Oposição bolsonarista falha em reunir apoio para suspender recesso no Congresso
Grupo liderado pelo PL não alcança maioria exigida para interromper recesso parlamentar e discutir o impeachment de Alexandre de Moraes
247 - A articulação da oposição para interromper o recesso parlamentar e viabilizar a tramitação de pedidos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não avançou por falta de apoio suficiente na Câmara dos Deputados e no Senado. Até o momento, o movimento não conseguiu reunir a maioria exigida para a convocação de sessões durante o período de folga legislativa. Segundo a coluna da jornalista Basília Rodrigues, do SBT News, na Câmara seriam necessários pelo menos 257 deputados, mas apenas cerca de 120 parlamentares manifestaram interesse na iniciativa em um grupo de mensagens da oposição.
Falta de maioria impede avanço da ofensiva
Mesmo com o anúncio de lideranças oposicionistas, sobretudo do PL, de que pretendiam encerrar o recesso, a movimentação não prospera sem o apoio do comando do Congresso ou da maioria das bancadas. Parlamentares da oposição desembarcam em Brasília nesta segunda-feira (30), mas não estão autorizados a realizar sessões ou votações.
No Senado, a mobilização é coordenada pelo senador Magno Malta (PL-ES). Na Câmara, o líder da oposição, Cabo Gilberto Silva (PL-PB), afirma que a estratégia passa por ampliar a pressão política sobre os parlamentares.
“Vamos fazer pressão política. Nem todos parlamentares têm coragem de se expressar. Mas estaremos lá. Eles têm medo de falar e estar com a Polícia Federal no outro dia na porta de casa. A democracia brasileira está em coma, respirando por aparelhos. Motta não pode ir contra a maioria da casa”, declarou à coluna.
Pressão política não garante sessões no recesso
O texto lembra que, durante o recesso parlamentar de julho, a oposição já havia tentado interromper a folga dos parlamentares, mesmo sem reunir os apoios necessários. Na ocasião, a presença de Jair Bolsonaro (PL) atraiu atenção, com registros em fotos e vídeos que circularam nas redes sociais, apesar de ele estar proibido de se comunicar direta ou indiretamente pela internet.
Na ocasião, o ministro do STF Alexandre de Moraes entendeu que o episódio configurou uma “irregularidade isolada” e manteve Bolsonaro em liberdade, com a ressalva de que as medidas cautelares não poderiam ser descumpridas, o que acabou ocorrendo posteriormente, em agosto.



