8 de janeiro: Motta nega golpe e diz buscar "saída" para anistia que agrade a PT e PL
Novo presidente da Câmara sinalizou que o projeto de anistia será tratado com cautela e destacou a necessidade de diálogo com o Judiciário
247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 como uma "agressão inimaginável" às instituições, mas negou que tenham sido uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista a uma rádio da Paraíba, repercutida pela Folha de S. Paulo, Motta afirmou que os atos foram cometidos por "vândalos e baderneiros" inconformados com o resultado das eleições, e não por um grupo organizado com apoio de instituições como as Forças Armadas.
A declaração de Motta contrasta com a posição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, que considera os ataques uma tentativa de golpe. Enquanto isso, políticos bolsonaristas têm buscado minimizar a gravidade dos atos, classificando-os como vandalismo e criticando as penas aplicadas pelo STF.
O presidente da Câmara afirmou que há "um certo desequilíbrio" nas penas aplicadas pelo STF, citando o caso de uma pessoa que teria recebido 17 anos de prisão sem ter cometido atos de grande gravidade.
Debate sobre anistia e tensão entre os Poderes - Motta também comentou o projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos ataques, um tema que gera tensão entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
"Precisamos punir quem depredou o patrimônio público, mas sem exageros", disse Motta, sinalizando que o projeto de anistia será tratado com cautela. Ele destacou a necessidade de diálogo com o Judiciário para "encontrar uma saída" e evitar conflitos entre os Poderes.
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