247 - A apuração conduzida por Vinícius Valfré para O Estado de S. Paulo garantiu ao repórter o 6º Prêmio IREE de Jornalismo. A série de oito reportagens examinou em profundidade como as casas de apostas digitais passaram a influenciar decisões no poder público, a movimentação econômica no País e o universo do futebol.
Segundo o IREE, responsável pela organização da premiação, o trabalho vencedor detalha as conexões do setor das bets com práticas associadas ao jogo do bicho e revela estratégias utilizadas por essas empresas para operar no Brasil. Pelo reconhecimento, Valfré receberá R$ 50 mil.
A edição atual também premiou, na categoria Política, Rafael Soares, de O Globo, pela série “Os tentáculos do Comando Vermelho”. O jornalista revelou, com exclusividade, diálogos que mostram chefes da facção criminosa influindo diretamente sobre policiais no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ele será contemplado com R$ 30 mil.
No segmento Economia e Negócios, o 6º Prêmio IREE de Jornalismo reconheceu a série “Desafio fiscal de estados e municípios”, assinada por Idiana Tomazelli, da Folha de S. Paulo. A reportagem detalha como o avanço das emendas parlamentares impacta os gastos municipais e contribui para o agravamento do quadro fiscal. A jornalista também receberá R$ 30 mil.
A comissão julgadora, formada por Adriana Dias Lopes, Cintia Acayaba, Fabio Leite, Graciliano Rocha e Murilo Rodrigues Alves, concedeu ainda três menções honrosas. Uma delas foi para o trabalho de Vinícius Sassine, da Folha de S. Paulo, que investigou por um ano a morte de um indígena em Manaus. O caso, marcado por falhas em apurações policiais e do Ministério Público, foi transformado no podcast “Dois mundos”, produzido ao lado de Raphael Concli, Daniel Castro, Gustavo Simon e Magê Flores.
Outra menção honrosa foi atribuída a Aguirre Talento, que no UOL revelou que a Abin hackeou o governo do Paraguai. Ele também publicou no Estado de S. Paulo a série “As conversas secretas dos celulares do golpe”, que trouxe à tona trocas de mensagens entre o general Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente, e o coronel Flávio Peregrino.
A terceira distinção reconheceu o trabalho de Lucas Marchesini e Raphael Di Cunto, da Folha de S. Paulo, que expuseram a existência de funcionários fantasmas no gabinete da Presidência da Câmara dos Deputados.
Além das categorias competitivas, o IREE anunciou dois prêmios hors concours. O jornalista Ricardo Kotscho será homenageado pelo conjunto de sua obra, construída ao longo de seis décadas e marcada por forte contribuição à democracia e aos direitos humanos. Em anos anteriores, essa honraria foi atribuída a Elio Gaspari, Fernando Gabeira, Orlando Brito (in memoriam), Evando Teixeira e Ruy Castro.
O instituto também reconhecerá Fausto Macedo como Personalidade de Destaque do 6º Prêmio IREE de Jornalismo. Com mais de 50 anos de trajetória, Macedo consolidou-se como referência nacional na cobertura de temas ligados ao Judiciário.

Redação Brasil 247

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Vinícius Valfré ganha 6º Prêmio IREE de Jornalismo com série sobre bets

247 – O Brasil 247, que é bicampeão do iBest como melhor canal de política do Brasil, concorre agora na fase decisiva do prêmio mais importante da internet brasileira. Neste ano, o Brasil 247, que é também responsável pela TV 247, concorre como <a href="https://app.premioibest.com/votacao/noticias-jornalismo/510948757">“melhor canal de notícias e jornalismo do Brasil”</a> e como <a href="https://app.premioibest.com/votacao/canal-de-politica/103369059">“melhor canal de política do Brasil”</a>.
Nos dois anos anteriores, o Brasil 247 venceu no voto popular. Ou seja: a sua participação é vital para que consigamos um inédito tricampeonato no iBest. Este reconhecimento é fundamental para um grupo de comunicação que reúne uma equipe formada por alguns dos mais consagrados jornalistas profissionais do Brasil e que se destaca pela defesa intransigente da democracia, da soberania nacional e do desenvolvimento com justiça social.
É importante notar que você precisa votar duas vezes, conforme abaixo:&nbsp;
<a href="https://premioibest.vote/510948757">Vote aqui para que o Brasil 247 vença como melhor canal de notícias e jornalismo do Brasil.</a>
<a href="https://premioibest.vote/103369059">Vote aqui para que o Brasil 247 vença como melhor canal de política do Brasil.</a>
Seu voto também pode valer em dobro se você adicionar alguma de suas redes sociais.&nbsp;
O Prêmio iBest é considerado a maior referência no reconhecimento dos melhores comunicadores da internet brasileira desde 1996. Em 2024, teve cerca de 31 milhões de usuários únicos. A disputa ocorre entre abril de 2025 e março de 2026, em cinco fases distintas. Agora, estamos na fase final, com votação entre 24 de novembro e 9 de janeiro de 2026. Os vencedores do Prêmio iBest 2025 serão anunciados em março de 2026 e contamos muito com o seu apoio. Muito obrigado!

Brasil 247 finalista do Prêmio iBest 2025

Brasil 247 rumo ao tri no iBest: está aberta a fase final; vote agora

247 - O governo da Austrália apresentou um novo projeto que pretende reforçar a remuneração de veículos jornalísticos por conteúdo distribuído em plataformas digitais. A iniciativa, segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2025/11/14/australia-quer-levar-big-techs-a-remunerar-editores-de-noticias.ghtml">O Globo</a>, cria um incentivo fiscal robusto para estimular que as grandes empresas de tecnologia fechem acordos comerciais com editores de notícias.
A proposta complementa o Código de Negociação entre Plataformas Digitais e Empresas de Notícias, em vigor desde 2021, ao ampliar o apoio ao jornalismo de interesse público em especial nos níveis local e regional.
O desenho do programa, chamado de Incentivo à Negociação de Notícias, determina que empresas de tecnologia com faturamento anual superior a 250 milhões de dólares australianos no país arquem com uma taxa de 2,25% sobre sua receita. No entanto, essa cobrança pode ser reduzida ou mesmo eliminada caso as plataformas firmem acordos de pagamento com veículos de comunicação cujos conteúdos são utilizados em seus serviços. Para cada dólar australiano repassado às empresas jornalísticas, a big tech poderá abater 1,50 dólar australiano em impostos — uma dedução equivalente a 150% do valor investido.
A proposta inclui redes sociais como Facebook e Instagram, da Meta, e mecanismos de busca como o Google. Ficam de fora aplicações que não tenham relação significativa com conteúdo jornalístico, como serviços de apostas, aplicativos de mensagens ou plataformas sem receita publicitária relevante.
Segundo o governo australiano, o objetivo não é arrecadatório, mas de estímulo ao mercado de notícias. O assistente do Tesouro da Austrália, Daniel Mulino, afirma que a medida busca reforçar a capacidade de negociação entre empresas jornalísticas e plataformas digitais. Ele destaca: “O governo reconhece que os mercados digitais evoluem rapidamente e que a interação entre a mídia noticiosa e as plataformas mudará com o tempo, à medida que os mercados se transformam”. O texto acrescenta ainda: “O incentivo buscará equilibrar a flexibilidade em seu escopo e operação, oferecendo ao mesmo tempo um nível de segurança para as plataformas e as empresas de mídia”.
O código criado em 2021 já havia impulsionado negociações entre empresas jornalísticas e plataformas, prevendo inclusive arbitragem estatal caso não houvesse acordo entre as partes. No primeiro ano, foram firmados 30 contratos envolvendo Google, Meta e diversos veículos australianos, gerando cerca de US$ 165 milhões para o setor.
O novo projeto corrige uma lacuna da legislação anterior: apenas as plataformas que exibiam conteúdos jornalísticos precisavam cumprir as regras. Isso permitia que empresas evitassem a regulação retirando do ar conteúdos de imprensa — movimento adotado pelo Facebook no Canadá. Para evitar que isso se repita, o governo estuda mecanismos que impeçam que plataformas escapem das obrigações simplesmente deixando de exibir notícias.
Os gastos das plataformas com remuneração poderão incluir pagamentos fixos, acordos recorrentes ou divisão da receita publicitária associada ao conteúdo exibido. Para participar do sistema, os veículos precisam estar registrados no Código e produzir jornalismo de interesse público destinado ao público australiano, manter independência editorial e ter faturamento mínimo de 150 mil dólares australianos no ano anterior ou em ao menos três dos cinco anos anteriores.
O projeto também tenta evitar concentração de recursos em grandes conglomerados de mídia. A dedução fiscal sobe para 170% no caso de acordos com pequenos veículos, e há um limite que impede que uma única empresa receba mais de um terço do total investido pela plataforma.
Embora os termos comerciais dos contratos permaneçam sob sigilo, as big techs terão de informar ao governo quantos acordos foram fechados, o montante total investido e a lista dos veículos contemplados. Além disso, os gastos considerados para o abatimento da taxa poderão ser deduzidos também do Imposto de Renda das empresas de tecnologia, reforçando o estímulo financeiro para ampliar os acordos.

Guilherme Levorato

Impressão em 3D de logo da Meta sobre teclado de computador, em foto de ilustração

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Austrália pressiona big techs com incentivo fiscal para pagar por notícias

247 – A Justiça de São Paulo rejeitou a queixa-crime movida pelo influenciador e webcomunista Jones Manoel da Silva contra o jornalista Leonardo Attuch, editor do Brasil 247, no âmbito do debate público gerado pelas acusações anônimas e não comprovadas do site estadunidense The Intercept contra o professor Alysson Mascaro, da Universidade de São Paulo, considerado um dos maiores intelectuais marxistas do Brasil.
.A decisão, proferida em 18 de junho de 2025 pelo juiz André Luiz da Silva da Cunha, da Vara Criminal de Cotia, concluiu que as manifestações de Attuch no X (antigo Twitter) não configuraram calúnia nem injúria, mas sim o exercício regular do direito de crítica e de liberdade de expressão. O Ministério Público também se manifestou de forma contrária aos pedidos de Jones Manoel.
<h2>Defesa de Alysson Mascaro e origem da controvérsia</h2>
O embate entre Jones Manoel e Leonardo Attuch ocorreu após a divulgação, pelo The Intercept, de uma reportagem baseada em fontes anônimas, sobre suposto assédio sexual, que resultou no afastamento de Alysson Mascaro da Universidade de São Paulo (USP), sem qualquer prova ou comprovação de ilícito. Quase um ano depois da reportagem, não há nenhuma evidência concreta contra Mascaro, que foi alvo de linchamento midiático e de um processo de cancelamento.
Enquanto Attuch defendeu publicamente o professor e criticou a metodologia do site estadunidense, Manoel se posicionou em defesa das práticas de denuncismo a partir de fontes anônimas adotadas pelo veículo, sem apresentação de provas materiais.
Foi nesse contexto que o jornalista do Brasil 247 escreveu no X:
<blockquote>&nbsp;“Jones Manoel, pra variar, desonesto. Eu pergunto a ele publicamente o que faria se qualquer veículo de comunicação publicasse: ‘Jones Manoel é um estuprador’. Quais são as fontes? Anônimos. Isso não tem nada a ver com sigilo da fonte.”</blockquote>
O influenciador interpretou a mensagem – e uma segunda publicada por Attuch – como ofensivas e ingressou com uma ação penal por calúnia e injúria, além de pedir a remoção das publicações do X — o que o juiz classificou como tentativa de censura.
<h2>Juiz rejeita ação e reafirma direito à crítica</h2>
Na sentença, o magistrado destacou que o termo “desonesto” foi usado em contexto de debate sobre práticas jornalísticas, e não como insulto pessoal. “O termo foi empregado em contexto específico de debate, constituindo juízo de valor sobre o posicionamento defendido pelo querelante”, escreveu o juiz.
Em relação à suposta imputação de crime, o juiz entendeu que a fala de Attuch utilizou um exemplo hipotético e ironia crítica, sem atribuir a Jones Manoel qualquer fato criminoso.
<blockquote>&nbsp;.“Na primeira manifestação, o querelado empregou técnica argumentativa hipotética (...). Na segunda, ainda que utilize linguagem mais incisiva, permanece no campo da ironia crítica, sem imputar fato específico e determinado”, afirmou o juiz.</blockquote>
<h2>Liberdade de expressão prevalece sobre censura</h2>
O juiz ressaltou que não se pode transformar toda discussão virtual em questão penal e enfatizou que a liberdade de expressão inclui o direito a críticas contundentes, especialmente em temas de interesse público. “As manifestações do querelado caracterizam exercício regular do direito de crítica e debate, não configurando os tipos penais imputados”, diz a decisão.
Além de rejeitar a queixa-crime com base no artigo 395, incisos I e III, do Código de Processo Penal, o magistrado indeferiu o pedido de retirada das postagens, afirmando que, “não configurando as manifestações conduta criminosa, deve prevalecer o direito fundamental à liberdade de expressão”.
<h2>Recurso à segunda instância</h2>
Inconformado com a derrota, Jones Manoel recorreu da decisão, levando o caso à segunda instância.
A sentença reforça que o debate público e a defesa de figuras intelectuais perseguidas por denúncias infundadas fazem parte do exercício democrático da crítica, que deve ser protegido contra tentativas de judicialização e censura.
Jones Manoel já foi convidado frequente da TV 247 e chegou inclusive a ter um programa semanal, chamado "Trincheira Vermelha", antes de se tornar concorrente e iniciar uma linha de ataques. Antes dessa etapa de "concorrência capitalista" na mídia progressista, o webcomunista mantinha uma relação amistosa e de amizade com Attuch. O tema foi abordado nesta sexta-feira, quando Attuch participou de uma live com Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária, e comentou a respeito do caso:
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Decisão: Processo nº 1001406-97.2025.8.26.0152 — Vara Criminal de Cotia, São Paulo 
Juiz: André Luiz da Silva da Cunha 
Data: 18 de junho de 2025

Leonardo Attuch foi processado por Jones Manoel (esq.) após defender Alysson Mascaro (dir)

Jones Manoel processa Leonardo Attuch, pede censura e é derrotado na Justiça

247 – Um ano depois da despedida precoce da jornalista Nathalia Urban, a família 247 e tantas vozes do jornalismo e da militância internacionalista se reúnem para homenageá-la e reafirmar o que ela nos ensinou: a notícia pode ser trincheira, ternura e resistência ao mesmo tempo. Nathália foi uma das grandes vozes em defesa da Palestina, da América Latina, da África e de todos os povos oprimidos pelo colonialismo. A seguir, depoimentos de jornalistas, amigos e admiradores desta mulher corajosa que ainda inspira nossa prática diária.
<h3>“Nathalia, presente”: o compromisso cotidiano que virou legado</h3>
Leonardo Attuch
“Nathalia era a primeira pessoa com quem eu falava todas as manhãs, no Bom Dia 247. Aprendi muito com ela. Foi Nathalia quem, pela primeira vez, me falou sobre o Sul Global, conceito fundamental que expressa a luta por um mundo mais justo e multipolar… No Brasil 247, decidimos que, a partir de hoje, todas as matérias publicadas na seção <a href="https://www.brasil247.com/sul-global">Sul Global</a> serão dedicadas à sua memória.”
Brian Mier
“É um prazer estar aqui hoje falando sobre minha amiga Natália Urban, com quem coapresentei por cinco anos o programa Globalistas… Natália identificou Musk como um perigo crescente no mundo, há quatro anos… Natália foi a jornalista que mais colaborou [no Brasilwire]… escreveu mais de 25 matérias… Ela fez ainda uma contribuição importante ao obter documentos do governo britânico… Outra contribuição… foi o trabalho em defesa das trabalhadoras do sexo na ONG National Ugly Mugs… Viva Natália Urban. Natália Urban, presente!”
<blockquote>Dhayane Santos</blockquote>
<blockquote>“Sua inquietação revolucionária, a coragem de questionar o poder e a entrega ao jornalismo progressista independente… Hoje, mais do que saudade, o que fica é a responsabilidade de continuar o caminho que Nathalia abriu… Com admiração e emoção, Nathalia vive!”</blockquote>
Florestan Fernandes Jr
"A primeira vez que vi a Natália Urban foi no Bom Dia 247, no bloco de Internacional. Estava ali aquela moça inteligente, bonita, alegre, culta e extremamente bem informada, ao lado do Zé Reinaldo e do Leonardo Attuch... Eu sinto muita falta dela. Nós todos aqui no 247 sentimos muita falta dela como profissional e, principalmente, como ser humano. Ela era um ser humano muito diferenciado... Falar da Natália é falar também um pouco da minha história. Não só no 247, mas também da relação que ela teve comigo e com a minha família. Fica aqui a minha homenagem e a minha saudade."
Regina Zappa
“Passou por nossas vidas como uma centelha que deixou um rastro de conhecimento e paixão… Sentimos muito a sua falta, mas somos gratos ao seu trabalho que contribuiu para engrandecer nosso canal.”
Hildegard Angel
“O legado de Nathalia Urban ecoa como o de uma jornalista destemida, que não se calou diante da injustiça; sua morte reforça a urgência de manter viva a chama da verdade.”
<blockquote>Aquiles Lins</blockquote>
<blockquote>“Natália Urban… foi uma referência… popularizou na comunidade do 247 o termo Sul Global… Seu legado deve seguir inspirando os princípios editoriais do Brasil 247… Viva a memória de Nathália Urban.”</blockquote>
Joaquim de Carvalho
“Nathalia Urban era uma jornalista com a ideia de seu tempo… Corajosa, determinada, não fazia concessões… Jornalista íntegra, que acreditava no poder revolucionário da informação… Pessoas que se dedicam a uma causa, como ela, são imortais. Ninguém deterá a primavera que ela ajudou a semear.”
Mario Vitor Santos
“A falta da Nathalia no 247 é irreparável… tinha a coragem e o compromisso de testemunhar e esmiuçar [injustiças]… com uma eloquência que nos impelia imediatamente a querer… fazer algo.”
<blockquote>Denise Assis</blockquote>
<blockquote>“A cada notícia sobre Gaza… a lembrança de Natália está ali… Natália era voz… Natália era movida à indignação e emoção… Que de onde ela esteja… possa nos ver vencendo algumas batalhas da luta que lutamos juntas.”</blockquote>
Dafne Ashton
“Sua trajetória sempre foi mais do que jornalismo; era uma prática política constante… Aprender com ela significou entender que a fragilidade e a força… são partes de um mesmo todo… Nathalia, sua luz continua a nos guiar.”
<blockquote>Zé Reinaldo</blockquote>
<blockquote>“Jornalista… e militante internacionalista… cobria as lutas dos povos oprimidos… Neste momento de genocídio… a Natália estaria aqui como a voz mais altiva… Eterna glória à memória de Natália Urban.”</blockquote>
Lejeune Mirhan
“Uma mulher das mais combativas… Falava com ela amiúde… Conversamos sobre Ibn Khaldun… Conheço poucas mulheres com o seu nível intelectual… Nathália, você está presente!”
Aroeira
“Sei que ela era uma jornalista atenta… Muito lúcida, muito consciente do papel da imprensa.”
Miguel Paiva
“Foi também o silêncio de uma voz jornalística, investigativa e talentosa… Nathalia está fazendo muita falta… Descobriremos por ela em sua homenagem.”
Paulo Emílio
“Eu achava interessante quando ela abria aquele sorrisão, jogava os cabelos para trás… Profissionalmente, maravilhosa… uma amiga de verdade.”
<blockquote>Lais Gouveia</blockquote>
<blockquote>“Natália faz uma falta tremenda… pouquíssimos profissionais… escolhem lutar em defesa de povos historicamente negligenciados… você sempre fará falta em nossos corações e também no jornalismo mundial.”</blockquote>
Guilherme Paladino
“O legado de Nathalia é monumental… ela foi um farol de resistência… Enquanto houver jornalismo que genuinamente se preocupe com as pessoas, ela será lembrada e reverenciada.”
Sara Goes
“Ficaram suspensas as palavras não ditas… Escrever… tornou-se também uma forma de continuar a caminhada que ela deixou inacabada… sua ausência jamais significará esquecimento.”
<blockquote>Ricardo Neggo Tom</blockquote>
<blockquote>“Se eu tivesse que resumir a sua existência numa só palavra, eu escolheria humanidade… Nathalia ainda está aqui, e precisa permanecer, com o seu legado de resistência através do conhecimento.”</blockquote>
Andrea Trus
“Ela trouxe jornalismo com ativismo… um olhar latino-americano… O legado dela está aí e permanece… Natália presente sempre.”
Sara York
“Ao assistir ao espetáculo, não posso deixar de lembrar que, há um ano, nos despedimos de Natália Urban… ela deixou tantas formas de nos mostrar que a vida continua pulsando.”
Carol Proner
“Uma das perdas mais importantes… Todos os dias eu tinha o prazer de ouvi-la no 247… Natália me ensinou muita coisa… Seguimos em frente com as lições que ela nos deixou.”
<blockquote>Ualid Rabah</blockquote>
<blockquote>“Desde o primeiro segundo da matança indiscriminada na Faixa de Gaza, Natália Urban imediatamente identificou como genocídio… Teve coragem e decisão… Natália Urban vive entre os palestinos e entre todos aqueles que querem um mundo melhor.”</blockquote>
Marcia Tiburi
“O seu falecimento foi um choque… Ela era uma jovem mulher, uma promessa gigantesca de futuro… que o nosso trabalho possa, ao menos, fazer justiça à sua memória.”
James Onnig
“Ela deixou um legado fantástico de luta… É disso que nós precisamos: desse exemplo em que nos inspiramos… As lembranças da Natália sempre vão estar associadas à luta.”
<blockquote>Marcelo Uchoa</blockquote>
<blockquote>“Quanta falta faz a Natália para nos ensinar… Participei do Veias Abertas… Nathalia era esperança… que teríamos mais presidentes como Lula… A sua luta não foi em vão. Nathalia Urban, presente.”</blockquote>
Nathalia Urban nos apresentou, todos os dias, o mapa da dignidade: a América Latina insurgente, a Palestina resistente, as mulheres e imigrantes em luta, as trabalhadoras do sexo defendidas contra o estigma, a crítica sem medo aos poderes do Vale do Silício e do imperialismo. A sua voz segue como bússola de um jornalismo que não abdica da humanidade — e, por isso mesmo, é capaz de mover corações e histórias.
Que cada texto publicado na seção Sul Global traga, a partir de hoje, a sua assinatura invisível. Que cada denúncia se lembre da sua coragem. E que cada gesto de solidariedade carregue, como palavra de ordem, aquilo que atravessa todos os depoimentos acima.&nbsp;
Nathalia Urban, presente.
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Nathalia Urban, retratada pelos chargistas do 247

Sul Global

Um ano sem Nathalia Urban: inspiração eterna para o Sul Global

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou nesta terça-feira (2) a morte do jornalista Mino Carta, aos 91 anos. Nas redes sociais, Lula compartilhou uma foto ao lado do jornalista e ressaltou sua contribuição histórica para o jornalismo brasileiro e para a consolidação da democracia no país.
Segundo o presidente, Mino Carta foi um dos primeiros a dar espaço às lutas sindicais nos anos 1970 e teve papel central na abertura política. “Ele, pela primeira vez, deu destaque nas revistas semanais para as lutas que nós, trabalhadores reunidos no movimento sindical, estávamos fazendo por melhores condições de vida, por justiça social e democracia. Foi ele quem abriu espaço para minha primeira capa de revista, na IstoÉ, em 1978”, afirmou Lula. O petista destacou ainda que, desde então, suas trajetórias se cruzaram em momentos decisivos da história recente do Brasil.
Na homenagem, Lula destacou que viveu ao lado de Carta os principais momentos da redemocratização, como o movimento das Diretas Já e as primeiras eleições presidenciais após a ditadura. “Estas décadas de convivência me dão a certeza de que Mino foi – e sempre será – uma referência para o jornalismo brasileiro por sua coragem, espírito crítico e compromisso com um país justo e igualitário”, disse.
“Se hoje vivemos em uma democracia sólida, se hoje nossas instituições conseguem vencer as ameaças autoritárias, muito disso se deve ao trabalho deste verdadeiro humanista, das publicações que dirigiu e dos profissionais que ele formou”, completou, declarando luto oficial de três dias pela morte do jornalista.
<h2>A trajetória de Mino Carta</h2>
Nascido em Gênova, na Itália, em 1933, Mino Carta veio ao Brasil com a família após a Segunda Guerra Mundial. Neto e filho de jornalistas perseguidos pelo fascismo, iniciou sua carreira quase por acaso, escrevendo sobre futebol em 1950. Ao longo de mais de sete décadas, se tornou um dos mais influentes nomes da imprensa brasileira, fundando e dirigindo veículos de grande impacto como Jornal da Tarde (1966), Veja (1968), IstoÉ (1976) e Carta Capital (1994).
Sua carreira também incluiu passagens pela televisão, como apresentador dos programas “Cartão Vermelho”, na Band, e “Jogo de Carta”, na Record. Reconhecido por sua escrita refinada, estilo crítico e defesa de um jornalismo comprometido com a democracia, Mino se tornou referência para gerações de profissionais.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Recebi com muita tristeza a notícia da morte de meu amigo Mino Carta, ocorrida na madrugada deste 2 de setembro. Ele fez história no jornalismo brasileiro: criou e dirigiu algumas de nossas principais revistas (Veja, Isto é, Quatro Rodas, Carta Capital, Jornal da Tarde, Jornal da… <a href="https://t.co/R86jlszgdu">pic.twitter.com/R86jlszgdu</a>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1962855965377618005?ref_src=twsrc%5Etfw">September 2, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
&nbsp;

Otávio Rosso

Brasil

Lula lamenta morte de Mino Carta: “referência para o jornalismo brasileiro”

247 - O jornalista Mino Carta, fundador da revista <a href="https://www.cartacapital.com.br/carta-capital/memoria/morre-mino-carta-o-jornalista-que-desafiou-o-poder-e-transformou-a-imprensa-brasileira/">CartaCapital</a>, faleceu nesta terça-feira (2), aos 91 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada pela própria publicação. Ele estava internado havia duas semanas na UTI do Hospital Sírio-Libanês, após enfrentar problemas de saúde ao longo do último ano.
A trajetória de Mino Carta se confunde com a história recente da imprensa brasileira. Mais do que criar veículos de grande impacto — como Veja (1968), IstoÉ (1976) e a própria CartaCapital (1994) —, ele deixou como marca um jornalismo crítico, independente e corajoso, que desafiou governos autoritários e enfrentou os interesses dos poderosos.
<h2>O arquiteto de revistas que marcaram época</h2>
Nascido em Gênova, em 1932, Mino Carta chegou ao Brasil ainda jovem e, ao longo das décadas, transformou a comunicação nacional. Ele esteve na linha de frente do Jornal da Tarde (1966), revolucionário em linguagem e diagramação, e mais tarde liderou projetos que se tornaram pilares da imprensa moderna.
Em plena ditadura militar, ousou publicar na Veja reportagens sobre tortura e repressão, enfrentando censura e pressões do regime. Já na IstoÉ, comandou coberturas históricas, como a que revelou as denúncias contra Fernando Collor, peça central para o impeachment do ex-presidente em 1992.
<h2>O pensamento crítico como missão</h2>
Mino nunca abriu mão da convicção de que o jornalismo deveria ser uma trincheira contra abusos de poder. Na CartaCapital, revista que mais expressava sua visão de mundo, estabeleceu três pilares editoriais: fidelidade à verdade factual, espírito crítico e fiscalização permanente do poder. Reportagens emblemáticas da publicação expuseram desde escândalos do setor financeiro até excessos da Operação Lava Jato.
Crítico da transformação tecnológica no jornalismo, Mino advertia: “Um dia, os computadores vão engolir as pessoas”. Para ele, a revolução digital havia colocado a imprensa em posição de submissão às novas mídias, sufocando a busca pela verdade.
<h2>Uma herança para o jornalismo brasileiro</h2>
Mais do que fundador de revistas e jornais, Mino Carta foi um formador de gerações. Sob sua liderança, repórteres e editores aprenderam a valorizar a apuração rigorosa e a ousadia editorial. Sua influência se espalhou por redações de todo o país e moldou a forma como o jornalismo brasileiro encara os desafios do poder político e econômico.
Mino também se dedicou à literatura, publicando romances como Castelo de Âmbar (2000) e A Vida de Mat (2016), onde refletia sobre memória, filosofia e existência. Mas foi no jornalismo que deixou sua marca definitiva, consolidando uma herança de coragem e independência que continua a inspirar profissionais da imprensa até hoje.
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/CpgT8nMBlIQ?si=DtdZaW69YXQ2QDWl" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

O legado de Mino Carta: o jornalista que mudou para sempre a imprensa brasileira

247 – Foi aberta a reta final de votação do Prêmio iBest 2025, a mais importante premiação da internet brasileira. O Brasil 247, que já é bicampeão na categoria de melhor canal de política, <a href="https://bit.ly/ibest247">disputa novamente o título</a> e <a href="https://bit.ly/ibest247">concorre ao tricampeonato</a>. Além disso, o veículo é finalista como <a href="https://bit.ly/ibest247-2">melhor canal de notícias e jornalismo</a>, consolidando-se como uma das principais referências do jornalismo digital no país.
<a href="https://sites.brasil247.com/votacao-ibest">ACESSE ESTE LINK E VOTE NAS QUATRO CATEGORIAS QUE O 247 DISPUTA</a>
O fundador do portal, o jornalista Leonardo Attuch, também é finalista em duas categorias individuais: <a href="https://bit.ly/ibestAttuch-2">melhor influenciador de política</a> e <a href="https://bit.ly/ibestAttuch">melhor tuiteiro de política</a>. O reconhecimento reforça a relevância da atuação de toda a equipe do Brasil 247 no debate público e no fortalecimento da comunicação progressista no Brasil.
<h2>Importância do iBest</h2>
O Prêmio iBest é considerado o "Oscar da internet brasileira". Criado no ano 2000, ele se tornou um termômetro da relevância digital, destacando empresas, veículos de comunicação e personalidades que se consolidam como protagonistas no ambiente online. Estar entre os finalistas significa não apenas visibilidade, mas também reconhecimento da audiência e da sociedade para quem atua no campo da comunicação e da informação.
<h2>O papel do Brasil 247</h2>
Fundado em 2011, o Brasil 247 reúne alguns dos mais renomados jornalistas profissionais do país e se consolidou como o principal veículo de comunicação progressista do Brasil. Com uma linha editorial pautada pela defesa da democracia, dos direitos humanos e da soberania nacional, o portal se tornou referência para milhões de leitores e espectadores que buscam uma perspectiva crítica e independente.
O desempenho no iBest reforça o papel estratégico do Brasil 247 no ecossistema midiático nacional e a importância da participação do público para consolidar essa trajetória.
A <a href="https://sites.brasil247.com/votacao-ibest">votação já está aberta</a> e o apoio da comunidade é fundamental para que o Brasil 247 e Leonardo Attuch alcancem mais esta conquista. Além disso, ao compartilhar seu voto em alguma rede social, ele passa a valer em dobro.

Brasil 247 disputa o tricampeonato no iBest; vote agora

247 – Os jornalistas Leonardo Attuch, editor-chefe e fundador do portal Brasil247 e da TV247, e Tereza Cruvinel, colunista e comentarista política dos dois veículos, &nbsp;foram eleitos na votação promovida pelo portal <a href="https://www.portaldosjornalistas.com.br/" target="_blank">&nbsp;Jornalistas &amp; Cia</a>, especializado em assuntos da imprensa, &nbsp;para a escolha dos 100 profissionais da imprensa mais admirados do Brasil.
O prêmio reuniu inicialmente indicações de profissionais de comunicação de todo o Brasil, que apontaram 2.300 nomes para a competição popular. Dentre estes, por voto eletrônico direto, foram selecionados 236 nomes para disputar o segundo em que foram escolhidos os finalistas. Mais de 30 mil pessoas votaram para a escolha dos 100 jornalistas mais admirados do país. O evento de premiação acontecerá em São Paulo no dia 29 de setembro.
A lista completa pode ser conferida em <a href="https://www.jornalistasecia.com.br/Jornalistasecia2025/1522A/20/" target="_blank">https://www.jornalistasecia.com.br/Jornalistasecia2025/1522A/20/</a>.
Para Leonardo Attuch, a presença dele e de Tereza entre os 100 jornalistas mais admirados do país “confirma o profissionalismo e a credibilidade dos veículos 247 e da mídia digital independente”.
Tereza destaca o fato de profissionais de veículos independentes, como é o caso dela, de Attuch e outros mais, terem concorrido com colegas de veículos das grandes corporações de mídia do país, num sinal de que a Internet, apesar de seus efeitos colaterais, está proporcionando mais diversidade à paisagem midiática nacional.
<h3>A trajetória de Leonardo Attuch</h3>
Com uma carreira consolidada na imprensa brasileira, Leonardo Attuch iniciou sua trajetória em Brasília. Graduado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) em 1993, logo foi selecionado para o programa de jovens talentos do Estado de S. Paulo. Passou por veículos como Correio Braziliense, Veja, Exame, Estado de Minas e IstoÉ Dinheiro. Em 1997, tornou-se editor de Economia do Estado de Minas com apenas 25 anos. Em 2011, fundou o Brasil 247, consolidado como um dos principais veículos de imprensa com viés progressista do país. Em 2017, criou a TV 247, canal de vídeos no YouTube que reúne entrevistas, análises e debates sobre a política brasileira.
Com estas duas iniciativas, Attuch tornou-se um dos principais artífices da nova mídia digital independente e progressista, que atuou na resistência ao autoritarismo bolsonarista e apoiou a reconstrução nacional com Lula.
Nos últimos anos, Attuch ampliou sua atuação internacional. Em 2024, tornou-se colunista do portal chinês Guancha, onde escreve sobre política latino-americana e as relações Brasil–China. Em 2025, passou a publicar artigos também no portal argentino PIA Global, abordando geopolítica e os desafios do continente.
<h3>O legado de Tereza Cruvinel</h3>
Tereza Cruvinel, por sua vez, é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do Brasil. Nascida em 1956, no interior de Minas Gerais, formou-se em Jornalismo pela UnB, onde também concluiu mestrado em Comunicação Social. Sua trajetória começou nos anos 1980 e logo se destacou pelo olhar atento à política institucional e aos bastidores do poder.
Durante a ditadura Tereza militou no movimento estudantil e no grupo de resistência Convergência Socialista, viveu na clandestinidade e despertou para o jornalismo com o jornal alternativo Versus.
Após a democratização, trabalhou no Jornal de Brasília, Correio Braziliense e Jornal do Brasil. No O Globo, permaneceu por 24 anos, período em que se consolidou como uma das colunistas mais influentes do país. Em televisão atuou na Globonews, RedeTV e TV Brasil. Em 2007 deixou o grupo Globo para fundar a EBC a convite do presidente Lula, sedo sua primeira diretora-presidente. No Brasil 247, &nbsp;Cruvinel segue oferecendo seu olhar arguto, análises aprofundadas, críticas e sempre comprometidas com a democracia e a liberdade de expressão. Sua trajetória é marcada pelo engajamento, pela coerência ética e pela inteligência analítica, que continuam a inspirar leitores e profissionais da imprensa

Leonardo Attuch e Tereza Cruvinel estão entre os 100 jornalistas + admirados do Brasil

247 – O jornalista palestino Anas al-Sharif, de 28 anos, correspondente da emissora Al Jazeera na Faixa de Gaza, foi morto no domingo (10) em um ataque aéreo israelense direcionado contra a tenda onde trabalhava, em Gaza. A informação foi divulgada pela própria emissora, sediada no Catar.
Segundo a Al Jazeera, o ataque ocorreu poucos minutos após o repórter publicar, em sua conta no X (antigo Twitter), um vídeo e uma mensagem sobre a intensificação dos bombardeios na região. Sua última postagem dizia: "Bombardeamento incessante. Por duas horas, a agressão israelense sobre Gaza se intensificou".
<h3>Morte em ataque direcionado</h3>
O diretor do Hospital Al-Shifa, em Gaza City, confirmou que al-Sharif foi morto junto a outros quatro profissionais da emissora: o colega Muhammad Karika e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. A emissora classificou o caso como um ataque israelense direcionado, evidenciando a escalada de violência contra jornalistas que cobrem o genocídio na Palestina.
A morte do repórter provocou reação do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que denunciou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) vinham conduzindo uma "campanha difamatória" contra o profissional antes de sua execução.
<h3>Acusação sem provas</h3>
O Exército israelense divulgou um comunicado acusando al-Sharif de ser “um terrorista que se passava por jornalista da emissora qatariota Al Jazeera” e de liderar uma célula do Hamas. No entanto, Israel não apresentou qualquer evidência verificável para sustentar a acusação, reforçando a percepção de que a morte foi parte de uma política sistemática de silenciamento de vozes críticas e de intimidação à imprensa que denuncia crimes de guerra. O genocídio perpetrado pelo regime sionista de Israel já assassinou impunemente mais de 60 mil palestinos, sem qualquer reação efetiva da comunidade internacional.

Mundo

Saiba quem foi Anas al-Sharif, mártir da liberdade de expressão, assassinado por Israel

247 - A jornalista iraniana Sahar Emami foi homenageada nesta quinta-feira (31) com o Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar, em sua Chamada Especial de 2025, entregue pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A cerimônia aconteceu em Caracas e reconheceu a coragem de Emami por continuar transmitindo ao vivo durante um ataque aéreo israelense contra a sede da Organização de Radiodifusão da República Islâmica do Irã, ocorrido em 16 de junho.
Reportagem da Telesur aponta que o presidente venezuelano destacou que a premiação é uma homenagem não apenas à jornalista, mas a todo o povo iraniano e às mulheres do Sul Global. "Ao entregá-lo, estou concedendo-o ao povo heróico do Irã. Essa é a coragem das mulheres do Sul Global", afirmou Maduro, enaltecendo a firmeza de jornalistas que atuam sob fogo em zonas de conflito.
Sahar Emami, ainda abalada pelas memórias do ataque, relatou à Telesur como enfrentou a situação, mantendo a transmissão em meio ao caos: "O jornalismo no Irã é um elemento de resistência. Quando as explosões abalaram o prédio, não paramos de transmitir. Nossa tarefa era refletir a resistência do povo iraniano contra a agressão do regime sionista."
A repórter descreveu a tensão vivida durante o bombardeio: "Não tínhamos armas além de nossas câmeras, canetas e microfones. Mas isso foi o suficiente para incutir medo no inimigo. Eles atacaram não apenas um prédio, mas a verdade que estávamos contando."
Durante a entrevista, Emami denunciou a “guerra midiática multidimensional”, articulada por potências ocidentais com o objetivo de silenciar as vozes que denunciam os crimes cometidos contra o povo palestino. "A verdade é a principal vítima desta agressão. Enquanto Gaza está sendo bombardeada, a narrativa também está sendo bombardeada. E nós, a mídia livre, estamos aqui para combater isso", afirmou.
Ela também destacou a importância de veículos como Telesur,, Press TV e outras plataformas do Sul Global no enfrentamento do apagão informativo. "O que estamos vendo hoje — mobilizações nos EUA, Europa e América Latina — é resultado de pessoas mais avançadas do que seus governos. E isso se deve, em grande parte, ao trabalho de comunicadores que se recusam a ceder", declarou.
A jornalista fez um apelo por união internacional: "A voz unificada de todos os povos do mundo pode se opor às atrocidades do regime sionista. Não se trata apenas de falar abertamente, mas de nos unirmos, de unirmos nossas vozes e exigirmos justiça."
Crítica contundente ao papel das organizações multilaterais, Emami foi categórica ao dizer: "A ONU falhou com o povo palestino. Suas posições são fracas, muitas vezes limitadas a palavras vazias. Portanto, precisamos fortalecer uma voz que vá além das instituições burocráticas: a voz do povo."
Com palavras de reconhecimento e solidariedade, Emami valorizou o apoio da Venezuela e da Telesur, que celebrou 20 anos de atuação em julho. “Colocar a câmera onde ninguém mais ousou” foi, segundo ela, uma das grandes contribuições da emissora à luta por uma comunicação comprometida com os oprimidos.
Em sua fala de agradecimento, dirigiu-se especialmente aos jovens comunicadores: "Vocês são seres humanos eficazes, tanto diante das câmeras quanto fora delas. Continuem fortalecendo a consciência global sobre a liberdade e a verdade."
Também destacou a relevância das mulheres nas lutas de resistência, tanto no Irã quanto na Palestina. “As mulheres são pioneiras na luta. Mães que perdem seus filhos, apresentadoras que fazem reportagens sob pressão, cientistas que avançam apesar das sanções. O Ocidente tenta distorcer a imagem delas, mas não conseguirá esconder sua força.”
Quando questionada sobre seu maior sonho, Emami respondeu com serenidade: “Paz para todos os povos do mundo. Fim da agressão, da opressão e das sanções unilaterais. Que todo ser humano viva em liberdade, segurança e tranquilidade.”
A entrega do Prêmio Simón Bolívar reforça o papel da Venezuela como defensora do jornalismo ético e comprometido com as lutas dos povos. Em tempos de conflito e manipulação midiática, o reconhecimento a Sahar Emami envia uma mensagem clara: a resistência informativa continua viva e tem rosto, nome e voz.
Em suas palavras finais, Emami reafirmou sua convicção: "A verdade não tem preço. Faz parte de uma resistência incansável, com humanismo e justiça."

José Reinaldo

Maduro homenageia jornalista iraniana que desafiou Israel em programa de TV ao vivo

Xinhua - O Fórum de Mídia e Think Tanks do BRICS, realizado esta semana no Rio de Janeiro, reuniu vozes de todo o Sul Global para, em conjunto, remodelar o sistema de narrativas e ampliar a representação dos países em desenvolvimento nos assuntos internacionais.
O evento serviu como um encontro fundamental para mais de 250 delegados de veículos de mídia, centros de pesquisa, instituições governamentais e empresas representando 36 países, incluindo os membros do BRICS, nações parceiras e organizações regionais.
Com base no amplo consenso entre os participantes, o fórum abordou uma série de temas críticos sob o lema “BRICS Unidos: Forjando um Novo Capítulo para o Sul Global”. As discussões focaram no papel do BRICS na liderança do desenvolvimento do Sul Global, na construção de um novo futuro digital e na amplificação da voz do Sul Global no cenário internacional.
Construindo um futuro digital compartilhado - Uma iniciativa voltada para a cooperação e desenvolvimento da inteligência artificial (IA) foi lançada durante o fórum, após amplas discussões entre os participantes sobre os papéis e responsabilidades da mídia e dos think tanks na promoção da colaboração em IA, na formulação de estruturas de governança e no estabelecimento de padrões técnicos para o Sul Global.
Destacando o impulso significativo da IA na comunicação global, na cooperação industrial e na troca de conhecimento, a iniciativa ressaltou que os meios de comunicação e os centros de pesquisa do BRICS, como uma comunidade de sabedoria coletiva entre os mercados emergentes e países em desenvolvimento, devem fundamentar seus esforços nas realidades do Sul Global. Ela defendeu o fomento de uma abordagem colaborativa em pesquisa e desenvolvimento, padronização e governança, para garantir que os benefícios da IA sejam compartilhados globalmente.
Embora a IA tenha grande potencial para melhorar a qualidade de vida em todo o mundo, o entusiasmo por seus benefícios não deve ofuscar os riscos potenciais decorrentes do uso intencional ou não intencional de suas aplicações, afirmou Edson Prestes e Silva Junior, professor titular do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.
“Portanto, precisamos fortalecer a colaboração entre nossos países e entre os diferentes segmentos de nossas sociedades, e é exatamente isso que estamos fazendo agora”, disse ele durante o fórum. “Só assim poderemos tornar o domínio da IA benéfico para nossas sociedades, agora e no futuro”.
Moldando a governança global - Em um mundo marcado por tensões geopolíticas, desigualdades persistentes e a necessidade urgente de uma governança global mais representativa, o grupo BRICS surgiu como uma plataforma essencial para o engajamento com economias em ascensão, afirmou Luis Rene Fernandez Tabio, professor titular do Centro de Pesquisas Econômicas Internacionais da Universidade de Havana, Cuba.
Reforçando essa visão, Jose Juan Sanchez, chefe do provedor brasileiro de informações financeiras e agrícolas CMA Group, disse que, apesar das diferenças políticas e econômicas, os países do BRICS compartilham algumas vantagens estratégicas que podem ser aproveitadas para promover o desenvolvimento do Sul Global e ampliar sua influência nos assuntos globais.
Segundo Sanchez, os países do BRICS possuem forte poder econômico, abundantes recursos naturais, experiência em desenvolvimento e capacidade de financiamento, o que os posiciona como líderes naturais no apoio ao Sul Global. Ele acrescentou que, ao atuarem coletivamente e promoverem a cooperação, os BRICS podem remodelar a ordem global para torná-la mais multipolar, inclusiva e justa.
Ali Muhammad Ali, diretor-gerente da Agência de Notícias da Nigéria, afirmou que o BRICS “não é apenas um agrupamento de economias emergentes; somos uma força a ser reconhecida, e nossa influência cresce a cada dia.”
“Para a Nigéria, entrar no BRICS é uma escolha óbvia. Estamos estrategicamente posicionados na África e estamos ansiosos para remodelar a governança global, desafiar instituições dominadas pelo Ocidente e impulsionar reformas sistêmicas”, acrescentou ele.
Amplificando a voz do Sul Global - “Estamos vivendo uma era de transformações — uma em que as dinâmicas de poder global estão mudando, e as vozes negligenciadas do Sul Global estão finalmente ganhando clareza, força e reconhecimento”, afirmou Wong Chun Wai, presidente da Agência Nacional de Notícias da Malásia.
Wong destacou que o BRICS oferece uma voz alternativa — uma que defende a multipolaridade, a soberania e a justiça na governança global. “A ascensão do BRICS não é um fenômeno isolado. É parte de um despertar mais amplo do Sul Global, que está se afirmando como uma força central nos assuntos internacionais.”
Mikhail Gusman, primeiro vice-diretor-geral da agência TASS, afirmou que a mídia global enfrenta desafios sem precedentes: um dilúvio de desinformação, revisionismo histórico e disrupções tecnológicas que corroem os próprios fundamentos da verdade.
Como uma aliança dinâmica que incorpora a voz das economias emergentes e da diversidade civilizacional, o BRICS desempenha um papel decisivo na promoção do objetivo de fortalecer uma ordem internacional justa, multipolar e baseada em regras, acrescentou Gusman.
A voz do BRICS é “forte e clara”, afirmou Ali, diretor-gerente da Agência de Notícias da Nigéria, que observou que ela representa uma influência crescente além do Sul Global e está moldando a governança global, o desenvolvimento econômico e as relações internacionais.
“Visualizamos um Sul Global próspero e um mundo mais justo e equitativo”, concluiu ele.

Presidente da Xinhua, Fu Hua, com convidados do Fórum de Mídia e Think Tank do BRICS no Rio de Janeiro

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