consultoria Cavalier Shipping.
<h3>Congresso propõe frota estratégica com subsídios pesados</h3>
O projeto de lei em tramitação no Congresso propõe a criação de uma “frota comercial estratégica” composta por 250 navios feitos nos EUA, com tripulação americana. Essas embarcações poderiam ser requisitadas pelo Departamento de Defesa em missões de suprimento, servindo como estímulo contínuo aos estaleiros. “É o esforço mais ambicioso em uma geração para revitalizar a indústria naval e marítima comercial dos EUA e enfrentar o domínio chinês nos oceanos”, defendeu o senador democrata Mark Kelly.
Os críticos da proposta, no entanto, argumentam que ela perpetuará subsídios sem fim para uma indústria ineficiente. Sugerem, como alternativa, que o país utilize navios fabricados por aliados estratégicos como Japão e Coreia do Sul, em vez de manter uma estrutura antieconômica em casa.
<h3>Dificuldade de mão de obra e aposta na formação</h3>
Mesmo que os planos avancem, há um gargalo na formação de trabalhadores qualificados. A Hanwha quer dobrar sua força de trabalho, atualmente com 1.500 empregados, ao longo da próxima década. Segundo Kelly Whitaker, porta-voz da empresa, a turma de aprendizes também deve dobrar em 2025, chegando a 240 treinandos.
Niecey Zlomek, uma das novas contratadas, destacou os benefícios da função. “Esse é, provavelmente, o melhor emprego que já tive desde que me mudei para cá”, disse ela, que ganha US$ 22 por hora e atua na instalação de sistemas de propulsão e transporte de carga em navios.
Apesar disso, estaleiros que constroem navios militares relatam dificuldades para manter funcionários após o primeiro ano de trabalho. Em audiência no Congresso, Brett Seidle, secretário adjunto da Marinha, reconheceu o problema e defendeu programas de capacitação.
<h3>Marinha mercante como carreira de alto rendimento</h3>
Para Roland Rexha, secretário-tesoureiro da Marine Engineers’ Beneficial Association, o apoio governamental ao setor é essencial. “A China subsidia completamente sua indústria. Precisamos fazer do incentivo ao transporte de carga um pilar da revitalização marítima”, defendeu.
Rexha acrescenta que a carreira de oficial em embarcações americanas pode ser altamente vantajosa: salários acima de US$ 200 mil por ano, aposentadoria após 20 anos de serviço e períodos prolongados em casa. “Você se concentra na sua família, se concentra nos seus filhos.”
Mesmo com esses atrativos, a tarefa de reconstruir a indústria naval dos EUA e competir com a Ásia, especialmente com a China, continua sendo um desafio de escala monumental, que exigirá décadas de investimentos públicos e privados — e talvez, mesmo assim, não seja suficiente para equilibrar a balança dos mares.

Trabalhadores vestem máscaras enquanto trabalham no porto em Qingdao, na China

Trump aposta bilhões em estaleiros nos EUA, mas navios saem cinco vezes mais caros que na Ásia

247 - Parlamentares petistas do Congresso Nacional destacaram nesta quarta-feira (21) a gravidade da trama golpista após o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Junior afirmar que, em 2022, o então chefe da Marinha, almirante Almir Garnier, <a href="https://www.brasil247.com/brasil/ex-comandante-da-fab-confirma-ao-stf-que-chefe-da-marinha-ofereceu-tropas-a-bolsonaro-para-impedir-posse-de-lula">ofereceu as tropas</a> da corporação a Jair Bolsonaro (PL) numa tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).&nbsp;
Conforme o senador Humberto Costa (PE), “Bolsonaro sabia que tinha sido derrotado por Lula nas urnas e que não havia fraude”. “Mas mentiu e insistiu em fraude nas eleições para criar um clima favorável ao golpe. Para isso, proibiu que o relatório do Ministério da Defesa que atestava lisura das urnas fosse divulgado”, continuou o petista.
O senador também criticou a hipótese de prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes discutida entre os participantes do plano de ruptura institucional. “Algo impensável em um regime democrático. O cerco tá fechando”.
Quem também comentou sobre o julgamento foi o deputado federal Rogério Correia (MG). “Ex-cmte da Aeronáutica confirma ao STF que o General Freire Gomes ameaçou Bolsonaro com ordem de prisão durante discussão da minuta golpista em 2022. Daqui pra frente, todo dia vão confirmar algo que as investigações já mostraram. Se cuida, gadaiada!”.
De acordo com o deputado federal Carlos Zarattini (SP), os "depoimentos das testemunhas da trama golpista confirmam que houve, sim, um planejamento articulado para um golpe de Estado, desmontando de vez a narrativa bolsonarista de que nunca existiu um plano golpista e que tudo se trata de perseguição", escreveu o parlamentar.&nbsp;
O petista recordou que o agente da PRF <a href="https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/servidor-diz-que-prf-determinou-abordagens-nas-eleicoes-esta-na-hora-de-tomar-um-lado">Adiel Pereira Alcântara</a> "afirmou ter recebido uma ordem direta para bloquear o acesso de eleitores do nordeste às urnas no segundo turno das eleições de 2022".
No inquérito da trama golpista, o ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) Carlos de Almeida Baptista Júnior também confirmou que um membro do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes, informou a Bolsonaro que <a href="https://www.brasil247.com/brasil/ex-comandante-da-fab-confirma-ameaca-de-prisao-de-bolsonaro-por-freire-gomes">poderia prender </a>o político da extrema-direita caso tentasse impedir a posse de Lula.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Os primeiros depoimentos das testemunhas da trama golpista confirmam que houve, sim, um planejamento articulado para um golpe de Estado, desmontando de vez a narrativa bolsonarista de que nunca existiu um plano golpista e que tudo se trata de perseguição. Adiel Pereira…&mdash; Zarattini (@CarlosZarattini) <a href="https://twitter.com/CarlosZarattini/status/1924941163905040633?ref_src=twsrc%5Etfw">May 20, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
 
 
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Bolsonaro sabia que tinha sido derrotado por Lula nas urnas e que não havia fraude. Mas mentiu e insistiu em fraude nas eleições para criar um clima favorável ao golpe. Para isso, proibiu que o relatório do Ministério da Defesa que atestava lisura das urnas fosse divulgado. <a href="https://t.co/sUpAq4lqwJ">pic.twitter.com/sUpAq4lqwJ</a>&mdash; Humberto Costa (@senadorhumberto) <a href="https://twitter.com/senadorhumberto/status/1925264686762639760?ref_src=twsrc%5Etfw">May 21, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
 
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🚨 Ex-cmte da Aeronáutica CONFIRMA ao STF que o General Freire Gomes ameaçou Bolsonaro com ordem de PRISÃO durante discussão da minuta golpista em 2022 Daqui pra frente, todo dia vão confirmar algo que as investigações já mostraram. Se cuida, gadaiada!<a href="https://t.co/NHSmgRVoyg">pic.twitter.com/NHSmgRVoyg</a>&mdash; Rogério Correia (@RogerioCorreia_) <a href="https://twitter.com/RogerioCorreia_/status/1925215205920780451?ref_src=twsrc%5Etfw">May 21, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

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Parlamentares do PT detonam Bolsonaro e seus aliados após novos detalhes da trama golpista

247 - O conselho do Fundo da Marinha Mercante (FMM) aprovou, em sua primeira reunião de 2025, a destinação de R$ 22 bilhões para 26 novos projetos da indústria naval, o maior volume de recursos já alocado para o setor em uma única reunião. Segundo a coluna <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2025/05/fundo-da-marinha-bate-recorde-e-destina-r-22-bilhoes-para-a-industria-naval.shtml">Painel S.A</a>., da Folha de S. Paulo, do total aprovado, R$ 15,4 bilhões são destinados a 19 novos projetos, enquanto R$ 6,7 bilhões contemplam iniciativas reapresentadas.
“Estamos batendo mais um recorde para alavancar a indústria naval e o setor aquaviário. Isso mostra que o governo federal voltou a dar prioridade a esse setor, que é fundamental para o desenvolvimento do país”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos (MPOR), Sílvio Costa Filho..
Os recursos serão empregados em projetos que envolvem a construção de embarcações, reparos e docagens, além de modernização de unidades existentes, ampliação de estaleiros e novas infraestruturas portuárias.
Em 2024, o FMM também teve papel decisivo no setor, com investimentos de R$ 31 bilhões em 430 novos projetos, o maior valor em 12 anos. Entre os projetos destacados estão o pedido da Petrobras para a construção de oito navios gaseiros para transporte de GLP, com um investimento de R$ 4,1 bilhões, e o projeto da DOF Subsea Brasil Serviços, que prevê a construção de quatro embarcações do tipo RSV, orçado em R$ 3,2 bilhões.
Ainda conforme a reportagem, além dos projetos de construção de embarcações, também foram alocados recursos para projetos de infraestrutura. O estaleiro Green Port, em Niterói (RJ), recebeu R$ 242 milhões para modernização, enquanto a Cedro Participações, em Itaguaí (RJ), contará com R$ 3,9 bilhões para a construção de um terminal para exportação de minério de ferro. O Tecon Rio Grande (RS) também recebeu R$ 533 milhões para investimentos em infraestrutura portuária.
O volume recorde de recursos é resultado de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) de dezembro de 2024, que regulamentou a aplicação dos recursos do FMM. Entre as principais mudanças estabelecidas pelo CMN, destacam-se a retirada do valor mínimo da taxa de juros para os financiamentos, o aumento do período de amortização para projetos de reparos e docagens, e a ampliação da cobertura dos financiamentos, incluindo plataformas, módulos de plataformas e até desmantelamento.&nbsp;

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