247 – O Global Times publicou um editorial nesta sexta-feira (24) detalhando as diretrizes centrais do 15º Plano Quinquenal da China, aprovado na Quarta Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC), em Pequim.&nbsp;
O texto destaca que o plano, que abrange o período de 2026 a 2030, traça um roteiro abrangente para o desenvolvimento econômico e social do país e projeta impactos significativos para a economia mundial, ao reforçar a modernização chinesa e a estabilidade global.
<h2>Um plano para uma nova etapa da modernização chinesa</h2>
Segundo o comunicado oficial do plenário, o 15º Plano Quinquenal girará em torno da modernização com “reformas abrangentes, desenvolvimento de alta qualidade e abertura institucional”. O editorial do Global Times ressalta que a estratégia reflete a “iniciativa histórica e a determinação firme” do PCC em consolidar o modelo de modernização da China, em meio a um cenário internacional de tensões geopolíticas e baixo dinamismo econômico.
O documento também aponta que a China continuará sendo um pilar de estabilidade para a economia mundial, graças ao seu vasto mercado interno, à cadeia industrial completa e à capacidade contínua de reforma. Essa combinação, segundo o texto, garantirá um “impulso duradouro” para o crescimento global, ao mesmo tempo em que reforça a governança internacional e o progresso civilizacional.
<h2>Estabilidade política e consistência estratégica</h2>
O Global Times sublinha que a estabilidade política e a consistência estratégica da China servem como um “antídoto contra a ansiedade do desenvolvimento global”. O sistema de planejamento de cinco anos é apontado como um diferencial que permitiu ao país evoluir de uma economia industrial emergente para uma potência tecnológica e de crescimento sustentável.
Durante o 14º Plano Quinquenal (2021–2025), a China manteve uma das maiores contribuições ao crescimento econômico mundial, impulsionada pela resiliência de seu mercado e pela modernização industrial. Para o próximo ciclo, a integração entre manufatura avançada, serviços modernos e economia digital deve sustentar a demanda global por produtos e serviços de qualidade, além de fortalecer as cadeias de suprimento internacionais.
<h2>Tecnologia, inovação e cooperação internacional</h2>
O novo plano dá ênfase à autossuficiência tecnológica e ao fortalecimento da inovação por meio da cooperação internacional. A meta é consolidar a China como um “estabilizador e motor” do crescimento mundial, ao ampliar a abertura institucional e alinhar suas normas internas aos padrões internacionais de alto nível.
Apesar de pressões externas e do aumento do protecionismo, o país seguirá comprometido com a abertura de mercado e o investimento mútuo, aprofundando a integração produtiva com economias emergentes. A Iniciativa do Cinturão e Rota, destacada no documento, continuará sendo um eixo de cooperação global de alta qualidade.
<h2>Multilateralismo e governança global</h2>
Diante da ascensão do unilateralismo e da formação de blocos de confronto, o editorial ressalta que o plano quinquenal chinês estende o “espírito de longo prazo” da governança interna para a cooperação internacional. Ao promover o multilateralismo genuíno, a China busca fortalecer um sistema de governança global mais justo e representativo, voltado à maioria dos países.
O texto conclui que a estratégia de desenvolvimento dos próximos cinco anos será sentida em todo o mundo. “As pessoas têm todas as razões para acreditar que, à medida que a força econômica, tecnológica e diplomática da China continuar crescendo, o país seguirá oferecendo confiança, contribuindo com energia e criando oportunidades para o mundo”, observa o editorial.

Redação Brasil 247

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Global Times

Em editorial, Global Times explica o que o mundo deve esperar do novo Plano Quinquenal da China

247 – A realização da quarta plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) tornou-se um dos eventos políticos mais observados do planeta. De acordo com editorial publicado pelo Global Times (<a href="https://www.globaltimes.cn/page/202510/1346212.shtml" target="_new">leia aqui</a>), a atenção global demonstra o quanto as decisões da liderança chinesa repercutem na economia mundial e nos rumos da governança internacional.
Nos principais veículos de comunicação, expressões como “desenvolvimento de alta qualidade”, “novas forças produtivas”, “planejamento econômico”, “reforma” e “governança” dominam as análises sobre a reunião. O Global Times destaca que esse interesse mundial evidencia uma realidade incontestável: “A China de hoje está profundamente integrada ao sistema global, e cada grande decisão do país possui impacto internacional.”
<h2>Crescimento e inovação consolidam protagonismo chinês</h2>
As expectativas sobre o futuro da China, segundo o editorial, baseiam-se nos sucessivos “milagres de desenvolvimento” alcançados ao longo dos planos quinquenais. Durante o 14º Plano Quinquenal (2021-2025), a contribuição média anual do país para o crescimento econômico global permanece em torno de 30%. Em um cenário em que grandes economias enfrentam o risco de estagnação, a estabilidade e a reestruturação produtiva da China oferecem uma base sólida para a recuperação mundial.
O texto destaca que a inovação tecnológica e científica é um dos pilares desse protagonismo. Avanços em áreas como inteligência artificial, veículos de nova energia e exploração espacial colocam o país entre os líderes mundiais em inovação. O portal russo Sputnik News é citado ao afirmar que “manter um crescimento tão robusto diante de múltiplos desafios é algo sem precedentes na história do desenvolvimento econômico.”
<h2>Governança eficiente e abertura de alto nível</h2>
O editorial atribui essa força a dois fatores essenciais: a governança eficiente e a abertura de alto nível. O sistema político chinês tem demonstrado grande capacidade de mobilização e organização — visível no combate à pobreza, na gestão de crises sanitárias e na manutenção da estabilidade social.
A política de abertura também se aprofunda. A China vem reduzindo restrições a investimentos estrangeiros, aperfeiçoando o ambiente de negócios e adotando padrões internacionais de comércio e investimento. “A China tem provado, com ações concretas, seu compromisso firme com a política nacional de abertura e sua dedicação em construir um sistema de cooperação mais aberto e mutuamente benéfico”, destaca o Global Times.
<h2>Desenvolvimento centrado nas pessoas</h2>
Outro ponto central do editorial é o modelo de desenvolvimento centrado nas pessoas, princípio fundamental do Partido Comunista da China. Essa abordagem, segundo o jornal, não apenas fortalece o bem-estar doméstico e a prosperidade comum, mas também oferece um paradigma alternativo de desenvolvimento para o mundo.
As quatro grandes iniciativas globais da China são apresentadas como uma extensão dessa filosofia, voltadas a promover justiça, equidade e a construção de uma “comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”. A atenção internacional à quarta plenária reflete, portanto, o interesse em entender como a China transforma esses princípios em ações concretas voltadas à paz, ao desenvolvimento e à prosperidade comuns.
<h2>China como potência responsável e inovadora</h2>
O Global Times também menciona que persistem “vozes hostis” que tentam distorcer ou desacreditar o sucesso chinês, mas afirma que “os fatos falam mais alto do que as palavras”. O interesse crescente pelo país decorre de seu papel cada vez mais relevante como potência responsável e inovadora.
O texto ressalta que a China está “explorando novos caminhos para o desenvolvimento global e expandindo as fronteiras do progresso humano”, com destaque para sua participação ativa em iniciativas como a Agenda 2030 das Nações Unidas e o Acordo de Paris sobre o clima.
<h2>Consenso com impacto mundial</h2>
Por fim, o editorial conclui que o consenso formado na quarta plenária não apenas definirá o rumo da China, mas também “influenciará profundamente a trajetória do desenvolvimento global”. Uma China mais aberta, reformista e inovadora — afirma o jornal — continuará exercendo um papel singular e decisivo na promoção da prosperidade e da justiça internacionais.

Atenção internacional ao Plano Quinquenal reforça novo peso global da China

247 – A China voltou ao centro do debate global sobre estabilidade e desenvolvimento. Segundo editorial publicado pelo jornal chinês Global Times, a quarta sessão plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) foi aberta nesta segunda-feira em Pequim, com foco na elaboração do 15º Plano Quinquenal (2026-2030). No mesmo dia, o Departamento Nacional de Estatísticas divulgou que o país registrou crescimento de 5,2% do PIB nos três primeiros trimestres de 2025, reforçando a confiança na trajetória econômica chinesa.
O Global Times observa que, em um cenário internacional marcado por protecionismo, conflitos regionais e instabilidade nas cadeias de suprimentos, a China se destaca por manter expansão econômica consistente. Para o jornal, a coincidência entre o anúncio dos dados de crescimento e a abertura do plenário do PCCh demonstra “resiliência estrutural” e coesão estratégica.
<h2>Crescimento, inovação e nova estrutura industrial</h2>
O editorial afirma que o crescimento de 5,2% do PIB é um dos pontos mais destacados da economia global neste ano. Mesmo com "ventos contrários" externos mais fortes do que o previsto, a China mantém avanço sustentado, contribuindo para a recuperação global e fortalecendo a confiança em seu próprio modelo de desenvolvimento.
A publicação destaca a ascensão de novas forças produtivas. Nos três primeiros trimestres de 2025, o valor agregado da manufatura de alta tecnologia cresceu 9,6% em relação ao ano anterior. A participação das indústrias de tecnologia avançada atingiu 16,7%, enquanto a de equipamentos industriais chegou a 35,9%, consolidando-se como motor do crescimento industrial.
Setores ligados à economia verde e digital também registraram desempenho expressivo, com alta nas exportações dos chamados “novos três produtos”: veículos de nova energia, painéis solares e baterias de armazenamento. A inovação científica, segundo o jornal, é impulsionada pelo aumento dos investimentos em pesquisa e pelo crescimento acelerado do número de patentes.
<h2>Resultados do 14º Plano Quinquenal e fundamentos da estratégia chinesa</h2>
Durante o 14º Plano Quinquenal, a China ultrapassou sucessivamente os patamares de 110, 120 e 130 trilhões de yuans em PIB, e manteve participação próxima de 30% no crescimento global. O país também superou US$ 13 mil de PIB per capita por dois anos consecutivos, reduziu a desigualdade entre áreas urbanas e rurais e ampliou a rede de proteção social.
O Global Times afirma que esses resultados foram possíveis graças a uma lógica central: a prioridade absoluta do desenvolvimento. “Desenvolvimento é a principal tarefa do Partido para governar e revitalizar a nação”, diz o editorial. A modernização chinesa, segundo o texto, baseia-se em inovação, coordenação, sustentabilidade ambiental, abertura e compartilhamento de resultados.
<h2>Cooperação internacional e resposta ao ‘déficit de desenvolvimento’ do mundo</h2>
O jornal destaca que a China não busca apenas sua própria modernização, mas também contribuir com soluções para os desafios globais. Nesse sentido, iniciativas como a Nova Rota da Seda (Belt and Road Initiative) e a Iniciativa de Desenvolvimento Global são apresentadas como ferramentas de cooperação para ampliar oportunidades compartilhadas entre países.
Para o Global Times, em um mundo cada vez mais marcado por desigualdades e crises regionais, a China transforma o conceito de desenvolvimento em “linguagem comum com o mundo”.
<h2>15º Plano Quinquenal: inovação, segurança energética e prosperidade comum</h2>
O 15º Plano Quinquenal, que será formulado pelo Partido, deve priorizar:
<ul>
 <li>&nbsp;fortalecimento da autossuficiência em ciência e tecnologia;</li>
 <li>&nbsp;estímulo ao mercado interno e ao consumo;</li>
 <li>&nbsp;aceleração da transição energética e da economia de baixo carbono;</li>
 <li>&nbsp;integração entre áreas urbanas e rurais;</li>
 <li>&nbsp;promoção da prosperidade comum.</li>
</ul>
O jornal destaca que os próximos cinco anos exigirão transformar inovação em força motriz, ampliar a demanda doméstica e manter a abertura de alto nível para atrair mais cooperação internacional.
O Global Times encerra o texto afirmando que, independentemente das mudanças no cenário externo, a China segue “confiante, capaz e preparada” para transformar seus planos estratégicos em resultados concretos. A aposta no desenvolvimento como eixo central, diz o jornal, continuará oferecendo estabilidade a um mundo “atingido por tempestades e incertezas”.

China reforça confiança global ao apostar no desenvolvimento em meio a cenário de incertezas

247 – A China voltou ao centro das atenções mundiais nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025, com a abertura do quarto plenário do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), em Pequim. A informação é da <a href="https://h.xinhuaxmt.com/vh512/share/12786924?docid=12786924&amp;newstype=1001&amp;d=135018c&amp;channel=weixin&amp;time=1760971296614">agência Xinhua</a>, que informou que o encontro irá analisar as diretrizes para o 15º Plano Quinquenal de desenvolvimento econômico e social.
Líderes e analistas de diversos países afirmam que a China entra em uma nova etapa, após alcançar grandes resultados nos últimos cinco anos, e reforça sua posição como fonte de estabilidade, crescimento e inovação em um cenário internacional marcado por incertezas.
O jornalista brasileiro Leonardo Attuch, editor do Brasil 247 citado pela Xinhua entre os especialistas internacionais, afirmou:
<blockquote>&nbsp;“A China, nos últimos anos, alcançou conquistas que chamam a atenção do mundo e se consolidou como o país que mais contribuiu para o crescimento global.”</blockquote>
Ele destacou o impacto do planejamento estatal e da continuidade das políticas de desenvolvimento:
<blockquote>&nbsp;“O que impressiona é a capacidade de formular metas nacionais, cumprir planos quinquenais e transformar objetivos em resultados concretos.”</blockquote>
<h2>Inovação e tecnologia no centro do novo ciclo chinês</h2>
Nos últimos cinco anos, a China consolidou sua posição como potência tecnológica. A rede de trens de alta velocidade tornou-se a mais moderna do mundo e o país investiu pesado em infraestrutura digital baseada em computação de alto desempenho e inteligência artificial.
A acadêmica russa Irina Kokushkina declarou:
<blockquote>&nbsp;“Mesmo diante de choques externos e desafios globais, a China manteve crescimento estável, planejamento estratégico e criou bases sólidas para alcançar as metas de 2035. Isso dá ao mundo uma valiosa sensação de estabilidade.”</blockquote>
O presidente da Associação Digital China-Europa, Luigi Gambardella, afirmou:
<blockquote>&nbsp;“A indústria de veículos elétricos da China está crescendo rapidamente, a inteligência artificial evolui a cada dia e o país se transformou em um motor da transição energética mundial. Nos próximos cinco anos, espero ver a China como o grande ‘laboratório de inovação’ do planeta.”</blockquote>
<h2>Desenvolvimento verde e metas ambientais</h2>
Segundo o Índice de Transição Energética de 2025 do Fórum Econômico Mundial, a China subiu 66 posições desde 2020 e ocupa o 12º lugar. A descarbonização e o avanço das energias renováveis são considerados pilares do novo planejamento.
O analista libanês Wadih Kouameha afirmou:
<blockquote>&nbsp;“O mundo verá uma China ainda mais inovadora e comprometida com o desenvolvimento de alta qualidade.”</blockquote>
<h2>Abertura e cooperação internacional</h2>
Mesmo com o crescimento de tendências protecionistas em outras economias, a China ampliou sua abertura ao comércio global, reduziu restrições a investimentos estrangeiros, adotou políticas de isenção de vistos e ofereceu tarifa zero para 100% dos produtos de países menos desenvolvidos com relações diplomáticas.
O ruandês Hermann Uwizeimana, do setor agrícola, destacou:
<blockquote>&nbsp;“Desde que a pimenta ruandesa entrou no mercado chinês, isso se tornou uma fonte importante de renda para agricultores. A política de tarifa zero da China trouxe novas oportunidades para a África. A China é uma verdadeira amiga.”</blockquote>
Para o analista cubano Eduardo Regalado:
<blockquote>&nbsp;“Essas medidas mostram o compromisso da China com uma globalização mais justa e inclusiva, que gera benefícios reais para os países do Sul Global.”</blockquote>
<h2>'Cinturão e Rota' amplia integração regional</h2>
Durante o 14º Plano Quinquenal, a Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road) evoluiu de grandes obras de infraestrutura para cooperação em logística, tecnologia e conectividade humana.
O pesquisador laosiano Khamy afirmou:
<blockquote>&nbsp;“A ferrovia China-Laos trouxe enormes benefícios econômicos e sociais. Mais de 15 milhões de toneladas de mercadorias já passaram pela linha desde 2021. Esperamos ampliar os efeitos desse projeto em toda a região.”</blockquote>
Para o alemão Michael Schumann, presidente da Associação Alemã de Comércio Exterior:
<blockquote>&nbsp;“Enquanto outras economias se voltaram para dentro, a China manteve sua abertura e impulsionou as rotas ferroviárias China-Europa, trazendo desenvolvimento industrial e logístico para cidades como Duisburgo.”</blockquote>
<h2>Governança e planejamento de longo prazo como diferencial chinês</h2>
Diversos especialistas afirmaram que o sistema de planejamento de cinco anos é uma das maiores vantagens institucionais da China.
O analista britânico Keith Bennett observou:
<blockquote>&nbsp;“Os planos quinquenais combinam metas de longo prazo com etapas concretas, o que dá estabilidade e previsibilidade ao desenvolvimento do país.”</blockquote>
O secretário-geral do Partido Comunista do Iraque, Raed Fahmi, afirmou:
<blockquote>&nbsp;“A China tem um modelo de governança baseado no planejamento e na melhoria contínua da vida do povo. Todos os planos têm como objetivo o bem-estar social. Isso é uma referência para o mundo.”</blockquote>
<h2>Modernização com características chinesas inspira países em desenvolvimento</h2>
Países africanos e asiáticos estudam o modelo chinês de modernização. O professor tanzaniano Humphrey Moshi afirmou:
<blockquote>“A China nos deu confiança. Mostrou que a modernização não é exclusividade do Ocidente. Podemos construir nosso próprio caminho.”</blockquote>

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Sul Global

China desenha novo plano de desenvolvimento e atrai atenção mundial

247 – O mundo volta os olhos para Pequim, onde será realizado, entre 20 e 23 de outubro, o quarto plenário do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC). A informação foi publicada originalmente pelo jornal Global Times. No encontro, os dirigentes irão analisar o relatório de trabalho do Bureau Político e debater as propostas do 15º Plano Quinquenal (2026-2030), que definirá as metas de desenvolvimento econômico e social para os próximos anos.
Mais do que um evento político, o plenário representa uma revisão estratégica do ciclo atual e um desenho abrangente para os “próximos cinco anos decisivos”, período crucial para que a China avance rumo à modernização socialista e à meta de rejuvenescimento nacional. O país entrará em uma fase de planejamento de longo prazo com diretrizes claras, fortalecimento institucional e maior capacidade de coordenação entre governo e mercado.
<h2>O papel do novo Plano Quinquenal</h2>
O 15º Plano Quinquenal será uma nova mobilização nacional para consolidar a modernização “à maneira chinesa”. Segundo o Global Times, o documento será baseado em seis compromissos estratégicos:
<ul>
 <li>&nbsp;liderança do Partido;</li>
 <li>&nbsp;centralidade do povo;</li>
 <li>&nbsp;desenvolvimento de alta qualidade;</li>
 <li>&nbsp;aprofundamento das reformas;</li>
 <li>&nbsp;interação entre mercado eficiente e governo capaz;</li>
 <li>&nbsp;coordenação entre desenvolvimento e segurança.</li>
</ul>
Esses princípios sintetizam a experiência nacional e projetam a estratégia para um país mais autônomo, seguro e sustentável.
<h2>Resultados do ciclo anterior e desafios globais</h2>
Mesmo diante da pandemia de Covid-19 e de transformações profundas na ordem internacional, a China executou 17 tarefas estratégicas, 102 projetos prioritários e mais de 5 mil programas vinculados ao 14º Plano Quinquenal (2021-2025). O país avançou em inovação tecnológica, modernização industrial, economia digital, energia limpa e bem-estar social.
A formulação do novo plano contou com consultas públicas e processos de coordenação científica, o que, segundo o jornal chinês, transforma “vantagens institucionais em governança eficaz”.
<h2>Tensões internacionais e expectativa global</h2>
O cenário global é marcado por crises simultâneas: avanço do protecionismo, conflitos geopolíticos, desaceleração econômica, mudanças climáticas e fragilidade dos mecanismos multilaterais. Ao mesmo tempo, sistemas políticos ocidentais enfrentam “falhas de governança”, polarização e paralisia legislativa, o que agrava a sensação de incerteza.
Nesse contexto, países buscam estabilidade, continuidade e previsibilidade — fatores que reforçam a atenção internacional sobre a China, maior contribuidora para o crescimento econômico global nos últimos dez anos.
<h2>Mensagem de estabilidade e cooperação</h2>
Para o Global Times, a realização do quarto plenário sinaliza que a China seguirá determinada em seu caminho de modernização, oferecendo:
<ul>
 <li>&nbsp;governança mais eficaz;</li>
 <li>&nbsp;sociedade mais estável;</li>
 <li>&nbsp;economia mais dinâmica;</li>
 <li>&nbsp;cooperação internacional baseada em justiça, abertura e desenvolvimento compartilhado.</li>
</ul>
O editorial conclui que uma China focada em “fazer bem suas próprias tarefas” contribui com mais estabilidade e energia positiva para o mundo, defendendo o multilateralismo e a construção de uma economia global aberta.

China prepara novo ciclo estratégico com seu 15º Plano Quinquenal

247 – A China conclui, neste ano, o último ciclo de execução do 14º Plano Quinquenal (2021-2025), período que marca transformações estruturais e conquistas históricas em diversas áreas, segundo balanço divulgado pela agência Xinhua. O relatório ressalta que o país alcançou avanços tecnológicos, crescimento sustentável e ampliação da abertura econômica, reforçando seu papel como um dos principais motores da economia mundial.
De acordo com o documento, a combinação entre planejamento científico, inovação contínua e abertura controlada foi essencial para garantir estabilidade num cenário global de instabilidade e crise.
<h2>Crescimento estável e inovação tecnológica</h2>
Segundo Wang Guanhua, do Escritório Nacional de Estatísticas, a China manteve um crescimento médio anual de 5,5% entre 2021 e 2024, respondendo por cerca de 30% da expansão da economia global no período. 
 O resultado foi impulsionado pela consolidação de novas forças produtivas, com forte investimento em pesquisa, transição energética e desenvolvimento tecnológico.
O país aumentou em quase 50% os investimentos em pesquisa e desenvolvimento desde o fim do 13º Plano Quinquenal e, pela primeira vez, entrou para o top 10 do Índice Global de Inovação, figurando entre as nações que mais avançaram em inovação na última década.
Entre os setores estratégicos em destaque estão inteligência artificial, computação quântica, energia nuclear, transporte de alta velocidade e exploração espacial. Esses resultados, segundo as autoridades chinesas, demonstram o êxito do modelo de socialismo com características chinesas, que combina planejamento estatal, eficiência econômica e soberania tecnológica.
<h2>Revolução verde e contribuição global</h2>
A China também registrou avanços inéditos na transição ecológica. Pela primeira vez, a capacidade instalada de energia renovável ultrapassou a de termelétricas, marco simbólico para um país historicamente dependente do carvão.
Nos nove primeiros meses de 2025, a produção e a venda de veículos elétricos ultrapassaram 10 milhões de unidades, consolidando o país como o maior mercado do mundo no setor. 
 Entre 2020 e 2024, o consumo de energia por unidade do PIB caiu 11,6%, colocando a China entre os líderes mundiais em eficiência energética e redução de emissões.
<blockquote>&nbsp;“A China encontrou um caminho próprio que une crescimento econômico e desenvolvimento verde, contribuindo de forma decisiva para o combate global às mudanças climáticas”, afirmou He Jianwu, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Conselho de Estado.</blockquote>
<h2>Abertura e integração global</h2>
Mesmo diante de tensões internacionais, a China ampliou sua abertura econômica e fortaleceu o comércio com países emergentes, especialmente da África e da Ásia. 
 Durante o 14º Plano Quinquenal, o país superou o patamar de 6 trilhões de dólares em importações e exportações, com crescimento médio anual de 8,1% no comércio exterior.
A China também reduziu a lista negativa de investimentos estrangeiros, criou novas zonas de livre comércio e concedeu isenção tarifária total a países de menor desenvolvimento, reforçando sua posição como líder da cooperação Sul-Sul.
<h2>Planejamento como pilar da modernização</h2>
O sucesso do 14º Plano Quinquenal é interpretado por autoridades e especialistas como prova da força do modelo de governança chinês, baseado em planejamento estratégico e coordenação nacional. 
 Para Xiang Wei, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, os planos quinquenais “permitem alinhar objetivos de longo prazo à participação social e à estabilidade institucional”.
<blockquote>&nbsp;“A China usa a certeza do planejamento para enfrentar as incertezas externas. Esse é o segredo de sua resiliência econômica e política”, afirmou o dirigente.</blockquote>
O 15º Plano Quinquenal (2026-2030), que começa a ser estruturado, deverá aprofundar o processo de modernização socialista e consolidar os avanços tecnológicos e ambientais alcançados nos últimos anos.
Segundo a Xinhua, o país entra em uma nova fase com confiança, capacidade e coesão política, pronto para seguir liderando o crescimento sustentável e a transição verde global.

China alcança conquistas históricas no desenvolvimento econômico e social sob o 14º Plano Quinquenal

247 – O Partido Comunista da China se reunirá entre os dias 20 e 23 de outubro para definir as diretrizes econômicas do país para os próximos cinco anos, com ênfase em alta tecnologia, reindustrialização e fortalecimento do setor produtivo, segundo reportagem da agência Reuters. O encontro — conhecido como plenário — ocorre em meio à intensificação da rivalidade com os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, que recentemente ameaçou impor tarifas superiores a 100% sobre produtos chineses.
Apesar das expectativas de que Pequim adote medidas para estimular o consumo das famílias e reduzir os desequilíbrios entre oferta e demanda, analistas avaliam que o governo deve manter o foco em um modelo de crescimento baseado na produção e na exportação, considerado essencial para a projeção de poder global e para a segurança estratégica do país.
<h2>Política industrial como eixo central</h2>
O novo plano quinquenal 2026-2030, que será submetido à aprovação do Parlamento em março, deverá “reforçar o apoio à pesquisa de alta tecnologia e ao desenvolvimento industrial”, afirmou Chen Bo, pesquisador sênior do Instituto de Estudos do Leste Asiático da Universidade Nacional de Singapura. “Em termos de poder nacional, a manufatura continua sendo prioridade. Quando há conflito, o que realmente importa é a capacidade de produção, não o setor de serviços”, destacou.
Em um discurso publicado em julho pela revista Qiushi, o presidente Xi Jinping afirmou que o mundo vive transformações “nunca vistas em um século”, em que a revolução tecnológica e a competição entre grandes potências estão cada vez mais entrelaçadas. Xi defendeu que a China conquiste o “ponto estratégico mais alto” na corrida tecnológica global.
Atualmente, a China lidera setores como veículos elétricos, energia solar e eólica, e controla a produção de terras raras, insumo crucial para a indústria global. O país também prepara-se para eventuais negociações comerciais com Trump, enquanto reforça sua autonomia produtiva — com cadeias de suprimento predominantemente domésticas, exceto em áreas como aviões e semicondutores avançados.
<h2>Desafios internos: consumo fraco e endividamento</h2>
Apesar do sucesso industrial, o consumo doméstico permanece estagnado. A crise imobiliária, o desemprego entre os jovens e o endividamento dos governos locais limitam a capacidade de estímulo. Para o economista Larry Hu, do Macquarie Group, “se a demanda interna não reagir, o país enfrentará problemas de desemprego e deflação”. Ele acredita que Pequim só adotará medidas mais firmes de estímulo ao consumo quando a demanda externa enfraquecer a ponto de comprometer as metas de crescimento.
A consultoria Morgan Stanley prevê que o resultado do plenário será um marco de política voltado à tecnologia e à oferta, com “atenção incremental ao bem-estar social”, mas sem uma mudança estrutural. O relatório afirma que “uma recuperação decisiva da economia permanece improvável em 2026”, indicando continuidade da cautela fiscal e da prioridade à produção.
<h2>“Tudo é sobre produção”</h2>
Embora o governo tenha introduzido subsídios ao consumo, benefícios para famílias com crianças e aumentos modestos de aposentadorias, analistas consideram que essas ações ainda são insuficientes para impulsionar o mercado interno. Uma decisão recente da Suprema Corte que obriga empregadores e trabalhadores a contribuir para a previdência social é vista como um passo para fortalecer o sistema de bem-estar, mas as limitações fiscais restringem os avanços.
De acordo com Dan Wang, diretora da Eurasia Group na China, o novo plano deve dar “mais atenção à segurança social, à saúde e à proteção dos grupos de baixa renda”, mas sem alterar o foco central. “Em um país ainda muito marcado pelo marxismo, tudo gira em torno da produção”, afirmou.
<h2>Equilíbrio entre poder e prosperidade</h2>
Para Guo Tianyong, professor da Universidade Central de Finanças e Economia de Pequim, “a China precisa encontrar um equilíbrio melhor entre desenvolvimento industrial e políticas voltadas ao bem-estar da população”. No entanto, a deterioração do cenário global e a pressão por competitividade tecnológica tornam improvável uma mudança de rumo significativa.
Assim, o plenário de outubro deverá consolidar a visão de que a força industrial e a inovação tecnológica continuam sendo os pilares da estratégia chinesa, mesmo que isso implique adiar a expansão do consumo e a redução das desigualdades.

China mantém foco na produção e em alta tecnologia em meio à disputa com os Estados Unidos

247 – O presidente da China, Xi Jinping, enfatizou a importância de estudar e incorporar as opiniões da população na elaboração do 15º Plano Quinquenal (2026-2030). A informação foi publicada pelo <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202508/1340084.shtml">Global Times</a>, que destacou que a consulta pública online reuniu mais de 3,11 milhões de sugestões entre 20 de maio e 20 de junho de 2025. Segundo Xi, essa ampla participação popular é um exemplo vivo da “democracia de processo completo”, em que a construção de políticas estratégicas busca refletir as aspirações da sociedade.
Durante a campanha online, cidadãos de diversas províncias enviaram contribuições sobre temas econômicos e sociais. Xi Jinping, que também é secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, afirmou que “os departamentos relevantes devem estudar minuciosamente e integrar essas opiniões ao plano”. Ele reforçou que comitês do Partido e governos em todos os níveis devem ouvir mais as vozes do povo, compreender suas necessidades e buscar atender às aspirações por uma vida melhor.
O professor Su Wei, da Escola do Partido do Comitê Municipal de Chongqing, disse ao Global Times que o uso da internet “transformou a participação democrática ao permitir que as preocupações das pessoas cheguem diretamente à liderança nacional”. Para ele, envolver a população no desenho estratégico do país é uma manifestação concreta da democracia de processo completo.
<h3>Planejamento estratégico e escuta social</h3>
O Global Times também ouviu o especialista Dong Yu, vice-reitor executivo do Instituto Chinês de Planejamento do Desenvolvimento da Universidade Tsinghua. Ele explicou que “o processo de elaboração do plano é também o de ouvir vozes de todos os lados”, combinando planejamento de alto nível com consultas públicas. Dong ressaltou que, em comparação ao 14º Plano Quinquenal, a elaboração do novo documento ocorre em um ambiente internacional mais complexo, marcado por conflitos geopolíticos e riscos crescentes de segurança.
Além da consulta online, o governo chinês também promoveu simpósios com empresários e especialistas, organizou projetos de pesquisa em províncias como Zhejiang e recebeu sugestões para aprimorar legislação, apoio à natalidade e políticas para famílias migratórias. Para Xi, a estratégia é clara: “Precisamos gerir bem nossos próprios assuntos e avançar de forma inabalável na abertura em alto nível, promovendo o desenvolvimento de qualidade em todas as frentes”, afirmou em simpósio realizado em abril.

Xi defende ouvir população na formulação do 15º Plano Quinquenal da China

247 - A economia chinesa deverá registrar um incremento superior a 35 trilhões de yuans (cerca de US$ 4,88 trilhões) ao longo do 14º Plano Quinquenal (2021–2025), consolidando-se como uma força central na estabilidade e dinamismo do crescimento global. A projeção foi feita por Zheng Shanjie, diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), em coletiva de imprensa promovida nesta quarta-feira (9) pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado, segundo informou o jornal Global Times.
De acordo com Zheng, o Produto Interno Bruto (PIB) da China deverá alcançar a marca de aproximadamente 140 trilhões de yuans (em torno de US$ 19,54 trilhões) até o fim de 2025. O dado indica que, ao longo dos cinco anos do plano, a segunda maior economia do mundo adicionará um valor superior ao PIB total da terceira colocada no ranking global.&nbsp;
"O desempenho da China durante este período tem sido sem precedentes. Para uma economia deste porte, manter uma taxa média de crescimento anual de 5,5% mesmo diante dos impactos da pandemia e das pressões externas, como a intimidação comercial, é um feito inédito na história do desenvolvimento econômico", afirmou Zheng.
Ele também destacou que o país desempenhou papel fundamental como “força mais estável, confiável e positiva” no cenário internacional, ao mesmo tempo em que promoveu avanços internos significativos.
Entre os principais indicadores definidos pelo 14º Plano Quinquenal — que orienta as metas econômicas e sociais do país —, Zheng mencionou que os objetivos relacionados ao crescimento do PIB, produtividade do trabalho e investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&amp;D) avançaram conforme o esperado.
Além disso, oito indicadores superaram as metas previstas, incluindo a taxa de urbanização da população residente permanente, a expectativa média de vida e a capacidade abrangente de produção de alimentos e energia.
"As tarefas estratégicas estabelecidas no plano foram plenamente implementadas, e todos os 102 grandes projetos previstos avançaram conforme o cronograma. De forma geral, foram alcançados progressos pioneiros e transformações revolucionárias nos últimos cinco anos", concluiu o chefe da CNDR.
O desempenho reforça a posição da China como motor essencial da economia mundial, mesmo em meio a desafios geopolíticos e restrições impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, durante seu mandato. Ao manter estabilidade e crescimento interno, Pequim demonstra resiliência e capacidade de planejamento a longo prazo.

José Reinaldo

China: crescimento econômico de alta qualidade

Mundo

China alcança crescimento econômico sem precedentes no período 2021-2025

Por J.Renato Peneluppi Jr.(*) - O 14º Plano Quinquenal marca uma nova fase no desenvolvimento econômico da China, sendo o primeiro grande passo após a erradicação da pobreza, alcançada com o 13º Plano Quinquenal e o cumprimento da primeira meta centenária (1921-2021). Também é o primeiro plano elaborado sob forte escrutínio internacional sobre sua governança.&nbsp;
Durante a crise da COVID-19, este plano demonstrou a superioridade do modelo de planejamento econômico chinês, ao proteger a vida da população e garantir estabilidade e crescimento, mesmo diante do colapso das cadeias globais de suprimentos e da desaceleração econômica mundial.
Enquanto a maioria das economias entrou em recessão, a China foi a única grande economia a registrar crescimento positivo no período, consolidando as bases tecnológicas rumo à segunda meta centenária e ao rejuvenescimento da nação chinesa na Nova Era. &nbsp;
Made in China 2025
É preciso destacar três componentes importantes do 14º Plano Quinquenal. O primeiro, ele se sobrepõe à segunda metade do “plano decenal” chamado de "Made in China 2025", desempenhando um papel importante na conclusão deste plano. Esse tem dado vazão a novas tecnologias como carros elétricos, novas baterias, novas energias, e a inovação como Deepseek e foguetes reutilizáveis.
Made in China 2025 é uma estratégia nacional voltada para o fortalecimento das capacidades industriais da China, gerando novas forças produtivas, com base em quatro principais vantagens: um vasto mercado interno, um sólido conjunto de empresas inovadoras, apoio estratégico do governo e uma crescente força de trabalho qualificada.
Esse plano foca no desenvolvimento de dez setores-chave, incluindo tecnologia da informação de nova geração, ferramentas de controle numérico avançadas e robótica, equipamentos aeroespaciais e marítimos de alta tecnologia, sistemas ferroviários modernos, veículos de energia nova e eficientes, novos materiais, dispositivos médicos, máquinas agrícolas e equipamentos de geração de energia.
Plano de longo prazo
O segundo componente é “Objetivo de Desenvolvimento de Longo Prazo até 2035" um plano de quinze anos que visa transformar o país em uma nação socialista moderna e próspera. Nele, a sustentabilidade orienta a busca por autossuficiência, segurança e novas tecnologias, trocando o crescimento rápido por um de qualidade, com foco na “Nova filosofia” voltada à inovação, coordenação, proteção ambiental, abertura e compartilhamento.
Para isso, o plano busca promover avanços tecnológicos e inovação independente, fortalecer indústrias estratégicas e construir uma economia mais aberta, eficiente e sustentável. Além disso, o plano tem como meta melhorar a qualidade de vida da população, ampliando o acesso a serviços públicos essenciais como saúde e educação.&nbsp;
A proteção ambiental também é prioridade, com ações para reduzir emissões de carbono e preservar os recursos naturais. Por fim, o plano pretende consolidar a posição da China como uma potência global, aumentando sua influência econômica, tecnológica e política no mundo.
Nessa nova estratégia de desenvolvimento, a “Dupla circulação” combinada com o ICR (Iniciativa Cinturão e Rota) é peça central e traz o mercado doméstico como pilar da economia, com o mercado interno e externo se estimulando mutuamente, e servindo de base para a distribuição da riqueza gerada pelo PIB, fortalecendo assim a Prosperidade Comum.
Civilização ecológica
O terceiro componente vem da busca por transformar o país em uma nação socialista moderna, inovadora e sustentável. Esse caminho passa diretamente pela meta 3060, que estabelece o compromisso de atingir o pico de emissões de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Para isso, a China aposta na construção de uma civilização ecológica, que alia crescimento econômico à proteção ambiental.
Nesse processo, o desenvolvimento das megacidades tem papel central, funcionando como plataformas para aplicar soluções tecnológicas verdes, promover eficiência energética e garantir qualidade de vida. Essas áreas urbanas são laboratórios vivos da modernização ecológica, adotando inovações desenvolvidas no programa Made in China 2025, que estimula avanços em setores estratégicos como energia limpa, transporte inteligente, novos materiais e tecnologia da informação.
Todo esse esforço é sustentado pela dinâmica da Dupla Circulação, que fortalece o mercado interno como base do crescimento, ao mesmo tempo em que mantém a integração com os mercados globais. Essa estratégia permite que a China reduza dependências externas, estimule o consumo e a inovação doméstica e, ao mesmo tempo, fortaleça sua posição econômica internacional.
Assim, o plano de longo prazo até 2035 integra metas ambientais, urbanização inteligente, inovação tecnológica e reestruturação econômica, formando os pilares da construção de uma China mais verde, resiliente e globalmente competitiva.
A grande meta
Como destaca Kishore Mahbubani, na sua obra Has China Won?, afirma que "A notável transformação da China é resultado de uma governança pragmática, planejamento de longo prazo e um profundo compromisso com a modernização à sua própria maneira."
O Plano Quinquenal chinês é um instrumento estratégico fundamentado no marxismo-leninismo adaptado à realidade chinesa, incorporando o conceito de socialismo de mercado. Ele orienta o desenvolvimento econômico e social, permitindo ao Estado planejar, coordenar e mobilizar recursos para construir o socialismo moderno.&nbsp;
Embora mantenha o controle estatal, o plano reconhece o papel do mercado para promover inovação e eficiência. Assim, o Plano Quinquenal é a ferramenta central do Partido Comunista Chinês para alcançar crescimento sustentável, equilíbrio regional e modernização socialista, alinhando objetivos econômicos à ideologia do partido e à dinâmica do socialismo de mercado.
O grande objetivo da segunda meta centenária da China, a ser alcançada até 2049 — no centenário da fundação da República Popular da China — é transformar o país em uma nação socialista moderna, próspera, forte, democrática, civilizada e harmoniosa, com forte capacidade tecnológica e inovação, alcançando um nível elevado de desenvolvimento econômico, social e cultural, consolidando a posição da China como uma grande potência global em todos os aspectos.
Por isso, a “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil–China por um mundo mais justo e um planeta mais sustentável” ganha cada vez mais relevância e sinergia. Apesar das diferenças em natureza política e econômica, os dois países compartilham objetivos sociais e ambientais convergentes.&nbsp;
A busca por justiça social, desenvolvimento sustentável e soluções para os desafios globais aproxima suas estratégias, criando espaço para cooperação em áreas como transição energética, inovação tecnológica, combate à pobreza e proteção ambiental.
(*) Advogado, Doutorado em Administração Pública na China, Pesquisador do Beijing Club for Internacional Dialogue

China: Reforma e abertura para garantir crescimento econômico de alta qualidade

China

China conclui este ano aplicação do 14º Plano Quinquenal: um novo tempo começa planejado para andar com fé

247 - A China está delineando seu 15º Plano Quinquenal (2026-2030) com ênfase em inovação tecnológica, fortalecimento da indústria nacional e estímulo ao consumo interno, conforme reportado pelo South China Morning Post.&nbsp;
O presidente Xi Jinping convocou recentemente a população a contribuir com sugestões para o novo plano, destacando a importância da ciência e da modernização como pilares do desenvolvimento econômico.
Durante um simpósio com autoridades provinciais, Xi enfatizou que "nos próximos cinco anos, o desenvolvimento da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=China+">China </a>deve ser impulsionado pela inovação tecnológica, ancorado na economia real e promover a modernização das indústrias tradicionais, garantindo o bem-estar da população". Ele também ressaltou a necessidade de compreender as mudanças no cenário internacional e adaptar a estrutura econômica do país de forma proativa.
Analistas preveem que o novo plano continuará priorizando avanços em alta tecnologia, resiliência na manufatura e aumento do consumo doméstico. A meta é alcançar a "modernização socialista básica" até 2035, incluindo o aumento do PIB per capita para níveis comparáveis aos de países moderadamente desenvolvidos.
Yang Weimin, ex-vice-chefe do Escritório do Grupo Central de Assuntos Financeiros e Econômicos, afirmou que a China ainda pode alcançar um crescimento econômico entre 4% e 4,5% no período de 2026 a 2030, desde que o crescimento seja impulsionado principalmente pela demanda interna. Ele observou que "será desafiador para a China manter um crescimento acelerado nas exportações".
Wang Yiming, vice-presidente do Centro Chinês para Intercâmbios Econômicos Internacionais, destacou a urgência de mudar para um modelo de desenvolvimento liderado pelo consumo, diante das crescentes pressões comerciais externas. Ele afirmou que "[a pressão externa] levará a China a transformar seu modelo de crescimento de investimento e exportação para um impulsionado pelo consumo e pela inovação".
Além do foco no consumo, a China está promovendo as chamadas "novas forças produtivas de qualidade", que englobam manufatura avançada, alta tecnologia e indústrias futuras. Huang Qifan, ex-prefeito de Chongqing, mencionou que essas forças se tornarão o principal motor da indústria manufatureira chinesa no próximo plano quinquenal e além.
O 15º Plano Quinquenal também abordará questões como a diminuição da população, lacunas na inovação tecnológica e a transição de setores tradicionais para novos motores econômicos. A expectativa é que o plano seja divulgado oficialmente em março, com metas socioeconômicas quantificáveis.

Luis Mauro Filho

China prepara novo plano quinquenal com foco em inovação tecnológica e consumo interno

Por Guilherme Paladino, de Pequim, para o 247 - Sob os holofotes do Grande Salão do Povo, a China deu início nesta terça-feira (4) à sessão anual do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), um dos eventos políticos mais importantes do país, no âmbito das 'Duas Sessões'. Com a presença de mais de 2.000 membros, incluindo empresários, acadêmicos, líderes étnicos e religiosos, o evento é o termômetro das prioridades chinesas para 2025, ano crucial que marca o fim do 14º Plano Quinquenal e a preparação para o próximo ciclo de desenvolvimento. O presidente da CCPPC, Wang Huning, abriu a sessão com um relatório que destacou os avanços do Comitê em 2024 e traçou as metas para o ano que vem. Entre os destaques, estão os esforços para ampliar a participação popular no processo político, integrar minorias étnicas e fortalecer a unidade nacional em um momento de tensões geopolíticas e desafios econômicos. De acordo com o relatório de Huning, em 2024, o Comitê da CCPPC realizou 85 sessões de consulta e deliberação, além de organizar 99 viagens de pesquisa e inspeção que cobriram 31 províncias, 263 cidades e 452 condados. Essas iniciativas permitiram que membros da Conferência coletassem informações diretamente das bases, ouvindo as demandas e preocupações da população. O relatório também destacou que, no ano passado, a CCPPC recebeu 6.019 propostas de seus membros, das quais 5.091 foram aceitas para processamento. A taxa de resposta foi de 99,9%, com mais de 1.800 membros recebendo respostas formais. Além disso, o Comitê recebeu 54.317 comunicações de diversos setores da sociedade, adotando 11.323 delas e compilando 1.728 boletins informativos.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250304140332_9e6bbb6e87f228f010e0a65cf65afa076806cfbffd9f3e9d64e5a3e4002bfc44.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250304140332_9e6bbb6e87f228f010e0a65cf65afa076806cfbffd9f3e9d64e5a3e4002bfc44" data-rendition-name="original" width="791" height="882" loading="lazy" alt="Wang Huning, presidente do Comitê Nacional da CCPPC, apresentou um relatório de trabalho em nome do Comitê Permanente do Comitê Nacional da CCPPC."><figcaption>Wang Huning, presidente do Comitê Nacional da CCPPC, apresentou um relatório de trabalho em nome do Comitê Permanente do Comitê Nacional da CCPPC.(Photo: Xinhua/Liu Weibing)Xinhua/Liu Weibing</figcaption></figure>  A apresentação de tais dados visa ressaltar que as vozes dos cidadãos estão sendo ouvidas e consideradas no processo político chinês. Como destacou Huning, "a CCPPC tem um papel crucial em refletir os sentimentos do povo, abordar suas preocupações e entregar benefícios tangíveis". <h3>Integração das minorias étnicas e construção da comunidade nacional</h3> Outro ponto destacado no relatório foi o esforço para integrar as minorias étnicas ao conceito de cidadania integral na China. De acordo com Huning, a CCPPC tem trabalhado para fortalecer o senso de comunidade entre os 56 grupos étnicos do país, promovendo a unidade e a solidariedade como pilares da modernização chinesa. Em 2024, o Comitê organizou 20 inspeções temáticas para membros não filiados ao Partido Comunista Chinês (PCC), incluindo representantes de minorias étnicas. Essas iniciativas buscaram garantir, de acordo com o Comitê, que as políticas públicas atendam às necessidades específicas dessas comunidades. Além disso, a CCPPC relatou ter atuado para fortalecer a comunicação entre o governo central e as regiões autônomas, garantindo que as minorias étnicas tenham voz ativa no processo de formulação de políticas. "As complexas circunstâncias e as tarefas formidáveis que enfrentamos tornam ainda mais importante permanecermos unidos como um só. Isso significa consolidar ainda mais a grande união do povo chinês de todos os grupos étnicos, forjando um forte senso de comunidade para a nação chinesa e promovendo a grande solidariedade entre todos os filhos e filhas da nação chinesa, tanto no país quanto no exterior", afirmou o presidente do Comitê. Reforçando a necessidade de evitar que tais compromissos fiquem apenas no campo do debate, Huning destacou que a CCPPC atuará para participar do processo deliberativo em 2025 e apresentará propostas e sugestões durante a formulação do 15º Plano Quinquenal. "Implementaremos efetivamente o plano de consulta de 2025 da CPPCC aprovado pelo Comitê Central do PCCh. A esse respeito, realizaremos consultas e deliberações aprofundadas, e trabalharemos para oferecer sugestões que sejam prospectivas, direcionadas e práticas. Ao fazer isso, facilitaremos melhor a tomada de decisões sólidas e a implementação eficaz de políticas por meio de consultas de alta qualidade e propostas perspicazes", concluiu. <h3>A CCPPC</h3> A Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) é o principal órgão consultivo da China, composto por representantes de diversos setores da sociedade, incluindo partidos políticos, grupos étnicos, empresários, acadêmicos, artistas e líderes religiosos. Criada oficialmente em 1949, a CCPPC não é um órgão legislativo, mas sim um fórum de consulta e deliberação que fornece recomendações e sugestões ao Partido Comunista Chinês (PCC) e ao governo.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250304140336_2a6fc2e6dc4ff6137c93d9c59e60b2b42d6952dd34d67f33ac41998c90e5036f.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="20250304140336_2a6fc2e6dc4ff6137c93d9c59e60b2b42d6952dd34d67f33ac41998c90e5036f" data-rendition-name="original" width="720" height="480" loading="lazy" alt="Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), deu início à sua sessão anual nesta terça-feira em Beijing"><figcaption>Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), deu início à sua sessão anual nesta terça-feira em Beijing(Photo: Xinhua/Huang Jingwen)Xinhua/Huang Jingwen</figcaption></figure>  A CCPPC é parte fundamental do sistema político chinês, que combina elementos de democracia representativa e consultiva. Enquanto a Assembleia Popular Nacional (APN) é o principal órgão legislativo, responsável por aprovar leis e políticas, a CCPPC atua como um espaço plural para discussões e propostas, garantindo que diferentes vozes da sociedade sejam ouvidas. <h3>Quem compõe a CCPPC?</h3> A CCPPC é formada por membros de diversas origens e setores, incluindo: <ul> <li>Representantes dos partidos políticos (além do PCC, há oito partidos menores que atuam em cooperação com o governo);</li> <li>Líderes de grupos étnicos, garantindo a representação das 56 etnias reconhecidas na China;</li> <li>Empresários e representantes do setor privado;</li> <li>Acadêmicos, cientistas e especialistas em diversas áreas;</li> <li>Artistas, escritores e figuras públicas;</li> <li>Líderes religiosos de diferentes credos.</li> </ul>

Guilherme Paladino

Sessão anual do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) - Duas Sessões 2025

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