<p><b>247 – </b>A disputa pelas eleições presidenciais de 2026 já começou, e, segundo o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, o centro do tabuleiro político hoje gira em torno de uma operação de “pressão máxima” para obrigar Jair Bolsonaro a entregar seu capital eleitoral a Tarcísio de Freitas. A avaliação foi feita em entrevista à jornalista <b>Andrea Trus</b>, da <b>TV 247</b>.&nbsp;</p>
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<p>Rui afirma que toda a movimentação judicial e midiática envolvendo Bolsonaro — incluindo prisão, idas e vindas de decisões sobre seu regime de detenção e condenações de generais — tem como objetivo final enquadrá-lo politicamente e neutralizar sua capacidade de interferir na sucessão presidencial.</p>
<h2>“Isso tudo é uma grande farsa política”</h2>
<p>Logo no início da análise, Rui demonstra espanto com a leitura otimista feita por parte da esquerda sobre a prisão de Bolsonaro e a condenação de militares envolvidos na tentativa de golpe:</p>
<blockquote>&nbsp;“É impressionante porque é muita ingenuidade, né? Tudo isso é uma grande farça política. Não tem nada a ver com democracia, com golpe, com nada. O problema são as eleições de 2026.”</blockquote>
<p>Para ele, a ideia de que as condenações afastam o risco de novos golpes é completamente equivocada. O foco real do sistema político e econômico seria a disputa pelo controle da direita nas próximas eleições.</p>
<h2>Bolsonaro sob pressão para apoiar Tarcísio</h2>
<p>Rui sustenta que o grande capital, os bancos e os principais conglomerados de mídia escolheram Tarcísio de Freitas como o candidato ideal para 2026 — e que Bolsonaro é o obstáculo decisivo a ser dobrado:</p>
<blockquote>&nbsp;“A burguesia brasileira precisa fazer com que o Bolsonaro concorde em apoiar um candidato do imperialismo no Brasil, um candidato do grande capital, dos banqueiros, da Rede Globo. Esse candidato é o Tarcísio de Freitas.”</blockquote>
<p>Segundo ele, a ofensiva judicial contra Bolsonaro é parte dessa estratégia de enquadramento:</p>
<blockquote>&nbsp;“Daí a confusão, né? Se o Bolsonaro vai para Papuda, se fica em casa… É um jogo de pressões que tem isso como objetivo.”</blockquote>
<p>Rui diz não ter dúvidas de que o sistema pretende “fazer Bolsonaro ceder aos gritos”, ainda que isso envolva ameaçar sua liberdade:</p>
<blockquote>&nbsp;“É meio assim: ‘ah, você não quer apoiar o Tarcísio? Então vou mandar você para a Papuda’. A hora que ele falar ‘tudo bem, vou apoiar o Tarcísio’, aí muda tudo.”</blockquote>
<h2>“Bolsonaro não deve correr esse risco”</h2>
<p>Rui afirma que a transferência de votos seria desastrosa para o próprio Bolsonaro. Em sua visão, entregar seu capital eleitoral a Tarcísio significaria perder o controle sobre a liderança que construiu desde 2018:</p>
<blockquote>&nbsp;“É perigoso você emprestar sua popularidade. Não é uma coisa simples. O Bolsonaro pode perder uma parte do eleitorado dele para o Tarcísio se apoiar essa candidatura.”</blockquote>
<p>Ele lembra que surgimentos políticos como o de Bolsonaro não acontecem duas vezes:</p>
<blockquote>&nbsp;“Essa conquista é como ganhar na loteria. Você não joga esse dinheiro fora. O Bolsonaro se tornou líder de uma ampla base popular de direita. Isso não acontece duas vezes.”</blockquote>
<p>Por isso, o dirigente afirma que Bolsonaro — e especialmente seus filhos — resistem ao acordão:</p>
<blockquote>&nbsp;“Os filhos dele são mais radicais. Eles querem preservar o legado popular do Bolsonaro.”</blockquote>
<h2>“O plano A da burguesia é Tarcísio com apoio de Bolsonaro”</h2>
<p>Rui descreve com clareza a engenharia eleitoral que, segundo ele, está em curso:</p>
<blockquote>&nbsp;“Plano número um: Tarcísio presidente com apoio do Bolsonaro, no primeiro turno.”</blockquote>
<p>Se isso não ocorrer, há outra estratégia de reserva:</p>
<blockquote>&nbsp;“Plano número dois: lançam vários candidatos de direita para levar o Tarcísio ao segundo turno, mesmo com menos votos que o candidato do PT. Aí unificam toda a direita no segundo turno.”</blockquote>
<h2>A reação dos militares e o “processo fajuto”</h2>
<p>Ao comentar a condenação de generais e a prisão de Bolsonaro, Rui ressalta que isso não representa, como muitos acreditam, um arrocho definitivo sobre as Forças Armadas. Pelo contrário, ele prevê turbulências:</p>
<blockquote>&nbsp;“Esse processo vai gerar uma situação extremamente negativa dentro das Forças Armadas. Vai empurrar o pessoal pra direita.”</blockquote>
<p>Ele critica duramente a qualidade das acusações:</p>
<blockquote>&nbsp;“Todo mundo sabe que esse processo é fajuto. Uma coisa é ver o processo pela Rede Globo. Outra coisa é o que se conversa nos quartéis.”</blockquote>
<h2>O papel da mídia e a ruptura do “acordo tácito” com o governo</h2>
<p>Rui observa que a grande imprensa já entrou em modo de ataque sistemático ao governo:</p>
<blockquote>&nbsp;“Tem que se preparar porque a aliança com a grande imprensa acabou. Eles entraram num modo mais agressivo.”</blockquote>
<p>Ele afirma que a imprensa unifica sua narrativa para desgastar o governo e fortalecer Tarcísio, apontando, por exemplo, reportagens sobre gastos públicos como sinal de retorno ao enfrentamento direto.</p>
<h2>“Os filhos de Bolsonaro estão ajudando o Lula”</h2>
<p>Em um ponto curioso da entrevista, Rui afirma que a resistência da família Bolsonaro a apoiar Tarcísio acaba — involuntariamente — favorecendo a reeleição de Lula:</p>
<blockquote>&nbsp;“O pessoal do PT não percebe, mas o Bolsonaro e os filhos dele estão ajudando o Lula. Muito. Não é pouco, não.”</blockquote>
<p>Para ele, se o acordão fosse fechado e Bolsonaro apoiasse Tarcísio desde já, o cenário ficaria muito desfavorável para o campo progressista:</p>
<blockquote>&nbsp;“Se a candidatura do Tarcísio sair apoiada pelo Bolsonaro, se segura, porque vai ser difícil.”</blockquote>
<h2>O antipetismo e a necessidade de guerra ideológica</h2>
<p>Rui também critica setores da própria esquerda que, segundo ele, alimentam o antipetismo e enfraquecem a luta política contra a extrema direita:</p>
<blockquote>&nbsp;“O antipetismo sistemático é uma política equivocada que joga água no moinho da direita.”</blockquote>
<p>E faz um alerta ao PT:</p>
<blockquote>&nbsp;“Para ganhar a eleição, o PT precisaria transformar a eleição numa guerra ideológica. Eu não estou vendo isso.”</blockquote>
<h2>O centro da disputa é Bolsonaro – e sua capacidade de resistir ao sistema</h2>
<p>A análise de Rui Costa Pimenta estabelece uma narrativa clara: tudo que envolve Bolsonaro neste momento — prisão, julgamentos, pressões, investigações — faz parte de um movimento coordenado do sistema político e econômico brasileiro para que ele entregue seus votos a Tarcísio de Freitas.</p>
<p>Mas, segundo Rui, isso traria riscos profundos à própria sobrevivência política do ex-presidente:</p>
<blockquote>&nbsp;“Bolsonaro não deve correr esse risco.”</blockquote>
<p>E é justamente essa resistência, diz ele, que pode redefinir o xadrez eleitoral até 2026.</p>

Redação Brasil 247

Rui Costa Pimenta (à esq.) e Jair Bolsonaro

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Entrevistas

"O sistema quer forçar Bolsonaro a transferir seus votos para Tarcísio", diz Rui Costa Pimenta

<p><b>247 –</b> A crise venezuelana, a ofensiva militar dos Estados Unidos na América Latina, a escalada de tensões entre China e Japão e o avanço do imperialismo sobre Rússia e Irã formam, segundo Rui Costa Pimenta, um mesmo quadro de preparação para uma guerra de grandes proporções. A análise foi apresentada pelo dirigente do PCO em entrevista à jornalista <b>Andrea Trus</b>, da <b>TV 247</b>.&nbsp;</p>
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<p>Durante a conversa, Rui afirmou que qualquer ataque à Venezuela deve ser compreendido como uma agressão direta também ao Brasil e criticou duramente setores da esquerda latino-americana que, segundo ele, se recusam a defender integralmente o governo de Nicolás Maduro no momento em que o país enfrenta uma ameaça militar real.</p>
<h2>“A Venezuela é a primeira etapa do plano imperialista mundial”</h2>
<p>Rui iniciou sua avaliação destacando que os Estados Unidos já sinalizam publicamente a possibilidade de operações terrestres contra a Venezuela — algo que, para ele, não pode ser subestimado:</p>
<blockquote>&nbsp;“Nós não devemos descartar nenhuma opção, inclusive a invasão do país por terra, porque a política do imperialismo não é guiada por cautela, é guiada por desespero.”</blockquote>
<p>Segundo ele, o que acontece na Venezuela não pode ser visto isoladamente, mas como parte de uma estratégia global de Washington:</p>
<blockquote>&nbsp;“Nós temos que entender que o problema da Venezuela não é a Venezuela em si. O imperialismo está preparando uma guerra contra a China, contra a Rússia, contra o Irã, logicamente, Yemen, vários países. A Venezuela é a primeira etapa desse jogo que eles montaram.”</blockquote>
<p>O dirigente alerta que os EUA não toleram, na região, a presença de um país alinhado a Rússia e China — especialmente às vésperas de um cenário internacional cada vez mais confrontacional:</p>
<blockquote>&nbsp;“Eles não podem ter aqui um país que é abertamente aliado dos russos e dos chineses. É impossível organizar uma guerra global se a América Latina não estiver sob controle.”</blockquote>
<h2>“Um ataque contra a Venezuela é um ataque contra o Brasil”</h2>
<p>Rui afirma que a posição brasileira diante da crise venezuelana é decisiva para toda a América do Sul e critica o que vê como hesitação de setores do governo Lula e da esquerda institucional:</p>
<blockquote>&nbsp;“O ataque contra a Venezuela é um ataque contra o Brasil. Isso que tem que ser bem compreendido. Brasil é o país mais importante da América do Sul. O ataque contra qualquer país da América do Sul é um ataque contra o Brasil.”</blockquote>
<p>Ele argumenta que, nessas circunstâncias, não há espaço para ambiguidade:</p>
<blockquote>&nbsp;“O momento é um momento de apoio total à Venezuela. (...) Tem que estar ali, ó, ombro a ombro com Maduro contra o imperialismo.”</blockquote>
<p>Sobre setores da esquerda que afirmam defender a Venezuela, mas rejeitam defender Maduro, Rui é categórico:</p>
<blockquote>&nbsp;“Eu vi que tem gente que fala assim: ‘Ah, nós defendemos a Venezuela, mas não defendemos o governo Maduro’. Não. Nesse momento, a única briga que cabe é saber se estamos brigando o suficiente contra o imperialismo. Qualquer outra crítica entra depois.”</blockquote>
<h2>China, Japão e Taiwan: “quase uma declaração de guerra”</h2>
<p>Ao analisar o anúncio do Japão de que se opõe a qualquer intervenção chinesa em Taiwan, Rui considera que Tóquio ultrapassou todos os limites:</p>
<blockquote>&nbsp;“O Japão fez uma coisa inacreditável. Interditou a China de intervir em Taiwan, que é território chinês histórico. É quase uma declaração de guerra.”</blockquote>
<p>Ele compara a situação a uma invasão de soberania que jamais seria aceita por qualquer país sério:</p>
<blockquote>&nbsp;“É como se o Brasil tivesse um problema com a ilha de Marajó e os Estados Unidos viessem dizer: ‘Não, você não pode intervir’. É imperialismo puro.”</blockquote>
<p>Para Rui, a posição da esquerda brasileira nesse conflito deve ser inequívoca:</p>
<blockquote>&nbsp;“No enfrentamento entre China, Japão e aliados dos Estados Unidos, nós somos China. Tem que ser intransigentemente a favor da China. E a mesma coisa na Rússia.”</blockquote>
<p>Segundo ele, a disputa em torno de Taiwan é parte da ofensiva global do imperialismo, que tenta atacar cada país isoladamente para evitar que o bloco Rússia–China–Irã–Venezuela atue de forma unificada.</p>
<h2>Rússia e Ucrânia: “soberania é pretexto; a luta é contra o imperialismo”</h2>
<p>Rui também critica a forma como parte da esquerda mundial interpreta a guerra na Ucrânia e acusa setores progressistas de cair em narrativas construídas pelos Estados Unidos e pela OTAN:</p>
<blockquote>&nbsp;“O método da estupidez é analisar cada coisa separada do resto. O imperialismo é uma força mundial. Se há uma luta entre Rússia e a OTAN na Ucrânia, você tem que ficar a favor da Rússia.”</blockquote>
<p>Ele desqualifica o debate sobre “soberania ucraniana”, considerando-o uma cortina de fumaça:</p>
<blockquote>&nbsp;“Isso é bobagem, é conversa distracionista, é cinismo histórico. A soberania vira argumento quando interessa ao imperialismo. Em Taiwan, já não vale. Em outros lugares, também não. Isso é manipulação.”</blockquote>
<h2>Oriente Médio: a continuidade da estratégia global de desestabilização</h2>
<p>Embora não tenha aprofundado o tema, Rui aponta que a expansão do conflito no Oriente Médio — envolvendo especialmente Irã, Iêmen e aliados regionais — faz parte do mesmo movimento de cerco global promovido pelos Estados Unidos:</p>
<blockquote>&nbsp;“O imperialismo vai atacar um por um. Ataca a Venezuela. Aí ataca outro. E ataca outro. Quando você abre o olho, caiu tudo.”</blockquote>
<p>O dirigente vê os EUA como o epicentro de uma operação mundial que tenta reverter, pela força, o avanço estratégico de China, Rússia e Irã nas últimas duas décadas.</p>
<h2>Defesa da integração latino-americana e crítica à passividade regional</h2>
<p>Rui afirma que nenhum país latino-americano deveria aceitar passivamente uma intervenção militar na Venezuela.</p>
<p>Para ele, a história continental demonstra que a agressão a um país é sempre prelúdio de agressão aos demais — e o Brasil, como maior potência do subcontinente, deveria liderar uma resistência explícita:</p>
<blockquote>&nbsp;“O ataque contra a Venezuela abre caminho para atacar o Brasil. Se os norte-americanos fossem o Brasil e o Brasil estivesse fazendo isso com a Venezuela, eles nunca ficariam quietos. Nunca.”</blockquote>
<p>Ele diz que a neutralidade, nesse contexto, equivale a cumplicidade.</p>
<h2>Conclusão: alerta contra a guerra global e defesa incondicional da Venezuela</h2>
<p>Ao longo da entrevista, Rui Costa Pimenta reforça que a ameaça de uma intervenção terrestre na Venezuela é real, imediata e inserida em uma estratégia de guerra global que envolve simultaneamente América Latina, Leste Europeu e Ásia.</p>
<p>Para ele, <b>a esquerda brasileira precisa abandonar ambiguidades e assumir defesa total da Venezuela, da China e da Rússia</b>, sob pena de contribuir — mesmo involuntariamente — para o avanço imperialista.</p>
<p>Sua frase mais forte resume o sentido da análise:</p>
<blockquote>&nbsp;<b>“O ataque contra a Venezuela é um ataque contra o Brasil.”</b></blockquote>
<p>E é esse alerta, dirigido não só ao Brasil, mas a toda a América Latina, que ele considera essencial nesse momento de crescente instabilidade internacional.</p>

"Um ataque à Venezuela é uma agressão também ao Brasil", diz Rui Costa Pimenta

<p><b>247 –</b> A burguesia brasileira “vai trabalhar muito meticulosamente para destruir a candidatura do Lula” nas eleições de 2026, avaliou o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, em entrevista à TV 247 nesta sexta-feira, 14 de novembro. Segundo ele, o objetivo central da classe dominante é produzir uma disputa “nem Lula, nem Bolsonaro”, abrindo caminho para um governo capaz de aplicar, sem resistência popular, um projeto neoliberal profundo.&nbsp;</p>
<p>Rui analisou o avanço da extrema direita na América do Sul, os acordos do presidente argentino Javier Milei com Donald Trump — atual presidente dos Estados Unidos —, o cerco imperialista contra a Venezuela e os riscos crescentes para o Brasil. Ele destacou que essa ofensiva regional é expressão de um capitalismo global “num beco sem saída”, que só consegue avançar “espoliar de maneira muito agressiva os povos do mundo inteiro”.</p>
<h2>“Milei praticamente entregou o país ao Trump”</h2>
<p>Comentando o acordo de livre comércio assinado entre Argentina e Estados Unidos, Rui foi direto: “o Milei praticamente entregou o país ao Donald Trump. a Argentina assume sua condição colonial.”</p>
<p>Para ele, Milei é “muito representativo” da nova onda neoliberal que atravessa o continente. Rui afirmou que não se trata de decisões individuais, mas de uma política estrutural do imperialismo, aplicada também em países como Peru, Equador e Bolívia — e que tende a pressionar cada vez mais o Brasil e o governo do presidente Lula.</p>
<h2>Trump como “figura secundária” do imperialismo</h2>
<p>Respondendo a críticas de que teria relativizado o impacto de Trump, Rui reforçou:<br/>
 “o Trump é presidente dos Estados Unidos. você não pode ser o anjo Gabriel sendo presidente do grande satã.”</p>
<p>Ele explicou que não considera Trump “melhor” que seus adversários internos, mas uma figura “que atrapalha o jogo do imperialismo”, ainda que sem força para alterar sua lógica. Rui lembrou que golpes e ofensivas na América Latina ocorreram antes da volta de Trump ao poder: "o golpe na Venezuela e a tentativa da Corina Machado foram antes do Trump. a ditadura no Peru também é anterior.”</p>
<h2>Chacinas, repressão e risco de alinhamento brasileiro</h2>
<p>Na parte da entrevista dedicada ao Brasil, Rui relacionou a recente chacina no Rio de Janeiro a orientações políticas mais amplas ligadas aos Estados Unidos. Ele advertiu que setores do governo brasileiro podem ceder à pressão para adotar discursos e práticas repressivas: “O PT está sendo pressionado por motivos eleitorais a aderir a essa política repressiva. é um erro colossal.”</p>
<p>Segundo ele, pesquisas que tentam mostrar apoio popular a ações policiais violentas “não são idôneas”. Rui relatou que militantes do pco estiveram no Complexo do Alemão logo após a operação e encontraram ampla rejeição popular.</p>
<h2>Venezuela: “o Brasil tende a ficar em cima do muro”</h2>
<p>Sobre a mobilização militar estadunidense no Caribe, Rui avaliou que o Brasil não deverá oferecer um apoio sólido à Venezuela sem forte pressão popular:<br/>
 “vai depender muito da mobilização. nós vamos organizar uma campanha ampla em defesa da Venezuela.”</p>
<p>Para ele, apesar da propaganda negativa contra Nicolás Maduro, a maioria do povo brasileiro rejeitaria uma intervenção estrangeira no país vizinho.</p>
<h2>A geopolítica global e o risco crescente de guerra</h2>
<p>Rui também comentou a postura da Rússia e da China, que vêm se manifestando abertamente contra a ameaça dos Estados Unidos à Venezuela: “a Rússia está pronta a atender todas as demandas da Venezuela, inclusive no campo militar. isso é muito bom.”</p>
<p>Ele situou o conflito dentro de uma disputa global mais ampla, que envolve Ucrânia, Oriente Médio e o cerco à China: “o imperialismo está armando uma guerra de grandes proporções contra China, Rússia e Irã.”</p>
<h2>A eleição brasileira de 2026: “o plano é Lula fora do jogo”</h2>
<p>A parte mais tensa da conversa foi dedicada ao cenário eleitoral brasileiro. Rui foi categórico: “a burguesia vai trabalhar muito meticulosamente para destruir a candidatura do Lula.”</p>
<p>Ele afirmou que o capital financeiro e os grandes grupos econômicos desejam uma eleição sem Lula e sem Bolsonaro, apostando em nomes como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ronaldo Caiado ou mesmo Ciro Gomes, caso ele migre para o PSDB.</p>
<p>Segundo Rui, Lula e Bolsonaro são rejeitados pela burguesia “pelo mesmo motivo”:<br/>
 “os dois têm base popular. os dois evitam políticas abertamente impopulares. mas a burguesia quer uma política que mate milhões se for preciso, como na Argentina.”</p>
<p>Ele destacou que Fernando Haddad, ao admitir que pode deixar o ministério da Fazenda, sinaliza que gostaria de disputar a presidência, mas isso facilitaria o plano da direita:<br/>
 “se o Lula desistir e colocar o Haddad, a burguesia elege seu candidato com facilidade.”</p>
<h2>PT, antipetismo e a fragilidade diante da ofensiva da direita</h2>
<p>Rui apontou que o PT está “muito adaptado” às pressões da direita e adota frequentemente políticas de conciliação, como a escolha de Geraldo Alckmin como vice:<br/>
 “o PT abriga antipetistas e não combate o antipetismo. isso enfraquece o partido.”</p>
<p>Ele avalia que, sem mobilização popular, o governo Lula terá extrema dificuldade, mesmo que vença: “a eleição não vai resolver a parada. mesmo que ganhe, o Lula estaria na contramão do que a burguesia quer. o governo poderia até cair antes do fim.”</p>
<h2>Conclusão: só a mobilização popular pode conter a nova ofensiva</h2>
<p>Rui encerrou afirmando que a crise ainda está em desenvolvimento, mas que o sentido geral é claro: &nbsp;“não vamos encontrar a solução para os problemas brasileiros na eleição. é preciso uma mobilização geral da população.” A entrevista completa está disponível no canal TV 247 no YouTube.</p>
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"A burguesia vai trabalhar meticulosamente para destruir a candidatura Lula", diz Rui Costa Pimenta

<p><b>247 –</b> O intelectual marxista Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, afirmou que “o imperialismo está se encaminhando para a guerra” e que não tem “a menor dúvida” sobre esse cenário. As declarações foram dadas em entrevista à TV 247, conduzida pelo jornalista Leonardo Attuch.</p>
<p>Logo no início, Rui contextualizou a escalada geopolítica: “O imperialismo está se encaminhando para a guerra, né? Isso é líquido e certo. Eu não tenho a menor dúvida sobre isso daí.” Para ele, “dois países eles são a linha de frente desse combate. Um é a Venezuela e outra é o Irã”, enquanto a estratégia das potências ocidentais seria “cercar a Rússia e a China” por meio de pressões regionais.</p>
<h2>Venezuela, Irã e a reconfiguração energética</h2>
<p>Rui avaliou que a Venezuela ocupa posição estratégica no tabuleiro, inclusive pela proximidade com o mercado norte-americano: “Venezuela tá no Caribe, é só pegar o navio e ir até os Estados Unidos. Aqui ninguém põe a mão.” Segundo ele, também não está descartada a hipótese de choques envolvendo o Irã. Nesse contexto, discutiu-se na live uma possível tentativa de deslocar parte do abastecimento de petróleo do Oriente Médio para a América do Sul — com ênfase em Venezuela e Brasil — debate que, para Rui, tende a acirrar disputas e interferências na região.</p>
<h2>ONGs e o debate público</h2>
<p>Um dos pontos mais duros da entrevista foi a crítica à atuação de organizações não governamentais em pautas sensíveis, como meio ambiente e direitos humanos. Rui afirmou: “Essas ONGs aí nada mais são do que um braço dos serviços de inteligência do imperialismo”, apontando “infiltração” estrangeira e defendendo que a esquerda brasileira faça um escrutínio mais rigoroso sobre financiamento e agendas dessas entidades.</p>
<h2>Desenvolvimento nacional, infraestrutura e petróleo</h2>
<p>A conversa passou pelo desafio do desenvolvimento brasileiro. Rui defendeu obras de infraestrutura — como ferrovias — e criticou campanhas que bloqueiam projetos estratégicos: “Se você tem que escoar o grão, ou ele vai de caminhão ou ele vai de trem.” Ao tratar de energia, lançou um ataque frontal a setores que se opõem à exploração de petróleo no país, inclusive na Margem Equatorial, sustentando que há instrumentalização externa: “Esses idiotas aí que são contra a exploração do petróleo, eles estão simplesmente fazendo o jogo das grandes petroleiras norte-americanas.”</p>
<h2>Ambiente político interno e “caça” ao presidente Lula</h2>
<p>Questionado sobre o quadro doméstico, Rui disse enxergar um cerco em andamento: “Eu tô vendo o cerco ao Lula crescer, não tô vendo diminuir, não.” Para ele, a pressão combina ofensivas midiáticas, legislativas e judiciais, num ambiente que considera de “golpe de Estado permanente” na América Latina desde o golpe de Estado contra Dilma Rousseff.</p>
<p>A entrevista destaca um fio condutor: disputas energéticas e logísticas atravessam a geopolítica, recolocando a América do Sul no centro de um tabuleiro em que interesses internacionais tentam influenciar políticas nacionais — do licenciamento de petróleo a corredores ferroviários. Ao mesmo tempo, o ambiente interno se polariza, e a liberdade de expressão no debate público se vê tensionada por processos e campanhas de deslegitimação. Assista:</p>
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Rui Costa Pimenta: o imperialismo está se encaminhando para a guerra

<p><b>247 – </b>Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, afirmou que o isolamento internacional de Israel “chegou ao fundo do poço” e que a conjuntura mundial expõe uma crise estrutural do imperialismo. As declarações foram dadas na <b>análise política semanal</b> publicada em 26 de setembro de 2025 na TV 247; o conteúdo original pode ser visto aqui: <i>“Rui Costa Pimenta: ‘Até o Trump tentou se segurar no Lula’”</i> (fonte: YouTube)</p>
<p>No programa,Rui comentou a vaia a Benjamin Netanyahu na Assembleia-Geral da ONU, a atuação do presidente Lula no debate multilateral e os desdobramentos políticos no Brasil e na Argentina. Ele também criticou o punitivismo judicial no país e a política de juros altos.</p>
<h3>Israel “pária internacional” e a crise do imperialismo</h3>
<p>Rui avaliou que a ofensiva israelense em Gaza tornou-se insustentável política e moralmente:</p>
<blockquote>&nbsp;“Eles estão sustentando aí uma situação que é insustentável”<br/>
 “Eles estão no tudo ou nada nesse momento”</blockquote>
<p>Para ele, a continuidade do conflito aprofunda a instabilidade nos países centrais:</p>
<blockquote>&nbsp;“Nos países imperialistas europeus, isso já é uma causa de desestabilização política dos regimes. E nos Estados Unidos está se formando uma maioria também contra o genocídio em Gaza”</blockquote>
<p>Segundo Rui, a perseguição ao Hamas não terá desfecho militar e forçará uma saída traumática para o bloco ocidental:</p>
<blockquote>&nbsp;“Como eles não vão conseguir erradicar o Ramá, vai ter que… encontrar uma solução e essa solução vai ser uma grande crise para o imperialismo”</blockquote>
<h3>Lula na ONU e o pragmatismo internacional</h3>
<p>Ao avaliar a participação de Lula na Assembleia-Geral, Rui destacou o contraste entre a credibilidade do presidente brasileiro e a crise dos líderes do eixo ocidental:</p>
<blockquote>&nbsp;“O que eu vi principalmente é que todo mundo queria tirar fotografia com Lula… porque o pessoal tá todo em crise… Até o Trump fez essa jogada num certo sentido”</blockquote>
<p>Ele pondera, contudo, que o discurso de Lula tem forte componente retórico:</p>
<blockquote>&nbsp;“Ele falou de Gaza, mas ele também não faz nada sobre Gaza… Mas de qualquer maneira… coloca o Lula como representante de ideais civilizatórios”</blockquote>
<p>Rui rechaçou a hipótese de substituição de Jair Bolsonaro como interlocutor preferencial de Trump por Lula:</p>
<blockquote>&nbsp;“Eu acho que não. Não tem motivo para isso”</blockquote>
<h3>Economia mundial em declínio</h3>
<p>Em sua leitura de conjuntura, Rui vinculou o quadro geopolítico à estagnação capitalista:</p>
<blockquote>&nbsp;“A crise é uma crise econômica do capitalismo… O capitalismo tá numa rota descendente… a economia capitalista só vai afundar”</blockquote>
<h3>Milei, Argentina e o recuo do receituário neoliberal</h3>
<p>Sobre a situação argentina, Rui separou o fracasso do governo Javier Milei do desempenho da extrema direita europeia:</p>
<blockquote>&nbsp;“O que tá fracassando na Argentina não é a extrema direita em si, é a política neoliberal… É um fracasso econômico”</blockquote>
<h3>Brasil: direita dividida, STF e imunidade parlamentar</h3>
<p>Rui avaliou que a direita segue sem unificação em torno de Tarcísio de Freitas e que o “episódio Bolsonaro” permanece aberto. Ele criticou o viés punitivista e a erosão de prerrogativas do Legislativo:</p>
<blockquote>&nbsp;“A imunidade parlamentar é um instituto democrático tradicional… O Congresso brasileiro tá totalmente desarmado nesse sentido”<br/>
 “Essa reivindicação é para fortalecer o controle do STF sobre o Congresso”</blockquote>
<p>Sobre liberdade de expressão, fez um alerta:</p>
<blockquote>&nbsp;“Hoje no Brasil a extrema direita que defende a liberdade de expressão. Deram para ela de presente… Eu defendo a liberdade de expressão, sempre defendi”</blockquote>
<h3>Juros, câmbio e Banco Central</h3>
<p>Rui atacou os juros elevados e diferenciou a postura do atual comando do BC da gestão anterior, ainda que com críticas:</p>
<blockquote>&nbsp;“Nenhum país aguenta essa taxa de juros por muito tempo… é um crime contra o país”<br/>
 “Discordo da taxa de juros… Mas não acho que seja exatamente igual a política… do Campos Neto. O Campos Neto era um cara que era um sabotador"</blockquote>
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Rui Costa Pimenta: até Trump tentou se segurar em Lula

<p><b>247 – </b>Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, participou de uma conversa ao vivo no canal da TV 247 nesta sexta-feira, 19 de setembro de 2025, apresentada por Andrea Trus. A entrevista foi transmitida pelo YouTube e pode ser assistida <a href="https://www.youtube.com/watch?v=TIh45bV2Lrs" target="_new">neste link</a>.&nbsp;</p>
<p>Logo no início, Rui centrou fogo no debate sobre a PEC das prerrogativas, defendendo o instituto da imunidade parlamentar como garantia democrática básica e criticando a campanha contrária. Para ele, a ofensiva “vem da Rede Globo” e é acompanhada por setores da esquerda. “A Constituição de 88 garantia a imunidade parlamentar. Isso aí foi quebrado durante o governo FHC”, disse. Em seguida, resumiu o que considera o objetivo oculto dos ataques: “O Congresso não tem que ficar a mercê do STF, tá certo? tem que ter autorização do Congresso para processar os deputados”.</p>
<h2>PEC das prerrogativas, STF e lawfare</h2>
<p>Rui criticou a ideia de que o combate ao crime justifique suprimir garantias: “Nós temos que defender os direitos democráticos. Em segundo lugar, a perseguição ao crime, né? … não vamos destruir todo o sistema de garantias democráticas para poder perseguir criminosos”. Para ele, o moralismo anticorrupção reaviva práticas de lawfare: “Esse negócio do do da PEC é outra campanha lavajatista. Parece que o pessoal não consegue largar o PSDB”.</p>
<p>A relação entre Poderes também foi alvo: “É, o legislativo brasileiro é um legislativo totalmente castrado. O STF aprova leis. O STF desfaz as leis que o Congresso aprova”. E arrematou: “É um tribunal político, não há dúvida nenhuma disso”.</p>
<h2>“Resistência é o que o pessoal tá fazendo em Gaza”</h2>
<p>Ao tratar do vocabulário político, Rui rejeitou o uso banalizado de “resistência” no Brasil: “Resistência é o que o pessoal tá fazendo em Gaza. Isso é resistência”. Ele ressaltou que, apesar do sofrimento imposto à população palestina, a resistência não foi derrotada: “Em 2 anos… o imperialismo todo junto… e eles não conseguiram derrotar a resistência”.</p>
<p>Questionado sobre a escolha de Eduardo Bolsonaro como líder da minoria e suas ações nos EUA, Rui separou “normalidade” política de concordância: “Normal, eu acho que é é a política dele. Agora, eu não concordo”. E pontuou o limite: “Ele tá fazendo isso de uma maneira que não é correta, que é pedir a intervenção direta de um governo estrangeiro na política nacional. Isso tem que ser completamente repudiado”.</p>
<h2>EUA, Donald Trump e o imperialismo</h2>
<p>Ao comentar os Estados Unidos, Rui advertiu contra leituras maniqueístas. Ele afirmou que <b>Donald Trump é o atual presidente dos Estados Unidos</b> e que não o apoia, ao mesmo tempo em que critica a tentativa de “limpar a ficha” de outros líderes ao demonizá-lo: “Trump é presidente dos Estados Unidos. Para mim, só o fato da pessoa tá na presidência dos Estados Unidos já torna ele um criminoso”. Segundo Rui, há setores da base trumpista contrários às “guerras eternas”, o que por vezes “atrapalha os planos do pessoal mais… falcão”. Mas afastou qualquer ilusão humanitária: “Ele quer acabar com a guerra na Rússia porque ele é uma boa pessoa, porque ele é humanitário. Não, ele tem noção, ele tem interesses”.</p>
<p>Sobre a Venezuela, Rui reforçou o dever de solidariedade frente à “agressão” e mencionou pressões para derrubar o governo Maduro: “O Trump falou que esse não é o objetivo dele, mas tem gente no governo dele que quer derrubar o governo da Venezuela. Nós temos que nos colocar contra isso também”.</p>
<h2>Globo, FHC e a destruição do Estado nacional</h2>
<p>Rui recuperou a história recente para criticar a mídia hegemônica e o governo FHC: “Pior do que o governo FHC no Brasil, vai ser difícil… Ele entregou toda todo o patrimônio público brasileiro a troco de nada. Foi um desmonte geral”. Ele também associou a cobertura anticorrupção à preparação do golpe de 2016 e ao uso político do Judiciário desde o “mensalão”: “2012 foi o julgamento de uma salão. Já era… o golpe de estado contra Dilma”.</p>
<p>Ao final, Rui comentou a greve geral na França e a impopularidade de Emmanuel Macron: “Foi uma mobilização enorme contra a política de austeridade do governo Macron… a verdade deve tá no meio aí entre 500 e 1.000”. Para ele, a conjugação de crise econômica, guerra e Palestina alimenta um ciclo de protestos com potencial de “crise de grandes proporções”. Assista:</p>
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Rui Costa Pimenta critica manifestação da Globo: “resistência é o que o pessoal tá fazendo em Gaza”

<p><b>247 –</b> Em entrevista à <b>TV 247</b>, o presidente do PCO, <b>Rui Costa Pimenta</b>, analisou o cenário político nacional e internacional. Para ele, o processo judicial contra Jair Bolsonaro tem como efeito inesperado manter Lula em posição de vantagem ao travar a articulação da direita em torno de um novo nome.</p>
<p>Segundo Rui, a candidatura de Tarcísio de Freitas é o projeto preferencial da burguesia brasileira, mas ainda depende da saída definitiva de Bolsonaro do jogo. <b>“Bolsonaro nesse momento é o melhor amigo do Lula, porque ele que está impedindo a candidatura do Tarcísio de progredir”</b>, afirmou. E acrescentou: <b>“O plano A do Bolsonaro é o próprio Bolsonaro. O Tarcísio será no máximo um plano B”</b>.</p>
<h2>Tarcísio e o projeto da classe dominante</h2>
<p>Rui destacou que a elite econômica já trabalha para lançar Tarcísio como candidato viável à sucessão presidencial. O governador de São Paulo é visto como um gestor “confiável” pela imprensa e pelo mercado. Entretanto, Rui alertou que <b>não há clareza sobre se Bolsonaro aceitará apoiá-lo</b>, uma vez que o ex-presidente mantém como prioridade disputar novamente.</p>
<p>Nesse sentido, a eventual prisão ou inelegibilidade de Bolsonaro pode abrir espaço para a consolidação de Tarcísio como representante da direita tradicional. Até lá, no entanto, a polarização entre Lula e Bolsonaro permanece, fortalecendo a posição do atual presidente.</p>
<h2>Soberania e contradições na política externa</h2>
<p>Ao tratar do cenário internacional, Rui criticou a postura do governo brasileiro diante das ameaças dos Estados Unidos contra a Venezuela. <b>“O governo brasileiro não protestou com a energia suficiente”</b>, disse, defendendo que o Itamaraty deveria ter convocado uma reunião de emergência com países da região e levado o caso à ONU.</p>
<p>Para ele, há uma contradição entre o discurso de defesa da soberania nacional e a omissão diante da violação da soberania venezuelana: <b>“Não dá para você defender a soberania do seu país e descartar a soberania dos demais”</b>.</p>
<h2>STF, repressão e efeitos políticos</h2>
<p>Outro ponto central da entrevista foi a análise da ofensiva judicial contra Bolsonaro. Rui alertou que a prisão pode produzir efeito contrário ao desejado: <b>“Cadeia não derruba ninguém… transforma a pessoa numa lenda, num mito”</b>. Ele lembrou o exemplo de Nelson Mandela, que passou 20 anos na prisão e saiu para ser presidente da África do Sul.</p>
<p>Segundo Rui, a burguesia aposta em remover Bolsonaro do caminho para viabilizar Tarcísio, mas esse movimento pode fortalecer ainda mais a extrema direita. <b>“É uma fantasia achar que esse é o caminho para derrotar uma força política”</b>, disse.</p>
<h2>Drogas, crime organizado e repressão internacional</h2>
<p>Rui também comentou a recente operação contra o PCC e a relação entre crime organizado e economia formal. Para ele, a ofensiva é parte de uma estratégia internacional e não resolverá o problema: <b>“Se o crime é uma coisa lucrativa… com repressão, vai tornar ainda mais lucrativo”</b>.</p>
<p>Ele defendeu a legalização como alternativa: <b>“Eu sou a favor da legalização das drogas… de todas as drogas, para falar a verdade. Ninguém vai parar de consumir droga porque é proibido”</b>.</p>
<h2>Moralismo e agenda da extrema direita</h2>
<p>Questionado sobre temas como controle parental e “adultização”, Rui criticou a crença em soluções simplistas: <b>“Tudo que é proibido é mais atraente”</b>. Para ele, a exploração de pautas morais é uma estratégia da extrema direita para mobilizar o eleitorado, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos sob Donald Trump, atual presidente norte-americano.</p>
<p>A análise de Rui Costa Pimenta evidencia uma leitura crítica do cenário: a burguesia aposta em Tarcísio como candidato da classe dominante, mas a permanência de Bolsonaro em campo mantém a polarização e, por enquanto, favorece Lula. Ao mesmo tempo, a política externa brasileira mostra contradições diante da crise na Venezuela, e o uso da repressão como solução política ou social — seja contra o bolsonarismo, seja contra o crime organizado — pode acabar fortalecendo justamente aqueles que se pretendia enfraquecer. Assista:</p>
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"Bolsonaro é hoje o melhor amigo de Lula", diz Rui Costa Pimenta

<p><b>247 – </b>Em entrevista concedida à TV 247, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), <b>Rui Costa Pimenta</b>, analisou a conjuntura internacional e nacional, destacando a crescente ameaça do imperialismo contra a Venezuela. Segundo ele, essa ofensiva deve ser encarada também como uma agressão direta ao Brasil. “<b>A ameaça do imperialismo contra qualquer país na América do Sul é uma ameaça direta ao Brasil, direta</b>”, afirmou Rui.</p>
<p>No início da entrevista, Rui Costa Pimenta falou sobre seu artigo publicado no Brasil 247 sobre os 85 anos do assassinato de Leon Trotsky. Ele lembrou a importância histórica do revolucionário russo como continuador do marxismo e contrapôs sua postura à degeneração do estalinismo. Para Rui, “<b>Trotsky era um político extremamente realista, foi quem organizou a insurreição de outubro e criou do nada um exército de seis milhões de homens. Não era um sonhador</b>”.</p>
<p>O dirigente do PCO argumentou que o estalinismo manchou a imagem do comunismo, sendo responsável por derrotas históricas da classe trabalhadora e até pela ascensão de Hitler na Alemanha. Além disso, destacou que o estalinismo contribuiu para a criação do Estado de Israel, ao apoiar o sionismo militarmente por meio da Tchecoslováquia.</p>
<h2>Imperialismo em crise: Ucrânia e a destruição de nações</h2>
<p>Ao abordar a guerra na Ucrânia, Rui classificou o conflito como a maior derrota recente do imperialismo. Ele citou informações de baixas de mais de um milhão de soldados ucranianos e denunciou a utilização do país como mero “terreno alugado” para uma guerra contra a Rússia. “<b>O imperialismo não tem amigos, apenas vítimas. O povo ucraniano foi sacrificado em função dos interesses do imperialismo</b>”, afirmou.</p>
<p>Segundo Rui, ainda que o atual presidente dos Estados Unidos, <b>Donald Trump</b>, tente buscar acordos, a estrutura imperialista como um todo não está disposta a recuar. Ele definiu Trump como “<b>uma força marginal do imperialismo</b>”, com pouca capacidade de interferir na política internacional.</p>
<h2>A Venezuela e os riscos para o Brasil</h2>
<p>Rui Costa Pimenta fez duras críticas à presença da frota norte-americana nas águas venezuelanas, classificando o ato como uma violação flagrante da soberania de um país vizinho. Para ele, o governo brasileiro deveria reagir com firmeza: “<b>O governo Lula já deveria ter se pronunciado contra a presença da frota norte-americana. Isso é um atentado contra a soberania da Venezuela e, portanto, contra a nossa própria soberania</b>”.</p>
<p>O líder do PCO defendeu ainda que o Brasil normalize plenamente suas relações com Caracas e criticou a postura do governo ao não reconhecer, no passado, a legitimidade das eleições venezuelanas.</p>
<h2>Política nacional e a crise da democracia liberal</h2>
<p>No plano interno, Rui afirmou que o impedimento judicial de candidaturas — como aconteceu com Lula em 2018 e agora com Jair Bolsonaro — configura golpe de Estado. “<b>Usar um processo judicial para impedir alguém de participar das eleições é um golpe contra a democracia</b>”, disse.</p>
<p>Ele também criticou o sistema político brasileiro, que, segundo ele, funciona como fachada para os interesses do grande capital e do imperialismo. Para Rui, a extrema direita só representa uma ameaça real quando conta com apoio direto do imperialismo internacional.</p>
<h2>Lula, 2026 e os desafios da esquerda</h2>
<p>Questionado sobre as eleições de 2026, Rui reconheceu que, diante da conjuntura, a candidatura do presidente Lula aparece como a melhor alternativa para barrar o avanço do imperialismo e da direita no Brasil. No entanto, ele avaliou que o governo tem adotado medidas equivocadas, como a aprovação de restrições ao uso de celulares por adolescentes, medida que, em sua visão, “jogará água no moinho do bolsonarismo”.</p>
<p>Apesar das críticas, Rui reforçou que o cenário é de defesa da soberania nacional frente às ameaças externas e internas: “<b>A agressão contra a Venezuela deve ser entendida como um alerta: a América do Sul inteira está sob risco de intervenção e o Brasil não está fora desse alvo</b>”.</p>
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Rui Costa Pimenta: ameaça do Império à Venezuela é também ao Brasil

<p><b>247 – </b>Em entrevista concedida à TV 247 no dia 15 de agosto, o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, analisou a conjuntura internacional e nacional, abordando temas como a guerra na Ucrânia, a regulação das redes sociais e o futuro político de Jair Bolsonaro.&nbsp;</p>
<p>Ao comentar a cúpula marcada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, Rui destacou que não espera acordos concretos, mas uma movimentação política que pode pesar nas negociações em torno do conflito.</p>
<p>Ele afirmou que “a vitória da Rússia nessa guerra está consolidada”, destacando que “as forças armadas ucranianas e o regime de Zelensky estão se desfazendo” e que “as sanções tiveram efeito muito pequeno”. Segundo Rui, Moscou adotou uma política cautelosa e gradativa, o que fortaleceu sua posição internacional.</p>
<h2>Regulação da internet e caso Felca</h2>
<p>Rui Costa Pimenta também criticou a instrumentalização de casos de exploração de menores para justificar projetos de regulação das redes sociais. Para ele, a ofensiva tem caráter político e visa restringir a liberdade de expressão.</p>
<p>“É uma política geral do imperialismo de conter a internet, porque a internet é uma coisa muito revolucionária. É difícil conter a disseminação de informação”, declarou.</p>
<p>Ele comparou as propostas de proibição do uso de celulares e redes sociais por adolescentes a “um projeto nazista, 1984 puro e simples”, acrescentando que “o que as pessoas precisam é de mais informação, não menos informação”.</p>
<h2>O julgamento de Bolsonaro e os planos da burguesia</h2>
<p>Sobre o julgamento de Jair Bolsonaro marcado para setembro, Rui foi categórico: “Na prática ele já está condenado. Para não estar, a crise precisaria aumentar muito”.</p>
<p>Segundo ele, a burguesia busca retirar Bolsonaro da disputa eleitoral para abrir espaço a um candidato que atenda aos interesses do capital, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “O plano é nem Lula, nem Bolsonaro. Querem torcer o braço dele para que apoie outro nome”, disse.</p>
<p>Rui ainda alertou que, enquanto cresce a mobilização pela condenação de Bolsonaro, setores do capital financeiro e internacional preparam um “golpe maior” contra os direitos sociais e a soberania nacional, citando como exemplo as políticas de desmonte da Argentina sob Javier Milei.</p>
<h2>Sanções dos EUA e o programa Mais Médicos</h2>
<p>Outro ponto de destaque foi a decisão do governo Trump de suspender o visto do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de sua esposa, em retaliação ao programa Mais Médicos. Para Rui, a medida representa uma tentativa de pressionar o governo Lula e atacar a cooperação com Cuba.</p>
<p>“O Mais Médicos foi um dos melhores programas do governo Lula. Atacar isso é uma selvageria. Como é que você vai ser contra levar assistência médica para a população pobre?”, questionou.</p>
<p>A análise de Rui Costa Pimenta reforça sua visão crítica sobre a ofensiva imperialista internacional e sobre os riscos de restrição das liberdades democráticas no Brasil. Para ele, é preciso ampliar o debate público e evitar que crises fabricadas sejam utilizadas como pretexto para golpes contra a soberania nacional e os direitos do povo. Assista:</p>
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Rui Costa Pimenta: Bolsonaro já está condenado

<p><b>247 –</b> Em entrevista concedida nesta sexta-feira (25), ao canal <i>TV 247</i>, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, traçou um panorama agudo sobre o atual momento político brasileiro e internacional. Pimenta analisou temas como o papel de Donald Trump, a postura do governo Lula, as manobras do Judiciário e o risco de aprofundamento da crise institucional. A íntegra da conversa está disponível no canal oficial da TV 247 no YouTube (<a href="https://www.youtube.com/live/4D5tV1au0K0"><u>assista aqui</u></a>).</p>
<p>Um dos pontos centrais da análise de Rui Costa Pimenta foi o papel desempenhado por Donald Trump na política global. O presidente do PCO rejeitou a tese de que o republicano represente os interesses do imperialismo tradicional. “O Trump não é representante do imperialismo. Ele é uma expressão da crise do imperialismo”, afirmou. Para Pimenta, Trump confronta setores do chamado “deep state”, como as indústrias armamentistas e agências de inteligência, tradicionalmente associadas aos Democratas.</p>
<p>Ele também destacou que os interesses do atual presidente dos Estados Unidos – que assumiu seu segundo mandato em 2025 – se diferenciam dos do establishment: “Trump é de outra ala da burguesia americana. Age por vezes a favor do imperialismo, porque é presidente, mas não é o seu agente direto”, disse.</p>
<h3><b>Críticas à esquerda liberal: “Frente do imperialismo dito democrático”</b></h3>
<p>Rui Costa Pimenta teceu duras críticas à participação do presidente Lula em encontros internacionais com líderes de esquerda liberal, como o realizado no Chile. “Esse tipo de articulação é uma frente do imperialismo dito democrático. Lula não deveria patrocinar isso”, afirmou, ao mencionar a presença de Pedro Sánchez e Keir Starmer como parte de um alinhamento com o imperialismo ocidental.</p>
<p>Segundo Pimenta, a esquerda institucional está “presa a uma ilusão” de luta entre democracia e fascismo que, na verdade, mascara a dominação imperialista global. “Estão transformando o Biden quase em santo”, ironizou.</p>
<h3><b>Bolsonaro, STF e anistia: “Estão com medo das consequências”</b></h3>
<p>Ao comentar o embate entre Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal, especialmente as decisões do ministro Alexandre de Moraes, o presidente do PCO observou que o ex-presidente da República segue exercendo forte influência. “O Bolsonaro não foi preso porque a situação é crítica. O pessoal tem medo das consequências. Ele é uma força poderosa”, disse.</p>
<p>Rui também apontou que há uma tentativa de articulação entre setores da direita institucional visando garantir a anistia ao ex-presidente. “O objetivo imediato do bolsonarismo é a anistia no Congresso antes das eleições. Essa é a fase atual do jogo político”, alertou. Ele ainda sugeriu que a falta de votação sobre o tema indica que o bolsonarismo pode ter apoio suficiente para vencer, e por isso a matéria não é pautada.</p>
<p>Sobre o governo Lula, Pimenta afirmou que a condução atual carece de mobilização popular. “Não se ganha luta política mobilizando juízes. Isso tende a dar errado”, declarou. Para ele, o governo perde conexão com suas bases, citando inclusive a carta de cobrança enviada pelo MST ao presidente. “Não adianta dizer à base que está tudo bem quando não está. O povo não está feliz”, completou.</p>
<p>Ele também advertiu sobre a armadilha de seguir a lógica da frente ampla com forças neoliberais: “Os aliados do PT, como a Rede Globo, são associados ao imperialismo mundial”. E completou: “Se continuar nessa linha, o PT vai pagar caro”.</p>
<h3><b>O papel da mídia e o risco de convulsão social</b></h3>
<p>Pimenta criticou a postura dos grandes veículos de imprensa que, segundo ele, estão tentando “manter Bolsonaro vivo politicamente”, inclusive com editoriais defendendo seu direito de fala. “A imprensa quer tirar o Bolsonaro da eleição, mas sem exagerar, para evitar que o caldo entorne”, afirmou.</p>
<p>Na visão do dirigente, o bolsonarismo continua sendo um trunfo para o sistema. “O maior aliado do Lula hoje é o Bolsonaro. Sem o bandido, o mocinho perde sua função no roteiro”, ironizou.</p>
<h3><b>A crise como prenúncio de rupturas</b></h3>
<p>Por fim, Rui Costa Pimenta alertou para o risco de uma crise ainda mais profunda, não apenas pela direita, mas também por uma insatisfação popular crescente. “Você pode ter uma rebelião popular. O povo está com a situação por aqui. O regime está enfraquecido”, concluiu.</p>
<p>A entrevista reafirma a linha crítica do PCO frente à conjuntura atual, desafiando leituras mais convencionais tanto da esquerda institucional quanto da direita liberal. Rui Costa Pimenta propõe uma análise centrada nas contradições de classe e alerta para os perigos de uma política que, segundo ele, se apoia em fantasmas como o "fascismo" para mascarar alianças com setores do imperialismo global. Assista:</p>
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Rui Costa Pimenta: "O objetivo imediato do bolsonarismo é a anistia"

<p><b>247 –</b> O presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, avaliou a prisão domiciliar imposta a Jair Bolsonaro como parte de uma estratégia mais ampla para afastar da disputa eleitoral as principais lideranças populares do país, incluindo o presidente Lula. A análise foi feita em transmissão ao vivo pela TV 247 nesta sexta-feira, 18 de julho, e está disponível na íntegra no YouTube <a href="https://www.youtube.com/live/nCVABL8BK0g" target="_new">(assista aqui)</a>.</p>
<p>Rui afirmou que a prisão domiciliar imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a Bolsonaro não é uma defesa da democracia, mas um movimento articulado pelas elites nacionais em parceria com o imperialismo internacional. Segundo ele, “eles vão levando adiante o plano deles: tirar o Bolsonaro da eleição, anular o Bolsonaro eleitoralmente e ver a possibilidade de anular o Lula também”. Para Rui, o objetivo central é excluir da política qualquer candidatura que ameace o domínio da burguesia e dos interesses estrangeiros sobre o Brasil.</p>
<h3>A burguesia quer um “novo Fernando Henrique”</h3>
<p>Na análise de Rui, o que está em curso é uma “faxina política” para viabilizar um governo alinhado ao capital financeiro, nos moldes do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ou do argentino Javier Milei. Ele afirmou: “A burguesia precisa de um novo Fernando Henrique ou um Milei, alguém que imponha uma política econômica de terra arrasada. Bolsonaro não serve porque não se disciplina totalmente aos interesses do capital”.</p>
<p>O dirigente ressaltou que, mesmo com as privatizações e ataques aos direitos sociais, Bolsonaro desagradou o grande capital pela sua postura errática. “O governo Bolsonaro foi confuso e instável. O capital quer alguém mais confiável para aprofundar a destruição dos direitos sociais no Brasil”, disse.</p>
<h3>O STF como instrumento do capital</h3>
<p>Rui Costa Pimenta também criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal e rechaçou a ideia de que o Judiciário esteja defendendo a soberania nacional contra as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “O imperialismo apoia o STF, não o Bolsonaro”, destacou. Ele lembrou que ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes, apoiaram o golpe de 2016 e nunca defenderam a soberania quando interesses norte-americanos estiveram em jogo. “Agora vendem uma falsa imagem de guardiões da democracia”, criticou.</p>
<p>Rui alertou para o efeito contrário da perseguição judicial, afirmando que isso tende a fortalecer Bolsonaro entre seus apoiadores. “O Bolsonaro é um candidato popular, goste-se dele ou não. Transformá-lo em mártir só amplia sua base”, disse. Ele comparou a situação ao que ocorreu com Lula após a Lava Jato: “A prisão fortaleceu Lula e isso tende a se repetir agora. A esquerda corre o risco de alimentar uma narrativa que fortaleça a extrema direita”.</p>
<h3>Manipulação eleitoral em curso</h3>
<p>Para Rui, o cerne da questão é a manipulação do processo eleitoral no Brasil. “O problema é a manipulação da eleição, tirar do jogo quem tem voto. Primeiro Bolsonaro, depois Lula. O alvo é qualquer liderança popular”, alertou. Ele acrescentou que o projeto das elites é transferir o apoio da direita a um nome como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que já se movimenta como herdeiro do bolsonarismo, com apoio explícito do setor empresarial.</p>
<p>Rui criticou o que chamou de “caça às bruxas” promovida pelo STF, que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, proibiu o ex-presidente de usar redes sociais e impôs severas restrições ao seu contato político. “Nem Lula, quando foi preso, passou por isso. É um processo judicial completamente viciado”, disse. Ele também apontou irregularidades na delação de Mauro Cid e nos inquéritos envolvendo Eduardo Bolsonaro.</p>
<h3>Lula corre risco de isolamento político</h3>
<p>Ao contrário da expectativa de setores da esquerda, Rui vê o governo Lula ameaçado após o afastamento de Bolsonaro. “Sem Bolsonaro, o sistema vai se voltar contra o governo Lula. Já estão preparando o isolamento político do presidente e o esvaziamento do PT”, disse. Para Rui, o objetivo final é impor uma gestão neoliberal pós-2026, sem obstáculos populares no caminho.</p>
<p>O presidente do PCO alertou ainda sobre a ilusão de parte da esquerda em confiar no STF como defensor da democracia. “Os mesmos que deram o golpe em 2016 e prenderam Lula agora posam de democratas. É preciso entender que o objetivo deles é atender aos interesses do capital, não defender a democracia nem o povo”, concluiu.</p>
<p>A análise de Rui Costa Pimenta foi uma advertência sobre o atual momento político do país, onde a suposta manipulação judicial ameaça excluir do jogo eleitoral os candidatos mais populares, abrindo caminho para a retomada agressiva do neoliberalismo no Brasil. Assista:</p>
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Rui Costa Pimenta diz que elites querem tirar Bolsonaro e Lula das eleições

<p><b>247 – </b>O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou a importância da justiça fiscal e da soberania nacional durante a cerimônia de entrega de 260 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Salvador, na Bahia. O evento, noticiado pela Agência Gov, contou também com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e marcou a entrega do Residencial Vitória da União, resultado de um investimento superior a R$ 39 milhões.</p>
<p>“Esse conjunto habitacional é um exemplo do que é gostar de cuidar de gente, cuidar das pessoas. Esse empreendimento foi retomado em 2023 e hoje estamos entregando, com muito orgulho, para dar dignidade às famílias. Toda casa é um ninho para as famílias, para seus filhos”, afirmou Rui Costa ao destacar o impacto social do programa habitacional. O residencial entregue conta com 220 apartamentos, 40 casas, centro comunitário, quadra de esportes e parque infantil.</p>
<p>O ministro ressaltou ainda que o governo federal está trabalhando para expandir o programa habitacional com a abertura de uma nova seleção. “Serão mais 40 mil casas para entidades e quase 40 mil casas para área rural”, adiantou. O Residencial Vitória da União faz parte do Novo PAC, na categoria Minha Casa, Minha Vida Entidades, gerido por organizações da sociedade civil sem fins lucrativos. Desde 2023, foram selecionadas 49,4 mil novas unidades habitacionais em todo o país nessa modalidade.</p>
<p>Rui Costa relembrou o cenário encontrado no início do governo Lula, em janeiro de 2023. “Quando assumimos o governo, encontramos mais de 12 mil obras paralisadas: de educação, de saúde, várias obras. E entre essas obras estavam as de habitação. Tinha 87 mil casas abandonadas. Cada uma em um estágio diferente – umas com 10%, outras com 50%. Tinha até conjunto que chegou a estar com 80%, mas ficou abandonado”, relatou o ministro. Segundo ele, a determinação do presidente Lula foi clara: “O presidente Lula ficou indignado e disse: ‘quero que, ao lançar o Novo PAC, você inclua a retomada de todas essas obras, para que inclua essa gente’, e é isso que estamos fazendo por todo o Brasil”.</p>
<p>Além da área habitacional, Rui Costa anunciou investimentos em saúde para a próxima etapa do Novo PAC. Segundo o ministro, serão contemplados novos equipamentos públicos como postos de saúde, policlínicas, UPAs, hospitais, maternidades e casas de parto. Ele destacou o lançamento do programa Agora Tem Especialistas, que pretende zerar as filas de exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde. “No Brasil inteiro, muita gente já tem acesso ao posto de saúde, mas muitas vezes, quando é recomendado um exame ou uma cirurgia, a pessoa não consegue fazer. Por isso, o presidente Lula fez questão de lançar o programa Agora Tem Especialistas, para que todos os hospitais públicos, todas as policlínicas, possam fazer exames e cirurgias”, explicou.</p>
<p>Rui Costa também criticou a estrutura tributária brasileira, que considera injusta. “O Brasil é um país, historicamente, muito injusto. Hoje, é um dos poucos – senão o único – países do mundo onde o pobre paga mais imposto do que o rico. A classe média paga mais imposto do que a pessoa muito rica”, afirmou. O ministro mencionou o projeto de lei do governo Lula que pretende isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil mensais. “Quem ganha de R$ 5.000 a R$ 7.000 vai pagar menos imposto de renda. Isso se chama justiça fiscal, justiça tributária”, concluiu.</p>
<p>Ao final do evento, Rui Costa fez questão de relacionar o debate sobre justiça fiscal com a soberania nacional, fazendo referência à história da independência do Brasil e às recentes tensões comerciais com os Estados Unidos. “A nossa luta agora, dessa semana, é para dizer, em alto e bom som: nós conquistamos a independência do Brasil em 1822, e ela se consolidou na Bahia, em 2 de julho de 1823, com a luta do povo baiano. O Brasil é um país soberano, e não vai aceitar que uma, duas, três, quatro, cinco, meia dúzia de brasileiros que, de forma oportunista, articulam e tramam traindo a sua pátria contra o nosso povo”, declarou. Sobre a taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Rui Costa foi direto: “Se efetivar a taxa, nós vamos dar reciprocidade e vamos cobrar das empresas americanas”.</p>
<p>O evento reforçou o compromisso do governo federal com a retomada das obras públicas, a ampliação de programas sociais e a defesa de um modelo tributário mais justo para a população brasileira.</p>

Rui Costa durante a entrega de casas populares

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