247 – O banqueiro André Esteves, controlador do BTG Pactual, atuou diretamente junto a integrantes da Casa Branca para viabilizar a suspensão das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e também a retirada das sanções aplicadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. As informações foram reveladas pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/12/banqueiro-andre-esteves-se-reuniu-com-governo-trump-e-pediu-fim-de-tarifas-e-sancoes.shtml">colunista Mônica Bergamo</a>, da Folha de S.Paulo, que detalhou a interlocução do banqueiro com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a coluna, Esteves se reuniu no dia 18 de novembro, uma terça-feira, com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent. Na conversa, o banqueiro abordou o tarifaço imposto a produtos brasileiros e alertou para seus efeitos negativos não apenas sobre o Brasil, mas também sobre a economia norte-americana. De acordo com relatos feitos à coluna, Esteves afirmou a Bessent que as tarifas encareciam produtos importados e pressionavam a inflação nos Estados Unidos, afetando diretamente o consumidor local. Dois dias após a reunião, na quinta-feira seguinte, dia 20, Donald Trump anunciou a suspensão das tarifas. Já nesta sexta-feira (12), o governo norte-americano retirou Alexandre de Moraes da lista de indivíduos sancionados com base na Lei Magnitsky. <h2>Risco sistêmico</h2> Ainda segundo a coluna, Esteves afirmou ao secretário do Tesouro que o Brasil vive um cenário de normalidade institucional e chamou atenção para os riscos sistêmicos que as sanções poderiam gerar ao sistema financeiro. Bancos brasileiros com operações nos Estados Unidos estariam obrigados a cumprir a Lei Magnitsky, que se aplica a empresas que transacionam em território norte-americano. Essas instituições, no entanto, enfrentariam um impasse jurídico e institucional, já que não poderiam simplesmente encerrar contas de um ministro da Suprema Corte brasileira sem entrar em conflito direto com o STF. Após os encontros, o banqueiro relatou o conteúdo das conversas ao presidente Lula, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministros do Supremo Tribunal Federal, segundo a coluna. Entre as explicações levantadas para a mudança de posição do governo norte-americano está justamente o impacto inflacionário das tarifas sobre produtos brasileiros, que acabavam por elevar os preços ao consumidor nos Estados Unidos, além do risco de tensionamento institucional e financeiro envolvendo o Brasil.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20251213101244_0279377005d59b82a233bf889bbdee79f4951df97e896efd94611faba473bdf7.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="20251213101244_0279377005d59b82a233bf889bbdee79f4951df97e896efd94611faba473bdf7" data-rendition-name="original" width="935" height="1280" loading="lazy" alt="Lula-André-Esteves-Ricardo Lewandowski"><figcaption>Lula, André Esteves e Ricardo Lewandowski(Photo: Ricardo Stuckert)Ricardo Stuckert</figcaption></figure>

Redação Brasil 247

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Economia

Esteves, do BTG, costurou a queda do tarifaço e da Magnitsky com integrantes da Casa Branca

247 - O BTG Pactual anunciou uma nova movimentação que expande de forma significativa sua atuação no agronegócio brasileiro ao firmar uma parceria estratégica com a gestora Ceres Investimentos. O acordo prevê a possibilidade de o banco adquirir até 49,9% da plataforma especializada, condicionado à aprovação dos órgãos reguladores. As informações são do <a href="https://brazilstockguide.com/insights/btg-pactual-ceres-agribusiness-deal/">Brazil Stock Guide</a>.
A operação consolida o braço agro da BTG Pactual Asset Management, elevando seu portfólio combinado para R$ 7 bilhões e fortalecendo sua presença em algumas das principais regiões produtoras do país.
A parceria amplia escala, capacidade tecnológica e capilaridade regional nas frentes de crédito rural, derivativos, câmbio e estruturas de trade finance, com mais de 190 profissionais dedicados ao atendimento de operações ligadas ao agronegócio. O movimento posiciona o banco de forma ainda mais sólida em áreas de forte expansão, como o Triângulo Mineiro, o Centro-Oeste e o interior paulista.
Roberto Sallouti destacou que a união com a Ceres representa um passo decisivo para o avanço no setor. “Nós vimos na Ceres a oportunidade de nos tornarmos um dos principais provedores de soluções financeiras integradas para o agronegócio brasileiro”, afirmou. “Essa parceria reforça nossa estratégia de crescer no agro com escala, profundidade regional e proximidade com todos os elos da cadeia de valor.”
Criada em 2019, a Ceres se tornou uma referência em originação de ativos agro, acumulando mais de R$ 6 bilhões em operações e mantendo índices de inadimplência inferiores a 1%. Sua base de clientes passou de 23 para 382 em seis anos, com avanço de 58% no número de clientes ativos somente em 2024.
A companhia atua em diversas frentes, como CRAs, FIDCs, operações de sale and leaseback de ativos logísticos, desenvolvimento de terras, fundos setoriais — como o Ceres Confina — e estruturas de trade finance. À frente do projeto está o fundador Guilherme Cunha, especialista em crédito estruturado e profundo conhecedor dos principais corredores do agronegócio no Centro-Oeste, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo.
Segundo Cunha, o conhecimento acumulado ao longo dos anos é o que orienta o desenvolvimento de soluções financeiras adaptadas ao ciclo produtivo e às necessidades dos produtores. “Ao longo dos anos, construímos um conhecimento profundo sobre culturas, cadeias produtivas e ciclos agrícolas, o que sempre guiou nossa forma de desenhar soluções”, afirmou. “Agora queremos acelerar nossa expansão nacional e continuar desenvolvendo soluções sofisticadas e personalizadas para o agronegócio brasileiro. Com todo o seu poder de atuação, o BTG Pactual é o parceiro ideal para essa nova etapa.”

Negócios

BTG Pactual amplia atuação no agronegócio com parceria estratégica com a Ceres

247 - A BTG Pactual Asset Management apresentou, nesta quinta-feira (27), um novo fundo que reúne empréstimos concedidos a grandes empresas e os disponibiliza para investidores no mercado brasileiro. A novidade chega em um momento de forte crescimento dos fundos negociados em bolsa no país, ampliando as opções de produtos de renda fixa estruturada.
Segundo informações originalmente publicadas pelo Valor Econômico, o BTG lançou o fundo CLOB11 em parceria com a Janus Henderson, uma das maiores gestoras globais de investimentos desse tipo. A empresa administra mais de US$ 484 bilhões em ativos e possui longa experiência em produtos baseados na securitização de crédito.
Esse tipo de fundo funciona a partir da reunião de pagamentos de empréstimos corporativos em um único pacote, que é dividido em diferentes níveis de risco e retorno. Na prática, ele permite que investidores tenham acesso a um conjunto de créditos que antes ficava restrito a grandes instituições financeiras. Ao apresentar o produto, o CEO da BTG Pactual Asset, Rubens Henriques, explicou: “Os CLOs são instrumentos financeiros estruturados de crédito corporativo, com histórico e retornos consistentes ao longo de diferentes ciclos econômicos.”
O BTG informou que a versão internacional do fundo, sediada nas Ilhas Cayman, já está disponível. A versão brasileira, negociada em bolsa, está em fase final de oferta e terá liquidação no dia 15 de dezembro. O produto poderá ser adquirido tanto por investidores qualificados quanto pelo público geral por meio das plataformas digitais do banco e de outras corretoras.
O lançamento reforça a expansão da área de fundos da BTG Pactual Asset. Somente em 2025, a gestora captou mais de R$ 7 bilhões e superou R$ 8,5 bilhões em patrimônio administrado. Ao longo do ano, a empresa lançou 18 novos produtos, totalizando 28 fundos ativos. O mais recente havia sido o GOLB11, voltado para investimentos em ouro.

Luis Mauro Filho

BTG Pactual lança fundo que reúne empréstimos de grandes empresas para investidores

247 – Falando no Global Investors’ Symposium São Paulo 2025, organizado pelo Instituto Milken, o banqueiro André Esteves, sócio sênior e presidente do BTG Pactual, afirmou que o Brasil possui uma “combinação rara” de estabilidade institucional, energia limpa e relevância diplomática. A notícia foi publicada pelo Brazil Stock Guide.
<blockquote>&nbsp;“Se jogarmos bem, o Brasil pode ser um vencedor neste mundo menos multilateral”, declarou Esteves, ao analisar o cenário econômico global e as transformações nos fluxos de capitais.</blockquote>
<h3>Fim do “excepcionalismo americano” e nova configuração global</h3>
O banqueiro avaliou que os mercados estão sendo reconfigurados após o fim do chamado ‘excepcionalismo americano’, período em que os Estados Unidos atraíram investimentos por causa da liquidez, inovação e políticas pró-mercado. “Agora enfrentam maior volatilidade e concentração”, observou.
Segundo Esteves, esse novo contexto beneficia as economias emergentes. “As ações de mercados emergentes estão superando a economia real dos EUA”, disse.
<h2>O ciclo econômico da inteligência artificial</h2>
Ele destacou também a nova onda de investimentos em inteligência artificial, estimada em US$ 350 bilhões em 2025, como motor de um novo ciclo global.
<blockquote>&nbsp;“Estamos vivendo um ‘Covid por ano’ em termos de volume de investimento”, comparou, referindo-se ao enorme gasto das grandes empresas de tecnologia.</blockquote>
<h2>Para ele, os ganhos de produtividade serão rápidos e amplos: “O Brasil terá a mesma chance de capturar eficiência que os EUA, a França ou a China.”</h2>
<h2>Energia limpa e papel estratégico do Brasil</h2>
Esteves afirmou que o Brasil deve apostar em suas vantagens estruturais, como a matriz energética 85% renovável e a capacidade de se tornar um polo digital e energético.
<blockquote>&nbsp;“Não faz sentido tentar construir fábricas de chips aqui. Nossa vantagem é energia barata, limpa e uma rede sofisticada”, disse.</blockquote>
Ele elogiou a política de isenção tarifária para data centers, que considera um passo para tornar o país competitivo frente a regiões como Virgínia, Texas ou Europa.
Na diplomacia, o banqueiro destacou a neutralidade brasileira como ativo estratégico:
<blockquote>&nbsp;“Somos uma nação amiga, com boas relações com os EUA, Europa, China e Oriente Médio. Temos o poder brando dos recursos naturais e da paz. Se mantivermos o equilíbrio, podemos ganhar espaço neste mundo polarizado.”</blockquote>
<h2>Coordenação fiscal e monetária</h2>
Ao abordar a política doméstica, André Esteves defendeu maior coordenação entre as políticas fiscal e monetária.
<blockquote>&nbsp;“É como dirigir com um pé no acelerador e outro no freio”, afirmou.</blockquote>
Ele acredita ser possível realizar um ajuste fiscal de até 2% do PIB sem prejudicar programas sociais, ressaltando que “a economia está funcionando e depende só de nós”.
O banqueiro também apontou o baixo desemprego como sinal de que há espaço para revisar mecanismos automáticos de aumento de benefícios.
<blockquote>&nbsp;“Temos uma política de salário mínimo com ganhos reais e um sistema previdenciário que cresce 2,5% ao ano. Nem as social-democracias europeias têm isso.”</blockquote>
<h2>Reformas microeconômicas e incentivo à produtividade</h2>
Defensor do Bolsa Família, que chamou de “ideia brilhante”, Esteves ponderou que o programa se expandiu além do necessário.
<blockquote>&nbsp;“Nossa rede de bem-estar social hoje é maior que a da França ou da Suécia”, observou.</blockquote>
Ele defendeu que beneficiários de programas de baixa produtividade sejam incentivados a ingressar no mercado formal, ampliando a base tributária e reforçando a dignidade do trabalho.
Para o futuro, o foco deve ser reformas microeconômicas e simplificação regulatória.
<blockquote>&nbsp;“Não deveria levar um ano para abrir uma pizzaria em uma grande cidade brasileira”, ironizou.</blockquote>
<h2>Crescimento baseado em produtividade</h2>
Na visão de Esteves, a disciplina fiscal deve ser o pilar macroeconômico, enquanto o avanço microeconômico deve vir de uma agenda pró-negócios, com menos burocracia, mais competição e estabilidade regulatória.
<blockquote>&nbsp;“A disciplina fiscal é o pilar macro. No lado micro, precisamos de uma agenda pró-empresa. O resto virá naturalmente”, concluiu.</blockquote>

André Esteves diz que Brasil pode ser vencedor em um mundo menos multilateral

247 - Dois dos principais bancos de investimento do país, BTG Pactual e XP Investimentos, publicaram relatórios sobre a Hidrovias do Brasil (HBSA3), divulgados nesta terça-feira (23).&nbsp;
Ambos apontam que, após um 2024 de forte estresse operacional e financeiro, a companhia entrou em uma nova fase em 2025, marcada pela reestruturação da dívida, maior disciplina de capital e projetos de expansão no Corredor Norte.
<h3>Ultrapar assume o comando e reforça governança</h3>
A Ultrapar, que assumiu o controle da Hidrovias do Brasil em 2025, foi peça-chave na recuperação da confiança do mercado. O grupo capitalizou a companhia em R$ 1,2 bilhão, elevando sua participação para 55% e implementou mudanças estratégicas, como a venda da operação de cabotagem por R$ 715 milhões.
A governança também passou por ajustes. Décio Amaral, executivo de longa trajetória na Ultrapar, substituiu Fabio Schettino na presidência da HBSA em junho. O conselho de administração e a diretoria passaram a ser majoritariamente compostos por executivos da controladora, reforçando alinhamento estratégico de longo prazo.
<h3>Dívida em queda e foco na eficiência</h3>
Os relatórios destacam o forte avanço na desalavancagem. Segundo a XP, a dívida líquida/EBITDA deve cair de 7,5 vezes em 2024 para 2,7 vezes em 2025, apoiada pelo aumento do EBITDA e pela valorização do real. O BTG projeta uma relação ainda menor, de 1,9 vez em 2026.
Além da redução da dívida em dólar — de 83% para 23% no segundo trimestre de 2025 —, a empresa alongou prazos de amortização e reduziu o custo médio de capital. Esse movimento confere maior previsibilidade aos resultados financeiros e garante fôlego para novos investimentos.
<h3>Expansão modular no Corredor Norte e dragagem no Sul</h3>
O plano de crescimento segue a lógica de projetos modulares de baixo capex, preservando a solidez do balanço. No Corredor Norte, estão em andamento um guindaste basculante flutuante no ETC Miritituba, com investimento de R$ 94 milhões e entrega prevista para o segundo semestre de 2026, e um guindaste flutuante no TUP Barcarena, com aporte de R$ 80 milhões e conclusão no primeiro semestre do mesmo ano. Ambos devem acrescentar, cada um, 1,5 milhão de toneladas de capacidade por ano.
Paralelamente, a companhia conduz o projeto Dobra TUP, em fase final de licenciamento, que prevê duplicar a capacidade do terminal de Barcarena, dobrando a infraestrutura instalada. Já no Corredor Sul, os esforços de dragagem realizados em parceria com os governos do Brasil e do Paraguai vêm melhorando as condições de navegabilidade, assegurando calado mínimo mesmo em períodos de seca severa. A XP projeta um aumento de 42% no EBITDA do Sul em 2025, reflexo dessas condições mais favoráveis.
<h3>Projeções financeiras e recomendação</h3>
Ambos os relatórios convergem em relação à perspectiva de crescimento. O BTG Pactual estima receita líquida de R$ 2,2 bilhões em 2025 e R$ 2,3 bilhões em 2026, com EBITDA de R$ 981 milhões e R$ 1,1 bilhão, respectivamente. Já a XP revisou para cima suas estimativas no Corredor Norte a partir de 2027, incorporando ganhos da capacidade modular.
Apesar da forte recuperação recente na bolsa, os analistas entendem que há espaço para valorização adicional. A taxa interna de retorno projetada gira em torno de 13% ao ano, nível considerado atrativo quando comparado aos títulos públicos de longo prazo.

Embarcação da companhia Hidrovias do Brasil

Brasil

Hidrovias do Brasil acelera desalavancagem e projeta expansão modular até 2026

247 – Um novo acordo de acionistas envolvendo Rubens Ometto, BTG Pactual e Perfin pode redesenhar o futuro da Cosan. Segundo informações do Pipeline Valor (<a href="https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/btg-pode-tomar-controle-da-cosan-em-seis-anos.ghtml" target="_new">leia aqui</a>), o empresário que atualmente detém o comando da companhia garantirá maioria no bloco de controle pelos próximos seis anos, mas esse cenário poderá mudar depois desse período.
O BTG Pactual, que ao final da capitalização será o maior acionista da Cosan, não atrelará todas as suas ações ao acordo de controle neste primeiro momento. Isso assegura a Rubens Ometto 50,01% do bloco controlador. Entretanto, após seis anos, tanto o BTG quanto a Perfin terão a possibilidade de incluir mais papéis da Cosan no acordo, o que pode alterar significativamente a governança da empresa. Nesse caso, Ometto — ou seus herdeiros — manteria uma posição inicial de co-controle, mas não teria mais a predominância absoluta.
<h2>Estrutura do investimento</h2>
Durante o call com investidores realizado pela Cosan, Renato Mazzola, sócio do BTG responsável pela área de infraestrutura e private equity, explicou os detalhes da operação. Ele destacou que o aporte está sendo feito tanto pela holding dos sócios controladores do banco quanto por fundos geridos pela asset do BTG. A estratégia reforça o interesse do banco em ampliar sua presença no setor de energia e infraestrutura.
<h2>Permanência de Ometto</h2>
Apesar da possibilidade de mudança futura no equilíbrio acionário, Rubens Ometto seguirá à frente da Cosan. O acordo prevê que ele mantenha a posição de chairman da companhia até os 81 anos, consolidando sua liderança na transição para um novo arranjo societário.
A operação é considerada um marco para o mercado de capitais brasileiro, pois evidencia o crescente protagonismo do BTG em grandes grupos empresariais, ao mesmo tempo em que preserva o papel de Ometto como figura central na trajetória da Cosan.

BTG pode assumir o controle da Cosan em seis anos

247 - Em agosto, o banqueiro André Esteves foi alvo de uma fake news publicada pelo site PlatôBR, que lhe atribuiu uma suposta declaração de que o Brasil, sob o atual governo, teria se tornado "uninvestable" (ou "não investível"). Mas, como já dizia Mao Zedong, a prática é o critério da verdade — e a resposta concreta veio nesta segunda-feira (22).
Em uma aposta de peso no setor mais estratégico da economia — energia limpa e infraestrutura —, o BTG Pactual firmou um acordo com o conglomerado Cosan e outros investidores-âncora para estruturar duas ofertas públicas primárias de ações. Os investidores-âncora se comprometeram a subscrever o valor-base total. O BTG Pactual e a Perfin (que tem 35% das ações em poder do BTG) vão ancorar um aumento de capital de R$ 10 bilhões na Cosan.
Segundo comunicado da empresa, os recursos provenientes de ambas as ofertas serão utilizados exclusivamente para renegociar e quitar dívidas financeiras, com o objetivo de reduzir a alavancagem e restaurar a flexibilidade financeira do grupo. A entrada de novos sócios também abre espaço para que a Cosan tenha mais tempo para realizar desinvestimentos de maneira mais qualificada.
A operação prevê uma capitalização de R$ 10 bilhões em duas ofertas de ações. A primeira, ancorada por um consórcio de investidores composto pela Aguassanta — veículo do controlador da Cosan, Rubens Ometto —, BTG Pactual Holding e Perfin Infra, totaliza R$ 7,25 bilhões, ao preço de R$ 5 por ação. A segunda e última oferta, vinculada à primeira, terá sua precificação definida em 11 de novembro.
“É um privilégio para o BTG se tornar sócio do Rubens nesta coleção de ativos de classe mundial e irreplicáveis que ele construiu ao longo dos últimos anos consolidando setores, desbravando novas tecnologias e formando gente,” disse Esteves ao Brazil Journal. “A Cosan tem uma história gloriosa, e vamos contribuir com disciplina financeira para que ela tenha um futuro melhor ainda".&nbsp;

BTG aposta alto no setor mais estratégico da economia: energia limpa e infraestrutura

247 - A Eletrobras e a Eneva surgem como as principais vencedoras diante do atual cenário de preços de energia elétrica no mercado brasileiro de curto prazo. A avaliação foi publicada em reportagem da Reuters.
Um relatório do BTG Pactual aponta que as mudanças regulatórias recentes, implementadas por órgãos do setor, aumentaram a volatilidade e a sustentação dos preços spot, beneficiando companhias preparadas para lidar com essa dinâmica. O banco destaca que ajustes na metodologia de cálculo do preço da energia — incluindo maior cautela em cenários de hidrologia crítica — tornaram o mercado mais sensível e sujeito a oscilações diárias. Enquanto os contratos de longo prazo seguem pressionados pela sobreoferta, sobretudo da expansão solar, o curto prazo abre espaço para geradoras com perfil flexível e capacidade de operar na lógica merchant, ou seja, comercializando energia sem contratos fixos.
<h3>Empresas aptas ao modelo “merchant”</h3>
Segundo os analistas Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Schutz, “os vencedores a longo prazo neste cenário volátil são aqueles que sabem como lidar com isso e aqueles com ativos que devem ajudar a estabilizar o sistema energético do país”.
Eles ressaltam que nem todas as companhias têm condições de explorar esse modelo de negócios, mas a Eletrobras e a Eneva possuem características que as diferenciam. “Nem todos podem optar pela opção de ‘tornar-se merchant’ no trade-off de venda de energia. A Eletrobras pode. Nem todos os players têm expertise, projetos e gestão para adicionar capacidade térmica ao sistema. A Eneva tem”, afirmam.
<h3>Projeções financeiras do BTG</h3>
O relatório do BTG Pactual ainda calcula que, se os preços médios de energia alcançarem R$ 200/MWh nos próximos cinco anos e meio, a Eletrobras pode atingir um dividend yield anual de 18%, em média. Já no caso da Eneva, o valor justo de suas ações poderia subir cerca de 18% — equivalente a R$ 3 por papel — caso obtenha uma fatia significativa no leilão de capacidade previsto pelo governo para 2026.
A análise sinaliza que, em um ambiente de maior instabilidade de preços no curto prazo, as empresas capazes de se adaptar ao mercado e oferecer flexibilidade ao sistema elétrico nacional tendem a capturar ganhos relevantes nos próximos anos.

Torre de transmissão de energia
11/10/2021


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Eletrobras e Eneva ganham com volatilidade no mercado de curto prazo

247 - A Brava Energia teve seu preço-alvo revisto pelo BTG Pactual de R$ 28 para R$ 27 por ação, em relatório publicado em 12 de setembro de 2025, mas a recomendação de compra foi mantida. As informações são do Brazil Stock Guide.
O banco ressaltou que a companhia vem entregando resultados consistentes, com medidas de antecipação de recebíveis, pré-pagamentos e operações de refinanciamento que aceleraram a redução da dívida líquida.
Segundo a análise, a empresa deve seguir em trajetória firme de desalavancagem nos próximos dois trimestres, sustentando o momento positivo. Ainda assim, o BTG observa que a tese de investimento permanece vulnerável às oscilações do preço do petróleo, mesmo com o programa de hedge ativo que cobre parte relevante da produção.
<h3>Operações robustas em Atlanta e Papa Terra</h3>
O campo de Atlanta continua a se consolidar como o principal gerador de caixa da Brava, registrando eficiência acima de 90% em 2025. O desempenho confirma a força da operação, embora as taxas de declínio natural da produção sigam como ponto de atenção.
Já em Papa Terra, o plano estratégico será implementado em três fases: a primeira voltada à eficiência e redução de custos; a segunda, prevista para 2026, inclui a perfuração de dois novos poços, com projeção de elevar a produção para a faixa de 30 a 35 mil barris por dia. No onshore, os investimentos foram reorientados para recuperação secundária, eficiência em perfuração e aumento do fator de recuperação, o que pode adicionar cerca de 100 milhões de barris às reservas atuais.
<h3>Hedge como alicerce do fluxo de caixa</h3>
A companhia mantém um programa contínuo de hedge de 18 meses, que cobre cerca de 40% da produção no primeiro semestre, 20% no segundo e 10% no último período. Estão protegidos aproximadamente 10 milhões de barris até meados de 2026, a um preço médio de US$ 63 o barril.
A administração definiu como meta reduzir o custo de equilíbrio para US$ 50 por barril até 2026, com flexibilidade para ajustes no capex das operações terrestres e no mid/downstream. Essa disciplina, combinada à eficiência operacional e ao hedge, sustenta a resiliência do fluxo de caixa e a estratégia de desalavancagem.
<h3>Perspectivas financeiras e retorno ao acionista</h3>
As estimativas do BTG projetam receita de US$ 2,3 bilhões em 2025, com EBITDA ajustado de US$ 990 milhões e lucro líquido de US$ 394 milhões. Para 2026, a previsão é de receita próxima de US$ 2,2 bilhões, EBITDA de US$ 1,03 bilhão e lucro líquido de US$ 265 milhões.
O banco avalia que a geração de caixa para o acionista deve ser neutra em 2026 caso o petróleo se mantenha na casa dos US$ 65 por barril. A partir de 2027, entretanto, a expectativa é de maior visibilidade e de dividend yield que pode chegar a 17,6%, refletindo o fortalecimento do balanço e a eficiência operacional da companhia.

Dívida em queda e produção em alta fortalecem a estratégia da Brava Energia, aponta BTG

247 - A International Finance Corporation (IFC) e o BTG Pactual anunciaram uma parceria estratégica para "impulsionar sustentabilidade e desenvolvimento" no Brasil e na América Latina, com a meta de mobilizar até US$ 1 bilhão em investimentos conjuntos até o final de 2028. A parceria visa alavancar recursos e expertise para promover iniciativas que beneficiem o meio ambiente e o desenvolvimento social da região, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira.
De acordo com a parceria, o BTG Pactual será responsável por identificar oportunidades de cofinanciamento, participação acionária e investimentos em fundos. A IFC, por sua vez, trará suas soluções financeiras e técnicas para garantir que os recursos sejam direcionados de maneira eficaz e eficiente. Os investimentos previstos incluem projetos focados na bioeconomia da Amazônia, desenvolvimento social e ambiental, além de iniciativas em infraestrutura e empresas de private equity.
Em declarações no comunicado, Roberto Sallouti, presidente-executivo do BTG Pactual, destacou a importância de um uso criterioso dos recursos: "A alocação desses recursos será feita com cuidado, aderindo a critérios técnicos e financeiros, para que os investimentos a serem disponibilizados pela IFC sejam utilizados para promover as mudanças de que precisamos para uma economia mais sustentável". Sallouti sublinhou que os investimentos devem ter um impacto positivo nas transformações necessárias para um futuro mais sustentável.
Alfonso García Mora, vice-presidente regional da IFC para Europa, América Latina e Caribe, reforçou a importância do setor privado no avanço da agenda climática: "O setor privado pode e deve ser um ator fundamental no avanço da agenda climática e na condução de iniciativas transformadoras que melhorem vidas e promovam o crescimento econômico", afirmou Mora.

IFC e BTG Pactual firmam parceria para investir até US$ 1 bilhão em sustentabilidade

247 – O banqueiro André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual, afirmou que o Brasil atravessa um momento privilegiado para receber investimentos e garantiu que o ambiente econômico será ainda mais favorável nos próximos anos. A declaração foi feita em entrevista ao canal Esfera, no YouTube (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=7sggUfciMqY" target="_new">assista aqui</a>).
“Quem investir no Brasil vai ganhar dinheiro se for principalmente bem assessorado”, afirmou Esteves, ao destacar que o país entrará em 2026, ano eleitoral, com queda das taxas de juros, inflação sob controle e baixa volatilidade nos mercados.
<h2>Brasil no cenário internacional</h2>
Ao comentar o cenário externo, Esteves destacou que a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve deve impulsionar ainda mais os mercados emergentes. “Taxas de juros caindo nos Estados Unidos ou nas economias centrais de uma maneira mais ampla são extremamente positivas para mercados emergentes, onde o Brasil se inclui”, disse.
Ele também ressaltou a importância da relação entre Brasil e Estados Unidos, lembrando que, na abertura da Assembleia Geral da ONU em setembro, o presidente Lula fará o primeiro discurso, seguido pelo presidente norte-americano Donald Trump. Para o banqueiro, a ocasião reforça a necessidade de cooperação: “Eu espero que seja o momento da conciliação. Brasil e Estados Unidos têm relações históricas muito harmônicas”.
<h2>Multipolaridade e oportunidades</h2>
Segundo Esteves, o Brasil é um dos poucos países que consegue manter relações equilibradas com todos os grandes blocos mundiais — Estados Unidos, China, Europa, Oriente Médio e América Latina.
“Ter aqui um país com escala, mercado consumidor, regras claras, mercado financeiro profundo e uma democracia pujante, capaz de receber investimentos de todos os lugares, é uma enorme qualidade”, afirmou.
<h2>Reformas e solidez econômica</h2>
O banqueiro destacou ainda que o país colhe os frutos das reformas realizadas nos últimos anos, como a trabalhista, previdenciária e tributária. Esses ajustes, segundo ele, explicam a combinação de desemprego em nível historicamente baixo, crescimento acima das previsões e inflação sob controle.
“O Brasil está no menor nível de desemprego da série histórica do IBGE”, observou, ressaltando que esse quadro foi possível graças ao fortalecimento institucional e ao avanço de privatizações e concessões que ampliaram os investimentos privados.
<h2>Ambiente de investimento até 2026</h2>
Ao projetar o futuro, André Esteves reforçou o otimismo com o Brasil. Ele avalia que a redução dos juros internos e externos, combinada com a baixa volatilidade do câmbio e a continuidade das concessões em infraestrutura, criam condições únicas para investidores.
“O ambiente para investimento está ficando bom e está ficando melhor ainda. Quem investir no Brasil vai ganhar dinheiro”, afirmou.
Para o banqueiro, a solidez democrática do país garante previsibilidade para o ano eleitoral de 2026. “O Brasil é uma democracia pujante e o vencedor do processo democrático é sempre a sociedade”, disse. Assista:
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"Quem investir no Brasil vai ganhar dinheiro", diz André Esteves

247 - O BTG Pactual divulgou nota nesta segunda-feira (25) para negar declarações atribuídas a André Esteves em reportagem do colunista Guilherme Amado, do <a href="https://platobr.com.br/andre-esteves-a-campanha-por-tarcisio-e-o-brasil-uninvestable-com-lula">PlatôBR</a>. Segundo a publicação, o banqueiro teria afirmado, em conversa com investidores estrangeiros, que o Brasil se tornaria “uninvestable” [ininvestível, em inglês] caso o presidente Lula (PT) conquistasse um novo mandato em 2026, além de prever vitória certa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em manifestação oficial, o banco refutou integralmente a versão. “Por meio de sua assessoria, o BTG nega qualquer aspecto desta nota. O banco é apolítico, não emitindo previsões sobre futuro eleitoral. André Esteves jamais usou o termo ‘uninvestable’ a ele atribuído na nota, muito menos concorda com esse pensamento”, afirma o comunicado.
A instituição destacou ainda que tem realizado investimentos relevantes no Brasil, reafirmando confiança no potencial econômico do país. “Mais do que isso: o banco tem feito, consistentemente, diversos e significativos investimentos no Brasil nos últimos anos e segue acreditando na geração de oportunidades que nosso país oferece a quem aqui investe”, prossegue a nota.
A reportagem do PlatôBR indicava que Esteves teria classificado Tarcísio de Freitas como “a única saída” para o Brasil em 2026, além de minimizar as chances de Lula. A publicação também mencionava que a relação entre o presidente e o banqueiro é marcada por desconfiança mútua.

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